Legítima defesa e relativização moral

 Roberto Rachewsky

É patético, é desesperador, é de uma estupidez indomável, alguém afirmar que não se justifica uma ação retaliatória de Israel contra o Irã, porque nenhum israelense foi atingido afinal por nenhum dos mísseis lançados pelos iranianos.

O que legitima a resposta de Israel não é o resultado do ataque iraniano, mas o fato de ele ter ocorrido. Israel poderia ter feito um ataque preventivo, já que ele detinha as informações de que o ataque estava em curso antes mesmo de os mísseis partirem de suas bases de lançamento.

No entanto, sabendo que a opinião pública, a mídia, os governantes do ocidente relativizaram seu senso de moralidade por conta do subjetivismo kantiano e da pós-modernidade baseada em Hegel, Marx e outros birutas como Marcuse, Derrida e Foucault, seria útil ver alguns mísseis atingirem o solo sagrado de Israel para a Força Aérea Israelense jogar algumas toneladas de explosivos por onde reinaram Dario, Xerxes e o maluco do aiatolá Khomeini.

Essa questão da relativização da moral, que envolve o direito à legítima defesa e a necessária ação retaliatória, surge também quando a polícia combate criminosos armados até os dentes – provavelmente porque os filósofos contemporâneos e seus seguidores estão do lado dos criminosos e não dos inocentes e pacíficos criadores de valor.

Fico imaginando que esses imorais querem ver mortos entre o povo atacado para que tenha então o direito de retaliar. Imaginem vocês um policial ferido e morto, porque não pode atirar preventivamente. Como um soldado morto vai responder atacando seu agressor para defender seu direito à vida e de seu povo à existência?

A propósito, o único morto no ataque iraniano parece ter sido um palestino, e eu vi os palestinos comemorando. O autossacrifício ou altruísmo ainda é a moral predominante no mundo.

O míssil iraniano na imagem que ilustra o post caiu no pátio de um beduíno muçulmano. Alá jogou-o ali, mas também impediu-o de explodir? Quem é que sabe?

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