Jornalista Andrade Junior

sábado, 23 de agosto de 2014

BRASIL: HÁ SALVAÇÃO OU SE CORRER O BICHO PEGA E SE FICAR O BICHO COME?

apóio Aécio Neves 45

Anteriormente, já havia dito que acreditava na possibilidade de realização do segundo turno, nas eleições de 2014 para presidente da República, entre o senador Aécio Neves, ex-governador de Minas Gerais, e Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco .
 E citei o exemplo do Recife, em 2010, quando um quase desconhecido secretário de planejamento, do governo de Pernambuco, saiu de menos de um por cento nas pesquisas para se eleger prefeito no 1º turno, colocando o mais poderoso petista de Pernambuco, o ex-ministro da saúde do governo Lula e atual senador Humberto Costa, em terceiro lugar, quebrando a hegemonia de 12 anos do PT no comando da cidade. 
 Acreditava nessa possibilidade, com o crescimento da candidatura Eduardo Campos após o início da campanha no rádio e na TV.
 Já disse também que o meu candidato é o Aécio Neves. É o que penso ser melhor para o Brasil, no momento atual.
 Com a trágica e prematura morte de Eduardo Campos, o quadro político do país para as próximas eleições mudou completamente. Com certeza, sem um candidato nordestino, a fraca "presidenta" irá para o segundo turno. Contra quem?
 Sem querer ser o dono da verdade, caso a escolha seja entre Dilma Rousseff e Marina Silva, vejo a continuidade da triste situação do Brasil nos próximos quatro anos. Ficaremos na opção do dito popular: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
 Em todo o caso, o PT deve ser o alvo prioritário para os que desejam mudar o caminho que está levando o país para o abismo, como já aconteceu na Venezuela e está em processo adiantado na Argentina.
 Contudo, peço aos brasileiros que, antes de apostarem na Marina Silva, procurem conhecer a trajetória política dessa candidata, militante, por muitos anos, da esquerda e de setores mais radicais do próprio PT.
 Não se impressionem com a sua origem pobre, com a sua alfabetização já adulta, com a sua frágil aparência física. Marina é uma pessoa autoritária e intransigente, particularmente na parte religiosa e no aspecto ambiental, esse como bandeira política.  
 Analisem o seu desempenho como ministra do meio ambiente do governo Lula, quando, em nome de uma sustentabilidade, que nem ela sabe definir, trancou e prejudicou importantes projetos.  O que deixou de positivo em sua gestão? Qual a sua experiência na negociação política? Como se relacionará com os demais poderes da República, sem que o necessário "jogo de cintura" signifique concessões a maus políticos?
 Embora com bastante tempo, após a sua saída do Partido Verde, não conseguiu articular a criação da Rede Sustentabilidade, partido político pelo qual pretendia disputar a presidência da República. Faltou habilidade de negociação? Faltou competência? Faltou capacidade de mobilização e de aglutinação? Outros políticos, de menor expressão nacional, conseguiram recentemente, em menor espaço de tempo, o registro dos seus partidos políticos.
 Em diversos aspectos, ela é a antítese do governador Eduardo Campos, que era um excelente gestor e um hábil articulador político. E, durante os dez meses de campanha, causou, várias vezes, muito mal-estar, prejudicando diversas alianças políticas em importantes Estados, como o de São Paulo. A única vantagem, no meu entendimento, era o seu “recall” de 20 milhões de votos da eleição presidencial passada, obtidos mais pela falta de alternativa de muitos brasileiros descontentes.
 Vejam que até o dia 19 de agosto de 2014, o seu marido, Fábio Vaz de Lima, fazia parte do governo petista do Estado do Acre, no cargo de Secretário Adjunto da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens), que ocupava desde janeiro de 2011. Um pomposo nome, característica do PT, que comanda o Acre há quase 16 anos. O pedido de exoneração somente ocorreu depois que o PSB definiu o nome de Marina Silva para disputar a presidência da República.
 Por outro lado, esquecendo o ranço que muitos carregam contra o PSDB e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, sem justificativa em vários aspectos, analisem a carreira política do neto de Tancredo Neves, que já exerceu o importante cargo de presidente da Câmara dos Deputados e realizou, em dois mandatos, um exitoso governo no Estado de Minas Gerais.
 O voto é livre. E dizem que também é secreto, embora os governantes de plantão saibam, de cor e salteado, os votos de milhões de brasileiros entorpecidos pela esmola eleitoreira de falsos programas ditos sociais. Mas, o voto de cada um é arma poderosa na preservação da democracia. O meu voto, por exemplo, anulará o voto da “presidenta” Dilma.
 Por isso, respeito a escolha de cada um.  Mas, sem querer impor o que penso ser melhor para o Brasil, peço apenas que procurem conhecer melhor os candidatos e o que já fizeram em suas vidas públicas.
 Não elejam novamente um poste, mesmo indicado por políticos populistas e que se julgam um deus acima do bem e do mal. Não elejam pessoas radicais e que, na prática, falam mais do que agem, mesmo que poucos entendam o que realmente querem expressar.
 Com duzentos milhões de habitantes, temos pouca opção de escolha. É lamentável, mas não podemos repetir os mesmos erros, escolhendo pessoas despreparadas para a grande missão de governar o Brasil.
 Brasília, 21 de agosto de 2014
 Cel Eng Luiz Osório Marinho Silva

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