apóio Aécio Neves 45
E citei o exemplo do
Recife, em 2010, quando um quase desconhecido secretário de planejamento, do
governo de Pernambuco, saiu de menos de um por cento nas pesquisas para se
eleger prefeito no 1º turno, colocando o mais poderoso petista de Pernambuco, o
ex-ministro da saúde do governo Lula e atual senador Humberto Costa, em
terceiro lugar, quebrando a hegemonia de 12 anos do PT no comando da
cidade.
Acreditava nessa
possibilidade, com o crescimento da candidatura Eduardo Campos após o início da
campanha no rádio e na TV.
Já disse também que o meu
candidato é o Aécio Neves. É o que penso ser melhor para o Brasil, no momento
atual.
Com a trágica e prematura
morte de Eduardo Campos, o quadro político do país para as próximas eleições
mudou completamente. Com certeza, sem um candidato nordestino, a fraca
"presidenta" irá para o segundo turno. Contra quem?
Sem querer ser o dono da
verdade, caso a escolha seja entre Dilma Rousseff e Marina Silva, vejo a
continuidade da triste situação do Brasil nos próximos quatro anos. Ficaremos
na opção do dito popular: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
Em todo o caso, o PT deve
ser o alvo prioritário para os que desejam mudar o caminho que está levando o
país para o abismo, como já aconteceu na Venezuela e está em processo adiantado
na Argentina.
Contudo, peço aos
brasileiros que, antes de apostarem na Marina Silva, procurem conhecer a trajetória
política dessa candidata, militante, por muitos anos, da esquerda e de setores
mais radicais do próprio PT.
Não se impressionem com a
sua origem pobre, com a sua alfabetização já adulta, com a sua frágil aparência
física. Marina é uma pessoa autoritária e intransigente, particularmente na
parte religiosa e no aspecto ambiental, esse como bandeira política.
Analisem o seu desempenho
como ministra do meio ambiente do governo Lula, quando, em nome de uma
sustentabilidade, que nem ela sabe definir, trancou e prejudicou importantes
projetos. O que deixou de positivo em sua gestão? Qual a sua
experiência na negociação política? Como se relacionará com os demais poderes
da República, sem que o necessário "jogo de cintura" signifique
concessões a maus políticos?
Embora com bastante tempo,
após a sua saída do Partido Verde, não conseguiu articular a criação da Rede
Sustentabilidade, partido político pelo qual pretendia disputar a presidência
da República. Faltou habilidade de negociação? Faltou competência? Faltou
capacidade de mobilização e de aglutinação? Outros políticos, de menor
expressão nacional, conseguiram recentemente, em menor espaço de tempo, o
registro dos seus partidos políticos.
Em diversos aspectos, ela é
a antítese do governador Eduardo Campos, que era um excelente gestor e um hábil
articulador político. E, durante os dez meses de campanha, causou, várias
vezes, muito mal-estar, prejudicando diversas alianças políticas em importantes
Estados, como o de São Paulo. A única vantagem, no meu entendimento, era o seu
“recall” de 20 milhões de votos da eleição presidencial passada, obtidos mais
pela falta de alternativa de muitos brasileiros descontentes.
Vejam que até o dia 19 de
agosto de 2014, o seu marido, Fábio Vaz de Lima, fazia parte do governo petista
do Estado do Acre, no cargo de Secretário Adjunto da Secretaria de Estado de
Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços
Sustentáveis (Sedens), que ocupava desde janeiro de 2011. Um pomposo nome,
característica do PT, que comanda o Acre há quase 16 anos. O pedido de
exoneração somente ocorreu depois que o PSB definiu o nome de Marina Silva para
disputar a presidência da República.
Por outro lado, esquecendo
o ranço que muitos carregam contra o PSDB e o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso, sem justificativa em vários aspectos, analisem a carreira
política do neto de Tancredo Neves, que já exerceu o importante cargo
de presidente da Câmara dos Deputados e realizou, em dois mandatos, um exitoso
governo no Estado de Minas Gerais.
O voto é livre. E dizem que
também é secreto, embora os governantes de plantão saibam, de cor e salteado,
os votos de milhões de brasileiros entorpecidos pela esmola eleitoreira de
falsos programas ditos sociais. Mas, o voto de cada um é arma poderosa na
preservação da democracia. O meu voto, por exemplo, anulará o voto da
“presidenta” Dilma.
Por isso, respeito a
escolha de cada um. Mas,
sem querer impor o que penso ser melhor para o Brasil, peço apenas que procurem
conhecer melhor os candidatos e o que já fizeram em suas vidas públicas.
Não elejam novamente um
poste, mesmo indicado por políticos populistas e que se julgam um deus acima do
bem e do mal. Não elejam pessoas radicais e que, na prática, falam mais do que
agem, mesmo que poucos entendam o que realmente querem expressar.
Com duzentos milhões de
habitantes, temos pouca opção de escolha. É lamentável, mas não podemos repetir
os mesmos erros, escolhendo pessoas despreparadas para a grande missão de
governar o Brasil.
Brasília, 21 de agosto de
2014
Cel Eng Luiz Osório Marinho
Silva
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