ANDRADE JUNIOR
Me engana que eu gosto... Gosto de ver como essa nossa mídia está medíocre. O compromisso com a verdade e os fatos já não existem mais. Na época em que eu estava no meio tínhamos credibilidade. Muitas vezes as pessoas só acreditavam depois que "ouviam" o "homem do rádio". Nós, repórteres de rádio, jornal ou televisão brigávamos pelo "furo". Corríamos para informar nosso ouvinte, leitor ou telespectador.Infelizmente o tempo passou. Nossas redações e editorias passou a ter o comando dos esquerdistas. Outrora para noticiar algum fato, tínhamos que ter documentos, provas para não caluniar, muito menos difamar ninguém. Como eu disse havia credibilidade e, nós, jornalistas nos cobrávamos isso. Hoje tudo mudou.
Neste domingo, em vários pontos do nosso país milhares de pessoas foram às ruas para lutar pelo voto auditável e, indiretamente, apoiar o Presidente Bolsonaro. Entretanto aquilo que deveria ser a manchete dos veiculo de comunicação, para supressa de ninguém, houve aquilo que antes chamávamos de "barriga". Eles não conseguiram enxergar os movimentos.
Mais lamentável é que aqueles que não se fizeram de cegos minimizaram. Correio Braziliense, Foice de São Paulo, Globo, Estado publicaram fotos do início das manifestações, quando ainda não havia ninguém ou buscaram fotos de pequenos grupos para não escancarar o que aconteceu de fato em todo o país.
Se fosse noutrora nesta segunda feira muitos seriam demitidos por não terem sido "jornalistas" e não enxergarem e publicarem o que de fato aconteceu. Lembrei até um fato que comentávamos sempre no meio radiofônico. "Nos anos 60 seria disputada uma partida importante de futebol em uma cidade no interior e, para lá, uma emissora de rádio enviou um dos seus jornalistas para a cobertura. Ocorre que no dia do evento o jornalista nada reportou e todos estavam ávidos por informações. Três dias depois o tal jornalista se apresentou na emissora e logo foi questionado sobre o que havia acontecido. Ele disse que não tinha acontecido nada, o jogo havia sido adiado, porque na pequena cidade tinha caído uma tempestade, derrubando uma ponte, alagando diversos pontos, inclusive o campo onde haveria o jogo e perto de umas 20 pessoas tinham morrido. E o repórter, como se tivesse cumprido sua missão destacou - Não houve o jogo, por isso não tinha o que informar. Óbvio que, naquela época, o demitiram de imediato, pois tudo era muito mais noticia que o jogo, mas ele não conseguiu enxergar".
Assim agiram as redações neste domingo/segunda feira. Lamentável, entretanto, para nossa sorte, temos as mídias sociais que mostram à todos o que, de fato, vem acontecendo. Os tradicionais veículos de comunicação, ao que tudo indica, "morreram e esqueceram de deitar". E o que é ainda mais grave é que morreram não foi porque o presidente Bolsonaro, corretamente, acabou com a farra de recursos que eram destinados à "imprensa", mas, sim porque são medíocres, faltam que o maior compromisso do jornalismo que é o de informar sem paixão ou partidarismo. Quanto mais manifestações acontecem e mais eles tentam não noticiar, maior é o descrédito dos leitores.
Francamente, eu já deixei de ser assinante dos jornais e revistas há muito tempo. O dinheiro que ganho é suado e não jogo foram com o lixo que virou nossa imprensa.
Andrade Junior - Jornalista.
0 comments:
Postar um comentário