Percival Puggina
Só bandidos, advogados de bandidos, protetores de bandidos, políticos e cientistas sociais de esquerda que veem os bandidos como agentes de sua revolução são contra a prisão desses indivíduos após condenação em 2ª instância. Sei que é muita gente. A esses, se somaram seis ministros do STF que queriam ver Lula fora da cadeia (e acabaram com a Lava Jato).
No Brasil, há uma verdadeira multidão que condena o xerife e a vítima para defender o bandido. Ainda assim, todos somados, compõem uma pequena fração da população brasileira que quer justiça e segurança.
Nós, que exercemos nossa cidadania de modo positivo, construtivo, sabemos que bandido preso incomoda menos e causa menor prejuízo que bandido solto. E percebemos que há, nessa conclusão, uma lógica difícil de refutar: prisão após condenação em 2ª instância aumentará a segurança da sociedade. Tanto assim que, segundo matéria de O Globo, dos 194 países, 193 possibilitam a prisão após condenação em 1ª ou 2ª instância. Adivinhe quem é o outro.
O desinteresse do Congresso Nacional por esse tema em sucessivas legislaturas permite incluir a maioria dos membros de nosso parlamento naquele grupo de pessoas que referi no primeiro parágrafo deste pequeno texto. Não tem outra explicação. É algo que joga o Poder Legislativo num indefensável fosso moral do qual precisa sair para recuperar o respeito da sociedade. Aliás, respeito da sociedade por si mesma, posto que ele, Congresso, é sua representação.
O senador Sérgio Moro desarquivou o projeto para que volte a tramitar e o debate sobre o assunto seja retomado. A sociedade tem um papel a desempenhar, então, de modo persistente, influenciando outros e, todos juntos, influenciando os congressistas.
Quem não sabe bem que persistência é essa, pense em Alexandre de Moraes indo atrás de Allan dos Santos, ou de Daniel Silveira. Vamos usar a nossa para uma causa nobre e valiosa à nação.
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