João Pitella Júnior
“Nós moralizamos muita coisa neste país, sobretudo a Petrobras”, disse o candidato petista no debate da Globo.
É a frase mais reveladora do mau-caratismo da
extrema-esquerda. Ela chegou a um nível patológico de mentiras, cara de
pau e desprezo à inteligência do povo.
Vamos recordar fatos amplamente divulgados pela imprensa e registrados em livros.
A Petrobras reconheceu, em seu balanço, o pagamento de
propinas totais de R$ 6,2 bilhões no esquema de corrupção do Petrolão,
nos desgovernos petistas.
R$ 6,2 bilhões!
Esse é o valor só da corrupção confessada na Petrobras na era petista.
Trata-se da ponta do iceberg, por ser apenas o montante
da propina, e não dos negócios escusos viabilizados por ela. O Tribunal
de Contas União (TCU) apontou um prejuízo de R$ 29 bilhões no cartel da
Petrobras, e um laudo da Polícia Federal estimou o rombo em até R$ 42
bilhões.
Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras, confessou ter R$
100 milhões, guardados em contas no exterior, de dinheiro de propina do
esquema do Petrolão no desgoverno petista.
Os promotores perguntaram: “100 milhões de reais”? Ele
respondeu: “100 milhões de dólares”. Barusco tinha um cargo de terceiro
ou quarto escalão na Petrobras.
Barusco informou ter transferido ao PT, de 2003 a 2013,
cerca de 150 a 200 milhões de dólares em subornos do esquema do
Petrolão.
Documentos apreendidos pela Lava-Jato levantam a
suspeita de que a Odebrecht teria acertado, com o ex-ministro dos
desgovernos petistas Antonio Palocci, pagar aproximadamente R$ 200
milhões ao PT de 2008 a 2013. Palocci, ex-braço direito de Lula, também
informou que havia esquemas de corrupção em TODAS as medidas provisórias
editadas no desgoverno de Lula.
A corrupção tinha se tornado, nas palavras do
empreiteiro Julio Camargo, “a regra do jogo”, o que foi confirmado por
diversas provas obtidas pela Lava-Jato.
A operação colheu provas abundantes de que a estrutura do PT foi usada para arrecadação e distribuição de propinas da Petrobras.
Como resultado das investigações, inúmeras acusações
foram oferecidas, algumas com mais de uma centena de páginas,
acompanhadas de uma infinidade de documentos comprobatórios.
“Os contornos da corrupção na Petrobras indicavam que,
sem a participação ativa do ex-presidente Lula, o esquema não poderia
ter acontecido. Lula era o comandante do sistema criminoso implantado na
Petrobras”, escreveu Deltan Dallagnol, no livro A Luta contra a
Corrupção.
“Entre 2006 e 2015, se estabeleceu um amplo esquema de
corrupção na alta cúpula do Poder Executivo federal para favorecer a
Odebrecht. As propinas eram, na maior parte, dirigidas ao PT (…) Lula
foi acusado por corrupção de cerca de 75 milhões de reais em oito
contratos da Petrobras com a Odebrecht e por lavagem de dinheiro”,
acrescentou.
Conforme reconhecido em três instâncias do Judiciário,
envolvendo nove magistrados em votações unânimes, as aprovas apontavam
para o fato de que a construtora OAS havia destinado um apartamento
tríplex no edifício Solaris para o ex-presidente Lula e sua família e
feito amplas reformas no imóvel sem que tivesse sido pago preço
correspondente.
Lula foi condenado e não absolvido, mas os processos
foram anulados com base em detalhes técnicos (“o julgamento não poderia
ter acontecido em Curitiba”) e em mensagens roubadas da “vaza jato”. A
longa tradição da jurisprudência brasileira de não permitir o uso de
provas ilegais foi, assim, rasgada para anular processos por crimes de
corrupção.
Sim, para livrar Lula da cadeia e reabilitá-lo
politicamente, o Sistema jogou fora anos de luta contra a corrupção e,
na prática, inviabilizou qualquer ação futura contra o roubo de dinheiro
dos cidadãos que pagam impostos no Brasil. Tudo isso para favorecer uma
pessoa. Difícil imaginar alguém que tenha prejudicado mais o futuro de
um país.
E, nas palavras de Lula, ele moralizou “muita coisa neste país, sobretudo a Petrobras”. Esse é o defensor da democracia?
PUBLICADAEMhttps://doplenario.com.br/discurso-fake-e-corrupcao-de-verdade/
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