ANDRADEJR
Em palestra de encerramento da apresentação da ferramenta ClimateScanner, nesta terça-feira, na sede da ONU em Nova York, o Ministro do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes chamou atenção dos países para a importância de ações e controle das alterações climáticas “ analisando o passado, do tempo em que construímos o que é hoje o presente e o que amanhã será nosso futuro. ”
Augusto Nardes lembrou que, “em 2013, o Programa das Nações Unidas para o Ambiente, (PNUMA), afirmou em um relatório que as alterações climáticas eram reais e que as atividades humanas eram a principal causa. Hoje a população mundial é de 8 bilhões de pessoas. Em 2050 seremos mais de 10 mil bilhões. Mais 2 bilhões em menos de um quarto de século”.
De acordo com o Ministro, “em 25 anos teremos um crescimento demográfico igual ao que a humanidade levou quase dois mil anos para alcançar e o impacto deste aumento dramático será certamente sentido no clima, no ambiente. De onde virão os alimentos para abastecer esta população de 10 bilhões? É possível perceber que a emergência climática não é uma questão acadêmica, é real, como descreveu o PNUMA há onze anos, e que tem impacto na vida quotidiana dos cidadãos do mundo”.
Para Augusto Nardes, “é preciso uma mudança cultural para enfrentar este imenso desafio. O mundo percebeu que a abordagem dos problemas de natureza global e transfronteiriça, como a biodiversidade e as alterações climáticas, exigiria ações coordenadas e deveria ter uma estrutura de governança global, começando pelas convenções internacionais que tratam destas questões”.
O Ministro, quando assumiu a Presidência da Organização Latino-Americana de Entidades Fiscalizadores Superiores, (OLACEFS), investiu pesado na realização de trabalhos conjuntos, como o que foi realizado sobre a questão das áreas protegidas, com teve início em 2014 nos países da América Latina que compartilham a Amazônia, e em 2019 foi estendida a países europeus, como Espanha e Portugal.
Ainda segundo o Ministro, “o evento realizado nestes dois dias, na ONU, foi extremamente produtivo. Cada uma das sessões, organizadas em torno dos principais aspectos que compõem a metodologia CimateScanner, trouxe considerações importantes a ter em conta nas avaliações que serão realizadas. Foram progressos consideráveis, uma metodologia de avaliação consistente finalizada e uma plataforma web pronta para receber os dados e exibir os resultados. ”
Finalizando, Augusto Nardes disse que “o futuro ainda não está construído. Os desafios que existem pela frente ainda exigem unidade, esforço e atenção de cada um dos países. É necessário envolver o maior número possível de Instituições Superiores de Controle para utilizar a ferramenta, treinar os auditores envolvidos para realizar esta aplicação e, posteriormente, cada ICS deve efetivamente realizar a avaliação em seu país. “
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