Jornalista Andrade Junior

FLOR “A MAIS BONITA”

NOS JARDINS DA CIDADE.

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CATEDRAL METROPOLITANA DE BRASILIA

CATEDRAL METROPOLITANA NAS CORES VERDE E AMARELO.

NA HORA DO ALMOÇO VALE TUDO

FOTO QUE CAPTUREI DO SABIÁ QUASE PEGANDO UMA ABELHA.

PALÁCIO DO ITAMARATY

FOTO NOTURNA FEITA COM AUXILIO DE UM FILTRO ESTRELA PARA O EFEITO.

POR DO SOL JUNTO AO LAGO SUL

É SEMPRE UM SHOW O POR DO SOL ÀS MARGENS DO LAGO SUL EM BRASÍLIA.

sábado, 31 de dezembro de 2022

'A imensidão dos sem-sigla',

 vpor Augusto Nunes

Em outros países, partidos vivem à procura de eleitores. No Brasil, milhões de eleitores procuram um partido


Todos defendem abertamente a redução da carga tributária e do mastodonte administrativo, a privatização de empresas estatais, o estímulo à livre iniciativa, a aceleração de reformas estruturais, a preservação de valores e princípios morais, a prevalência da meritocracia, o fortalecimento do Estado de Direito, o respeito às liberdades democráticas e a obediência à Constituição. Todos votaram em Jair Bolsonaro (e contra o PT) nas eleições de 2018 e de outubro passado. Mas aprenderam a sobreviver por conta própria, e estão prontos para escapar com boa saúde do impacto causado pela morte física ou política do líder, ao contrário das correntes políticas batizadas com o acréscimo de um ismo ao nome do chefe supremo.

Nos anos 1950, por exemplo, amparados em notáveis performances eleitorais, devotos do getulismo, do janismo e do ademarismo acreditaram na imortalidade das três seitas. O suicídio de Getúlio Vargas, a renúncia de Jânio Quadros e a cassação do mandato do governador Adhemar de Barros reduziram as fantasias a farrapos. Nascido em 1980, o PT pareceu um partido em gestação até substituir o esboço de programa de governo por um projeto criminoso de poder e virar quadrilha. O Partido dos Trabalhadores não existe mais. Sobrou o lulismo. Como todo populista, o chefão sufocou ainda no útero possíveis sucessores. Vai arrastar para o túmulo a seita que tem num ladrão o seu único deus.

A fotografia de Jânio Quadros com os pés enviesados venceu o Prêmio Esso de Jornalismo de 1962 | Foto: Erno Schneider

Bolsonaro lidera sem concorrentes as multidões em busca de partido, e também não tem sucessores eleitoralmente musculosos. Mas a fusão de dogmas conservadores e ideias liberais que baliza a rota da direita moderna já é suficiente para garantir a chegada à maioridade independente. Como ocorre em outras nações, o Partido Republicano norte-americano brilhou mais intensamente quando conduzido por Ronald Reagan, mas manteve a boa saúde depois da perda do estadista que apressou a queda do Muro de Berlim. A direita brasileira conseguirá sobreviver a Bolsonaro. E num partido de verdade a emergência de jovens líderes é tão natural quanto a mudança das estações. “Partido político é um grupo organizado, legalmente formado, com base em formas voluntárias de participação orientada para ocupar o poder político”, informam os dicionários. Tentando ser menos bisonho, um texto divulgado pela Justiça Eleitoral ficou igualmente confuso e mais indigente: “Partido político pode ser definido como uma entidade formada pela livre associação de pessoas, com uma ideologia em comum, cujas finalidades são assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e defender os direitos fundamentais”. O palavrório é de tal forma raso que, na imagem de Nelson Rodrigues, uma formiga conseguirá atravessá-lo com água pelas canelas.



Quem percorre a floresta de vogais e consoantes dedicado a análises e explicações sobre partidos políticos constata que o grande ausente é o povo. Nos tempos do Império, tanto nobres quanto plebeus nem piavam na escolha de ministros. A montagem do gabinete — ora formado por integrantes do Partido Conservador, ora composto de filiados ao Partido Liberal — era atribuição de Dom Pedro II. O imperador fez e desfez até errar a mão na derradeira escolha. Irritados com a escalação da equipe ministerial, os militares monarquistas Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto proclamaram a República, mandaram Pedro II para o exílio e assumiram o poder. Sem qualquer consulta ao recém-nascido Partido Republicano. E sem sequer explicar à gente comum o que estava acontecendo.

“O povo assistiu àquilo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava”, registrou o jornalista Aristides Lobo. “Muitos acreditaram seriamente estar vendo uma parada militar.” Durante a República Velha, príncipes civis indicados pela elite do Partido Republicano Mineiro e do Partido Republicano Paulista se revezaram no governo federal. Em 1930, o Partido Republicano Rio-Grandense decidiu que chegara a sua vez e, derrotado na disputa eleitoral invariavelmente fraudada, chegou ao poder pelo atalho da revolução. Getúlio concedeu às mulheres o direito de votar, mas proibiu a existência de qualquer coisa que lembrasse partido, resolveu que eleição é perda de tempo e dispensou o eleitorado da trabalheira de escolher candidato.

Criados depois da queda do Estado Novo, o Partido Social Democrático, a União Democrática Nacional e o Partido Trabalhista Brasileiro foram dissolvidos aos 21 anos de vida, quando começavam a ganhar feições adultas e a ocupar espaços eleitorais claramente demarcados. Obrigados a reagrupar-se em dois sacos de gato — Arena e MDB —, políticos despejados da casa antiga perderam o rumo, demitiram o juízo e passaram a render-se à polarização imposta a cada quatro anos pela sucessão presidencial.

O PT com Lula contra o PSDB de Serra, depois Alckmin. O PT com Dilma contra o PSDB com Serra, depois Aécio. O PT com Lula na cadeia e Haddad no palanque contra o PSDB de Alckmin foi abortado em 2018, quando Bolsonaro chegou e a direita enfim mostrou seu rosto. Enquanto consolidava o domínio das ruas, tratou de ganhar a eleição. Então como agora, portentosas manifestações ao ar livre aconselharam os companheiros a ficar em casa ou consolar-se com discurseiras para plateias amestradas.

Partidos políticos | Foto: Reprodução

Em outubro, apesar do cerco movido pela babel que aglomerou cabos eleitorais togados, jornais agonizantes, lojinhas de porcentagem, carolas convertidos ao socialismo de picadeiro, espertalhões com doutorado em vigarices eletrônicas e outras obscenidades, o Grande Satã sitiado conseguiu  — nas contas do TSE — mais de 58 milhões de votos. É gente de sobra para o parto da primeira oposição de verdade concebida neste século.

O país tem 32 partidos, jura o TSE. Nenhum é real, corrigem os vacinados contra surtos de estrabismo. É preciso ensinar ao ex-presidiário — e a seu exército dividido entre os incapazes e os capazes de tudo — o que é uma genuína oposição. O partido da direita democrática tem povo, tem programa e nascerá de olho em duas urgências. Que as aves de rapina voem para longe. E que a liberdade abra as asas sobre nós.


Revista Oeste











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Como ficam os processos que ainda restam contra Lula quando ele assumir a Presidência

 Terra Brasil Notícias


Os processos judiciais que ainda restam contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vão ficar parados por quatro anos quando ele assumir o governo federal, no dia 1°. A Constituição determina que um presidente só pode ser processado, durante seu mandato, por fatos ocorridos durante a gestão. Além disso, formalmente as ações serão remetidas ao Supremo Tribunal Federal (STF) – pois Lula passará a ter direito ao foro privilegiado. Os processos que restam contra Lula atualmente correm na primeira instância judicial.

A Constituição estabelece, no artigo 86, que “o Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções”. Em 1993, julgamento do Supremo fixou o entendimento de que isso engloba todos os atos praticados antes do mandato que possam configurar crime. Por esse motivo, mesmo que os processos sejam remetidos ao STF, eles vão ficar nas gavetas até ele deixar a Presidência.

Quantos processos restam contra Lula

No auge da Lava Jato, Lula chegou a responder a diversos processos judiciais decorrentes da operação. Mas a maioria das ações foi arquivada ou anulada, por absolvição ou prescrição. Atualmente, há apenas três casos na primeira instância não encerrados contra o presidente eleito. Mas todos estão suspensos por ordem do ministro do STF Ricardo Lewandowski – enquanto durar a suspensão, o prazo da prescrição não corre.

Dois processos são da Lava Jato. Em um deles, o petista é acusado de corrupção e lavagem em razão da compra de um terreno, pela empreiteira Odebrecht, para o Instituto Lula. No outro, por doações da mesma construtora para a entidade. Uma terceira ação judicial é da Operação Zelotes. Lula é acusado de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa na compra de 36 caças suecos pelo governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Esses podem ser os únicos processos contra Lula que vão subir para o STF após ele ser empossado na Presidência. Mas, além de a jurisprudência do Supremo determinar que os casos fiquem parados, há ainda outra questão a ser superada para que eles voltem a tramitar. Lewandowski se aposenta em março. Pelas regras do Supremo, os processos dele serão todos herdados por seu sucessor – que será indicado justamente por Lula.

Condenações foram anuladas após STF dizer que Moro foi parcial

Lula chegou a ser condenado, por corrupção e lavagem de dinheiro, em duas ações penais decorrentes da Lava Jato: a do tríplex do Guarujá e do sítio de Atibaia. Mas o STF anulou essas condenações após declarar que o ex-juiz Sergio Moro foi parcial para julgar o petista.

Com a anulação, os dois casos não foram encerrados. Mas voltaram à estaca zero, na primeira instância. Porém, pouco depois, as ações foram arquivadas. O caso do tríplex foi extinto por prescrição a pedido do Ministério Público Federal (MPF) em Brasília, para onde o processo foi transferido em 2021. Já o processo do sítio teve a denúncia do MPF rejeitada em janeiro deste ano, por insuficiência de provas – a maior parte delas foi anulada pela decisão do STF sobre a parcialidade de Moro.

Há outro grupo de processos contra Lula que foram trancados ou arquivados como decorrência da decisão que julgou Moro parcial. Foi o caso da ação sobre suposta corrupção, lavagem, tráfico de influência e organização criminosa para favorecer a Odebrecht com empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O mesmo ocorreu com o processo sobre lavagem de dinheiro no Instituto Lula no recebimento de R$ 1 milhão do grupo ARG para intermediar encontro de seus executivos com o governo de Guiné Equatorial.

Processos em que Lula foi absolvido ou que foram arquivados

Lula foi absolvido ou formalmente declarado inocente em três processos. Em um deles, o petista era acusado de obstrução de Justiça, pela suposta tentativa de comprar o silêncio de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras. Outro processo era sobre a acusação de formar uma organização criminosa, o chamado “Quadrilhão do PT”. A terceira ação era referente à denúncia por corrupção por editar uma medida provisória em favor de montadoras de veículos em troca de propinas para o PT. Não houve recurso nesses casos e os processos foram arquivados.

Também houve ações contra Lula arquivadas, rejeitadas ou trancadas sem julgamento do mérito do caso.

Em São Paulo, tramitava um processo em que Lula e seu irmão, Frei Chico, eram acusados de receber mesadas da Odebrecht, em valores que, somados, ultrapassariam R$ 1 milhão. Em maio de 2020, o Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF-3) rejeitou a denúncia por unanimidade, confirmando decisão anterior da 7.ª Vara Criminal Federal de São Paulo. A última tramitação do processo, em agosto, indicava que ele estava “aguardando arquivamento” – etapa burocrática antes da baixa dos autos.

Outro caso apontava que Lula teria solicitado ajuda a Emílio Odebrecht para lançar a carreira empresarial de Luís Cláudio, seu filho caçula. A acusação foi arquivada em dezembro de 2020.

Ainda em São Paulo, tramitava processo em que Lula era acusado por supostamente instigar a ocupação do tríplex do Guarujá. Em fevereiro de 2020, a 6.ª Vara Federal de Santos (SP) rejeitou a denúncia do Ministério Público Federal.

Outras duas ações envolviam a atuação internacional de Lula em Angola. Numa delas, ele era acusado de receber pagamentos da Odebrecht por palestras que realizou para a empresa – a investigação apontou que, em troca, a empresa teria verbas do BNDES para obras no país africano. Em setembro de 2020, a acusação foi arquivada pelo Tribunal Regional Federal da 1.ª Região (TRF-1).

Em outro caso, Lula foi delatado por executivos da empreiteira por ampliar linha de crédito do BNDES em Angola. Em setembro de 2021, o juiz Frederico Botelho de Barros Viana, da 10.ª Vara Federal do Distrito Federal, encerrou ação penal por falta de justa causa, após absolvição no quadrilhão do PT e suspeição de Sergio Moro no caso do tríplex.

Em outro caso com repercussão internacional, Lula era acusado de tráfico internacional de influência e corrupção ao tentar influenciar políticos da Costa Rica a contratarem a empreiteira OAS. A investigação foi trancada por prescrição, o que impede qualquer avanço.

Créditos: Gazeta do Povo.












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Desde 2021, mais de 8 mil pessoas foram mortas por serem cristãs

  Relatório da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre denuncia perseguição  Redação Oeste


Um relatório produzido pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), ligada ao Vaticano, informou que, desde 2021, mais de oito mil pessoas foram mortas por serem cristãs. Produzido entre 2020 e 2022, o documento denuncia o assassinato religioso em mais de cem países.

Segundo a ACN, sacerdotes e líderes cristãos foram assassinatos, sequestrados e presos. Neste ano, 12 sacerdotes foram mortos. Sendo, quatro deles na Nigéria; três no México; e dois na República Democrática do Congo.

Conforme o relatório, cinco mulheres cristãs também perderam suas vidas: duas no Sudão do Sul, e as outras no Haiti, Moçambique e no Congo. Ainda existem casos de perseguição contra quatro padres católicos greco-ucranianos capturados no território ocupado pela Rússia. Dois foram enviados à Ucrânia e os dois outros estão sob custódia. Conforme a ACN, eles podem estar sendo torturados.

Segundo o diretor da ACN, Alessandro Monteduro, a maioria dos atos de discriminações e perseguições aconteceu no continente africano, em países como: Sahel, Chade, Níger, Mali, Burkina Faso e Nigéria. Conforme ele, o problema também acontece na Eritreia, Etiópia, Índia, Paquistão, Mianmar e no leste asiático.

De acordo com a ACN, a opressão não ocorre somente contra os cristãos, mas contra as religiões que estão em minoria nas regiões citadas. Ao todo, cerca de 400 milhões de cristãos estariam em perigo.

Na Nigéria, considerada o pior lugar para um cristão morar, existe o Estado Islâmico, que, entre tantos atos, persegue e mata cristãos. Eles também enxergam os devotos como representantes da cultura ocidental.

Outro país que preocupada a ACN é a Nicarágua. O ditador do país, Daniel Ortega, que é amigo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, tem perseguido padres por se oporem ao regime autoritário. Pelo menos 11 clérigos foram presos, segundo a ACN, inclusive, o bispo de Matagalpa.

A ACS existe desde 1947, quando foi fundada na Alemanha depois do Holocausto — genocídio dos judeus europeus durante a Segunda Guerra Mundial. Atualmente, ela possui sede em 21 países.

















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Ministro de Lula já fala em retrocesso na Previdência

  No Ponto

A vanguarda do atraso de Lula conta as horas para começar a destruir os avanços no Brasil de Jair Bolsonaro. Um dos retrocessos pode ser a reforma da Previdência. Em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, o futuro ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, disse que quer revisar pontos da reforma da Previdência, aprovada pelo Congresso Nacional em 2019.

Lupi, que sempre foi contra à reforma, criticou a idade mínima para mulheres de 62 anos se aposentarem e destacou que deseja criar um “critério regional” para conceder o benefício. “Minha ideia é criar uma comissão tripartite para analisar isso, com representantes da sociedade civil, representantes de gente de classe patronal e de empregado”, disse. “Existem algumas coisas que acho absurdas na reforma, mas tenho que estudar para ver como viabilizar.”

Segundo Lupi, o governo Lula quer criar um “sistema mais fácil” para incentivar a contribuição na Previdência. “Hoje, quem trabalha com a Uber trabalha em casa e ninguém contribui para a Previdência”, afirmou. “É dinheiro que se deixa de arrecadar. Em vez de pensar que Previdência é prejuízo, tem que pensar que é investimento e, também, em como melhorar a arrecadação. Já estou com minha cabeça aqui em erupção pensando.”

A coluna No Ponto analisa e traz informações diárias sobre tudo o que acontece nos bastidores do poder no Brasil e que podem influenciar nos rumos da política e da economia. Para envio de sugestões de pautas e reportagens, entre em contato com a nossa equipe pelo e-mail noponto@revistaoeste.com.
















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'A verdade sobre o Macarthismo da Covid-19',

 por Brendan O'Neill, da Spiked


A lista negra dos dissidentes do lockdown feita pelas elites foi uma vergonha


Houve dois vírus que as autoridades quiseram conter em 2020 e 2021. O primeiro foi o vírus da covid-19. O segundo foi o vírus da dissidência. No decorrer da pandemia, especialistas se referiram ao ceticismo em relação ao lockdown e às informações erradas sobre a covid-19 como um tipo de doença, uma enfermidade contagiosa que podia infectar as mentes das massas tanto quanto a covid adoeceu os corpos. Políticos britânicos a chamaram de “pandemia da desinformação”. Precisamos proteger as pessoas tanto da “doença física quanto da doença da desinformação”, insistiram os cientistas. “Informações falsas contaminaram a reação à covid-19”, escreveu um acadêmico. Contaminar — que escolha marcante de verbo. E se ideias contrárias são uma infecção no corpo político, ficou claro qual deveria ser a cura: a censura.

Quase três anos depois do início da pandemia, ficou evidente que a censura foi uma parte central do lockdown. Nossas vidas cotidianas não foram as únicas suspensas à força — o mesmo ocorreu com o nosso direito de dizer certas coisas e até de pensar certas coisas. Nos Estados Unidos, Anthony Fauci, o diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas, que foi incensado pela mídia liberal por sua maneira de lidar com a covid-19, foi deposto em um processo que acusa a ele e ao governo Biden de modo mais amplo de conluio com a big tech para prejudicar os direitos de expressão do povo norte-americano durante a pandemia. A ação judicial foi feita pelo procurador-geral do Missouri, Eric Schmitt. A transcrição do interrogatório de Fauci foi liberada no começo do mês. É uma leitura frustrante. Ele afirma o tempo todo não se lembrar ou não saber quando é questionado sobre seu suposto papel em reprimir a liberdade de expressão na era da covid-19. Mas parece claro que, pelo menos informalmente, ele ajudou a elaborar e impor os parâmetros do pensamento aceitável durante a pandemia.

Anthony Fauci | Foto: Reprodução

Vamos considerar a Declaração de Great Barrington (declaração redigida e assinada no Instituto Americano de Pesquisa Econômica em Great Barrington, Massachusetts, em 4 de outubro de 2020, que defendia uma abordagem alternativa à pandemia, buscando minimizar o dano social dos lockdowns). Fauci teve discussões com os altos escalões sobre como neutralizar essa carta aberta que gerou “graves preocupações com os impactos prejudiciais à saúde física e mental das políticas da covid-19 vigente”. Solicitações relacionadas à liberdade de informação mostram que as autoridades pediram a Fauci para empreender uma “derrubada rápida e implacável” da Declaração de Great Barrington. Ele não perdeu tempo. Fauci “entrou em ação para menosprezar e desacreditar a declaração”, diz um dos relatos. Isso incluiu desqualificar seus autores — Martin Kulldorff, Sunetra Gupta e Jay Bhattacharya — como “epidemiologistas menores” espalhando “bobagens”. Hoje sabemos que Bhattacharya, professor de medicina em Stanford, posteriormente foi bloqueado no Twitter e até incluído na macarthiana trends blacklist, o que significa que seus tuítes nunca chegariam aos “trending topics”. O algoritmo foi usado contra um professor herege denunciado por Fauci.

O então diretor foi diretamente responsável pelo boicote realizado pelo Twitter contra Bhattacharya? Não fica claro. Com certeza não existem provas de Fauci fazendo uma ligação para Vijaya Gadde ou qualquer outro autoritário encarregado do cenário infernal de censura do Twitter pré-Musk nem exigindo o silenciamento desse criminosos das ideias. Mas parece haver um efeito cascata político, como descreve um jornalista. Fauci emite um decreto sobre o que é verdadeiro e o que é falso em relação à covid-19, e isso logo se torna o evangelho entre os senhores da big tech — era esse o padrão. Nesse caso, ele criou uma “desqualificação sistemática” dos especialistas dissidentes do lockdown que “chegou até as redes sociais”, de modo que as ideias dessas pessoas foram rotuladas como “desinformação sobre a covid-19” e censuradas pelos moderadores de conteúdo.

Jay Bhattacharya | Foto: Wikimedia Commons

Há rastros de e-mails que sugerem uma relação mais causal entre a hostilidade de Fauci em relação às dissidências e a censura da big tech dessas mesmas dissidências. Durante o depoimento, foram mostrados a ele e-mails que sugerem que seus próprios funcionários tentaram entrar em contato com o Google para dar início a uma conversa sobre a “desinformação” relacionada à vacina contra a covid-19. Pouco tempo depois, as redes sociais começaram a adicionar advertências em posts sobre a vacina e até suspenderam algumas contas por divulgarem “desinformação” sobre imunizantes. Se essas coisas estiverem conectadas, é uma grande coisa, porque autoridades nos Estados Unidos são proibidas pela Primeira Emenda de restringir os direitos de expressão de seus cidadãos. Se o governo sob Joe Biden terceirizou a censura para empresas concordantes, mesmo assim é censura de Estado.

Fauci emite um decreto sobre o que é verdadeiro e o que é falso em relação à covid-19, e isso logo se torna o evangelho entre os senhores da big tech — era esse o padrão

De certa forma, o fato de que parece não ter havido nenhuma necessidade de uma cadeia de comando direta entre a administração Biden e a big tech para que a censura da covid-19 ocorresse é ainda mais assustador. E confirma que o conformismo em relação à doença se generalizou no establishment, e como é natural para as oligarquias do Vale do Silício fazer as vontades das elites democráticas. O consenso da elite é uma fera poderosa. Mais uma vez, a opinião do governo sobre a covid-19 se tornou a única opinião exprimível na praça pública digital.

Então, quando o governo se posicionou a favor das máscaras, a dissidência em relação a elas foi implacavelmente censurada: veja a proibição do YouTube de um vídeo que traz o senador Rand Paul questionando sua eficácia. Quando as autoridades insistiram que o lockdown era a única maneira de lidar com a covid, toda a intelectualidade que se manifestou contra o lockdown correu o risco de ser banida, como os autores da Declaração de Great Barrington, e outros descobriram. E quando Fauci acreditou que a teoria do vazamento de laboratório era uma teoria da conspiração ridícula, “todas as opiniões conflitantes” correram o risco de ser censuradas on-line. Surpreendentemente, foi só quando o governo Biden afirmou, em maio do ano passado, que iria investigar essa teoria que o Facebook finalmente removeu a censura em relação a ela — prova de que a visão do governo reinou suprema nas redes sociais durante a pandemia.

Censura global

Precisamos falar sobre isso. Vivemos em sociedades supostamente livres e, mesmo assim, qualquer um que discordasse da opinião do Estado sobre a covid-19 correu o risco de ir parar numa lista negra e ser silenciado. Meio que não importa se Fauci “estava em conluio” com a big tech. Isso significa que de fato foi muito difícil para os cidadãos em um dos poucos espaços públicos que podiam ser acessados livremente durante a pandemia — a internet — discordarem a opinião do governo. Pior ainda, houve um elemento neoimperial nessa supressão on-line dos desvios dos ditames de Fauci. As empresas de rede social globalizaram a visão dos Estados Unidos sobre a covid-19 de modo que até as pobres almas em Londres, Paris ou Melbourne foram suspensas — banidas da praça pública — por fazer um comentário que o reverendo Anthony Fauci poderia desaprovar.

Matt Hancock, em 2021 | Foto: Shutterstock

No Reino Unido, onde não existe a Primeira Emenda da Constituição Americana, a ligação entre o Estado e a censura das redes sociais ficou muito mais clara. Hoje se sabe que Matt Hancock, secretário de Saúde durante a pandemia, entrou em contato diretamente com os chefes da big tech e pressionou para que eles eliminassem a “desinformação”. Em janeiro de 2020, seu consultor especial estava em conversa com o Twitter sobre “afinar os algoritmos”. Hancock também mandou “mensagens de texto pessoalmente” para Nick Clegg, antigo líder do partido Liberais Democratas, que na época era vice-presidente de assuntos globais do Facebook, para encorajá-lo a controlar a discussão on-line. Nas palavras de Isabel Oakeshott, Clegg ficou “feliz em ajudar”. Hancock queria que Clegg silenciasse comentários antivacina em especial. Em julho de 2020, histericamente, um membro do Parlamento britânico chamou os ataques à vacina como “uma bomba ideológica pronta para explodir”. É assim que os nossos governantes enxergam o livre fluxo de ideias — como um perigo de nível nuclear, com chance de matar ou infectar aos milhares.

O caso de amor Hancock-Clegg sobre a supressão de algumas ideias relacionadas à covid-19 mostra como a oligarquia é incestuosa. Vimos um político com mandato papeando com um antigo político sobre usar seu poder extraordinário de supervisor de uma conversa global para escantear algumas vozes. Tudo isso aconteceu para além do universo da responsabilização democrática, para além até do universo do Estado.

Em vez disso, um funcionário público conspirou com o funcionário de uma empresa privada para conter o que milhões podiam ver e ouvir on-line. Não havia necessidade de que uma lei contivesse os dissidentes, a opinião do Estado sobre todas as coisas ligadas à covid-19 foi imposta de forma casual e informal em todos os dispositivos que possuímos, graças a um político em que votamos para tirar do cargo cinco anos atrás. É sinistro.

Claro, não foi apenas o discurso on-line que foi controlado. O mesmo aconteceu com o direito de protestar. Como Oakeshott nos fez lembrar, “protestos antilockdown foram rapidamente proibidos” em 2020. Em setembro do mesmo ano, o Gabinete Britânico sugeriu que os protestos deveriam ser dispensados da “regra de seis”, que proibia qualquer reunião externa de mais de seis pessoas, mas Hancock chamou o parlamentar britânico Michael Gove para “acabar com isso”. E “Gove não viu nenhum problema em ajudar”. Então fomos impedidos de nos manifestar livremente on-line e impedidos de exercer nosso direito de discordar em público. Foi a repressão à liberdade política mais séria que o Ocidente vivenciou em muito tempo.

Milhares de pessoas se reúnem no Lincoln Memorial para protestar contra as vacinas, em Washington, DC, EUA, 23/1/2022 | Foto: Shutterstock

Vai levar um bom tempo para que possamos medir o impacto desse império de censura da covid-19 nas nossas sociedades. Para mim, ele não só proibiu a expressão de algumas opiniões, o que é uma infração bastante grave em si — possivelmente a infração mais grave que uma sociedade pode cometer —, mas também nos deixou catastroficamente despreparados para a era pós-lockdown.

A punição dos dissidentes que se perguntaram em voz alta se o lockdown poderia levar a um acúmulo mortal no sistema de saúde, a um declínio na saúde mental das pessoas, a uma regressão nas habilidades sociais das crianças e a uma crise econômica que pode ter consequências muito negativas significa que nunca conversamos de fato sobre essas questões.

Temos uma lição aqui: a censura é uma força incrivelmente destrutiva. A supressão das dissidências é sempre uma má ideia, em qualquer situação. Ela reduz a capacidade que uma sociedade tem de explorar ângulos, examinar possibilidades e imaginar cenários futuros. Nunca mais podemos permitir que especialistas excluam o que quer que considerem ser uma ideia anticientífica ou perigosa. Em todas as questões: de pandemias à economia, passando pelo clima, a liberdade de pensar, falar e alertar deve prevalecer.


Brendan O’Neill é repórter-chefe de política da Spiked e apresentador do podcast da Spiked, The Brendan O’Neill Show.
Ele está no Instagram: @burntoakboy


Revista Oeste










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Para surpresa de ninguém, Lula entrega a Petrobras à quadrilha do... Lula

Revista Oeste


 No último discurso antes da posse, cheio de gafes e aplausos, Lula deixou escapar a seguinte frase: “Nós ainda vamos montar a diretoria da Petrobras”. Em condições normais, essa fala seria interpretada como um risco iminente para quem tem memória recente da pilhagem dos cofres da estatal por políticos. Nesta sexta-feira, 30, o futuro presidente confirmou que o PT vai voltar ocupar a petroleira. Vem aí o senador potiguar Jean Paul Prates (PT-RN).

Prates, 54 anos, é advogado e economista. Em 2014, ele foi eleito primeiro suplente da então senadora Fátima Bezerra. Em 2018, Fátima foi eleita governadora do Rio Grande do Norte, e Prates assumiu a cadeira dela no Senado. O futuro presidente da Petrobras defende a ideia de que a estatal eleve seus investimentos sem renováveis, em linhas com outras petroleiras globais, e também na área de refino.

O senador já se posicionou contrário à privatização da Petrobras e questionou a atual política de preços da estatal, que é alinhada às práticas do mercado internacional. Ele apareceu para o público como integrante da CPI da Covid no Senado.

O PETROLÃO

Trata-se de um esquema bilionário de corrupção que ocorreu na Petrobras durante os governos Lula e Dilma. A corrupção envolvia cobrança de propina de empreiteiras, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e superfaturamento de obras contratadas para abastecer os cofres de partidos, funcionários da estatal e políticos. O esquema foi alvo de investigação da Polícia Federal por intermédio da Operação Lava Jato.












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Loterias da Caixa: quase R$ 350 milhões foram esquecido em 2022

  Depois dos sorteios, ganhadores têm 90 dias para fazer o resgate do prêmios


Ao longo de 2022, os ganhadores das Loterias da Caixa esqueceram de buscar cerca de R$ 350 milhões. Esse montante se aproxima dos R$ 380 milhões pagos pela Mega da Virada no ano de 2021.

Por lei, as premiações das Loterias da Caixa ficam disponíveis para saque por até 90 dias depois do sorteio. Passado esse período, o ganhador perde o direito de fazer o resgate do montante.

O dinheiro esquecido não fica para a empresa. Esses valores são repassados integralmente ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que proporciona empréstimos para estudantes pagarem as mensalidades de faculdades e universidades.

A soma de quase R$ 350 milhões não resgatada este ano se refere ao repasses feitos entre janeiro e novembro. Assim, o valor ainda pode aumentar alguns milhões com as quantias para transferência neste mês de dezembro. Mas os repasses deste ano já são maiores, por exemplo, que os valores transferidos para o FIES em 2015 e 2020.

Em 2021, por exemplo, a soma dos valores não resgatados e repassados ao Fies ficou próxima de R$ 600 milhões. Ou seja: quase R$ 100 milhões a mais, em comparação ao prêmio de R$ 500 milhões estimado pelas Loterias da Caixa para a Mega da Virada de 2022.

Artur Piva, Revista Oeste


















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Nunca se ‘remendou’ tanto a Constituição como em 2022

 revistaoeste

Em 2022, o Congresso Nacional promulgou 14 emendas à Constituição. 

Trata-se de um recorde desde que a Constituição Federal de 1988 entrou em vigor. 

O número é quase o dobro de 2014, que registra oito emendas promulgadas. 

Ao todo, a legislatura atual promulgou 29 “remendos” — cerca de 22% de todas as emendas aprovadas até hoje. 

As emendas promulgadas neste ano não seguiram um padrão temático único. 

Elas tratam de diversos assuntos, como regras eleitorais, Orçamento da União, direitos trabalhistas , entre outros. Contudo, nenhuma partiu do Poder Executivo. 

Desde 1988, a Constituição foi modificada 140 vezes.










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