Júlio Gonzaga, Estudos Nacionais
Bluey (ABC Kids Austrália)
Bluey (em português, As aventuras de Bluey), um desenho animado para crianças, originariamente produzido pela TV australiana, foi atacado na última semana pela patrulha ideológica dos progressistas.
A razão do ataque é que o desenho, inteiramente direcionado ao público infantil e que conta a história de uma família de cachorros, carece de “diversidade” em representar as “minorias oprimidas”.
Como sumarizou o Daily Wire, “Bluey é a premiada série animada de mega-sucesso sobre os Heelers, uma família de humanos em forma de cachorro – os pais Bandit e Chilli, os filhos Bingo de quatro anos e Bluey de seis anos – que vivem em um lindo Queenslander com vista para a cidade, no topo de uma colina exuberante na ensolarada Brisbane.”
A série, que faz sucesso na Austrália e começa a se expandir a outros países, atribui esse êxito por levantar questões familiares do cotidiano, sem nenhum cunho político.
A despeito da mensagem inocente do programa, a família de cães não escapou de ser problematizada pelos “progressistas”.
A jornalista Beverley Wang, do canal ABC da Austrália, questionou: “onde estão as famílias de cães com deficiência, queer, pobres, de gênero diverso, negros e monoparentais em Bluey’s Brisbane?” E desafiou: “se eles estão em segundo plano, deixe-os vir à frente.”
Wang ainda escreveu que “a maioria dos personagens da televisão infantil é branca” e há “mais animais do que protagonistas negros povoando as páginas de livros infantis.”
A jornalista reconheceu também que o desenho não foi feito para passar qualquer mensagem política, mas desafiou os produtores a tomar outro rumo: “estou ciente de que isso pode parecer exigir demais de um programa que já é tão terno, cheio de nuances e alegre. Mas é exatamente porque Bluey demonstrou profundidade e alcance que não posso deixar de pedir de outra maneira.”
PUBLICADAEMhttp://rota2014.blogspot.com/2021/04/desenho-animado-canino-e-criticado-por.html
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