escreve Patrícia Salles
Não é de hoje que o Supremo Tribunal Federal (STF) vem sofrendo duras críticas da sociedade brasileira. Também pudera: os ministros integrantes da Corte têm passado imagem de total descrédito à população com suas sentenças prá lá de esdrúxulas. Porém, nenhuma sentença do Tribunal foi mais vergonhosa do que ver Gilmar Mendes chorando ao elogiar a atuação de Cristiano Zanin Martins, advogado do ex-presidente e ex-presidiário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no caso da suspeição do ex-juiz federal Sérgio Moro.
A cena foi de “cortar o coração”. Sim, “cortar o coração” das pessoas de bem que esperam justiça, ao invés de atuação política dos ministros do Supremo.
Na ocasião, Moro foi considerado “culpado” por ter prendido bandidos investigados pela “Operação Lava Jato” e o verdadeiro bandido saiu sorridente com várias sentenças anuladas. Sim, porque teriam que ser anuladas já que as provas eram convincentes demais para estamparem “selo” de “inocente”.
Apesar da grande arbitrariedade orquestrada por trás dos holofotes, com sua arrogância sempre habitual, Mendes destacou:
"Sem dúvida nenhuma, vimos um advogado que nunca se cansou em trazer questões ao Tribunal. Muitas vezes sendo até censurado, incompreendido", disse, “emocionado”. E, assim, o judiciário brasileiro está sendo “desenganado”.
Nem todos os integrantes do STF têm postura “politicamente correta”, mas alguns deixam bem claro sua posição. Mas, não se pode chamá-los de “parciais” ou “coniventes”, que a polícia “bate” na sua porta. Porém, é preciso lembrá-los que o Supremo é a instância máxima, guardião da Constituição Federal. Não é defensor de direitos pessoais.
Mas, aí, vem a cena de Gilmar chorando e homenageando Zanin na cabeça dos brasileiros - porque isso foi chocante - e o povo brasileiro, claro, fica cada vez mais convicto de que as influências políticas no STF são abrangentes e nefastas. E o pior é que as decisões do Supremo têm pego “os inimigos do Rei” de surpresa. Mas, estes, se forem “condenados” pela Corte, não têm mais a quem recorrer. Pois, os integrantes “apartidários” do STF já fazem parte da instância máxima.
Que Deus nos livre de todo o mal parcial.
Patrícia Salles. Jornalista.
publicadaemhttp://rota2014.blogspot.com/2021/04/choro-de-gilmar-desnuda-parcialidade.html
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