Juliano Oliveira
Os preços dos alimentos estão nas alturas. Isso não é novidade para ninguém. O próprio Lula, que prometera picanha barata ao seu séquito idiotizado, já diz, em alto e bom som, que as pessoas devem se abster de comprar comida caso queiram ajudar no combate à inflação (o descondenado, agora, reconhece que temos inflação).
Nosso presidente é tão incompetente que chegou à conclusão de que, se colocasse mais crédito nas mãos das pessoas, elas consumiriam mais. A ideia do petista para debelar o mau ânimo de seus apoiadores é colocar dinheiro, na forma de empréstimo consignado, nas suas mãos. Dessa forma, diz o petista, as pessoas consumirão mais. Comprarão comida e não dólar.
Façamos uma rápida e breve análise econômica disso: os preços não sobem em decorrência de causas misteriosas. Os preços sobem, como todo bom economista sabe (ou deveria), sempre que há gastança desenfreada. Sempre que os gastos públicos estão fora de controle. Sempre que o governo promete equilíbrio fiscal, mas entrega mais impostos e mais endividamento.
Logo, para reduzir os preços, o governo deveria, por dedução óbvia, cortar gastos. Mas isso não passa pela cabeça de um petista.
Lula propõe, num primeiro momento, como dito, que as pessoas deixem de comer, deixem de comprar (e não, não estamos falando de produtos de luxo). Num segundo momento, depois de ser exposto e humilhado pelo jovem deputado Nikolas Ferreira, sugere um programa de crédito, direcionado para trabalhadores formais, para compra de comida.
Imaginemos o cenário. O trabalhador contrata uma linha de crédito para comprar comida e as consequências disso, abaixo enumeradas, serão:
Pressão sobre a inflação: a criação de demanda por meio de impressão de moeda fortalecerá a pressão sobre os preços dos produtos disponíveis no mercado, de forma que a inflação se elevará ainda mais;
Endividamento: O trabalhador, agora endividado, terá de pagar mais caro pelos preços dos alimentos e, a um só tempo, as prestações do crédito assumido para a compra da comida que, antes, ele não podia acessar;
Menos recursos para a iniciativa privada: linhas de crédito incentivadas/criadas pelo governo são, sempre, responsáveis pela má alocação de recursos. Se o governo cria linhas de crédito que direcionam recursos para segmentos específicos, sob condições também específicas, ditadas pela volúpia por votos, sobra menos dinheiro para outros setores que, eventualmente, demandariam esses recursos para investimentos produtivos. Logo, menos dinheiro, menos empreendimentos e menos oferta de produtos e serviços. Mais uma vez, pressiona-se a inflação.
Esse é o retrato perfeito do que é o governo petista. Responsabilidade mínima e inépcia máxima.
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