por Guillermo Federico Piacesi Ramos
Bolsonaro é o instrumento utilizado pelo povo para implementar uma nova forma de se fazer política no país, e afastar, aos poucos, dentro das regras do jogo, as antigas oligarquias que se apossaram do Estado.
Ele está abrindo caminho para os que virão depois dele, preparando o território.
Depois do que aconteceu ontem na eleição da Presidência da Câmara dos Deputados, com a vitória avassaladora do candidato apoiado pelo Governo e a derrota fragorosa do apoiado por Rodrigo Maia, que no final viu a baleia encalhar na praia, é dia de eu ficar feliz com o que eu mesmo escrevi lá em OUTUBRO DE 2018, em um texto que consta do meu livro, quando analisei o fenômeno “bolsonarismo” na época da campanha eleitoral.
Leiam a passagem respectiva:
“(...) Por isso que o bolsonarismo é o maior fenômeno político do Brasil (e quiçá um dos maiores do mundo). Sem apoio da mídia, sem uso de dinheiro público, sem apoio de grandes partidos, é resultado de um único homem, Jair Bolsonaro.
Esse homem, contra tudo e contra todos, conseguiu se lançar candidato a Presidente da República em um país dominado por políticos que criaram uma confraria, um clube, cujo ingresso era comprado com a alma, após assumir-se uma dívida de sangue.
Além da sua própria candidatura, ele lançou também várias pessoas candidatas ao Parlamento, espalhadas pelo país afora. Quase todas essas pessoas acabaram eleitas em votações maciças, devido ao apoio que receberam dele, e seu partido, de nanico, passou a uma das maiores siglas a partir da próxima legislatura.
Os sociólogos, antropólogos e cientistas políticos, bem como a mídia tradicional, preferem até hoje ignorar o fenômeno do bolsonarismo. Infelizmente, eles estão boicotando o momento histórico do país. A sua função, que seria analisá-lo e escrever a respeito dele para o público, não vem sendo cumprida.
Mas o povo enxerga esse fenômeno muito bem. E a mídia alternativa e os analistas amadores o compreendem, e tentam discorrer sobre ele em linhas razoavelmente bem escritas
(como, modéstia às favas, essas aqui que lanço).
A eleição de Bolsonaro não tem relação apenas com o fato de a população brasileira ter-se descoberto de direita (e conservadora), rejeitando todas as políticas de esquerda da última
década, e sentindo-se representada no único candidato que traz consigo essa ideologia (de direita).
Tem a ver também com o resgate de valores que estavam adormecidos na população desde as priscas eras, como patriotismo e valores morais/éticos, e fortalecimento da família, que Jair Bolsonaro implementou.
Como Bolsonaro conseguiu fazer isso, eu não sei. Como disse antes, a explicação para o fenômeno seria tarefa para os cientistas sociais, mas eles preferem sabotar o momento histórico que vivemos (e ficar gritando “ele não” iguais histéricos). Só sei que esse homem – que muitos que o odeiam adoram dizer ser um inepto, um incapaz – é um gênio político nunca visto antes no país, com uma visão de tempo e espaço sem igual, capaz de arregimentar em torno de si um exército de apoiadores sem igual, que lhe dá uma capacidade de resistência (e uma resiliência) inimaginável.
Os brasileiros não sabem qual país nascerá em 2019, quando Bolsonaro assumir a Presidência da República e preencher com seus partidários muitas das cadeiras do Parlamento.
Mas sabem muito bem qual país não querem mais: esse aí que fica para trás, com tudo que representa.
Por isso mesmo que, além da votação de Bolsonaro e de seus partidários, a sociedade aposentou, pelo “não voto”, políticos tradicionais, que estavam há quase uma vida na política, e que antes, justamente pelo estado de resignação para com a velha política, tinham verdadeiro salvo-conduto para se perpetuarem nos mandatos.
E assim o bolsonarismo avançará. Ele não se limitará ao mero comparecimento às urnas agora, nessa eleição. A população não se desmobilizará jamais, e daqui a três ou quatro eleições talvez a faxina na velha política termine, pelo voto. O país será outro, sem sombra de dúvida. A sociedade está acometida de um otimismo exacerbado e de uma euforia, que orientará as ações do novo governo (ou melhor, do governo Bolsonaro).
A mídia pode continuar não noticiando o que o povo vem fazendo, pode continuar fingindo que nada acontece, e pode continuar distorcendo todos os fatos como vem fazendo nos últimos meses, e pode fechar os olhos para o que acontece, continuando na sua tática de sabotar o bolsonarismo.
Os políticos de sempre podem continuar desqualificando Jair Bolsonaro até o dia da eleição, e podem continuar tentando tapar o sol com a peneira.
Nada disso importa.
O que importa é que o povo brasileiro faz, sim, a sua revolução, pela primeira vez. Uma “revolução pacífica conservadora”. E Jair Bolsonaro é o seu instrumento para retirar do Poder a casta e a oligarquia que por lá está desde a “redemocratização” do país, em 1985.
Os livros de História falarão sobre nós e nosso 2018. E nós não deixaremos que as pessoas esqueçam.” (Escritos conservadores, pp. 118/120).
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