Jornalista Andrade Junior

segunda-feira, 25 de abril de 2022

Eduardo Cunha acusa Moro de ‘prender inocentes’ e liderar ‘organização criminosa’

  Terra Brasil Notícias


Em artigo publicado no site Poder 360, o ex-deputado federal Eduardo Cunha acusou o ex-juiz Sergio Moro de ser o “líder de uma organização criminosa” criada com o intuito de atingir objetivos políticos e pessoais, além de “prender inocentes” no curso da Operação Lava Jato

Investigações sobre corrupção levaram Cunha à prisão, em outubro de 2016, por determinação de Moro, bem como à perda dos direitos políticos até 2027.

No texto, Cunha compara o ex-ministro ao personagem Arthuro (Enrique Arce), da série “La Casa de Papel” (Netflix), que se tornou uma pessoa “odiada” e caiu no “esquecimento”. No paralelo traçado, o ex-deputado admite que, embora Moro tenha sido “relevante” em determinado momento da história recente do Brasil, ele “foi deixado de lado”.

De acordo com o ex-presidente da Câmara, Moro “morreu quando resolveu entrar na cena do seu próprio crime”, ou seja, ao abraçar e fazer parte do mundo político, que outrora ele disse não ter qualquer interesse. 

Cunha ainda responsabiliza o ex-juiz pela “falência” de empresas brasileiras e afirma que ele montou uma organização criminosa e criou uma “indústria” de delações, mecanismo que foi bastante usado pela Lava Jato.

“Moro foi o responsável pela criminalização da política. Fraudou a sua competência, quebrou empresas, prendeu inocentes, montou uma organização criminosa com interesse político, criou uma indústria das delações para que só saísse da prisão quem aderisse ao procedimento”, escreveu.

Cunha também criticou Moro por ter “tirado” o ex-presidiário Lula (PT) das eleições de 2018, ao ordenar a prisão do petista em abril daquele ano. 

Para o ex-presidente da Câmara, Lula deveria ter sido derrotada nas urnas, “como prevê a democracia”, e não por um “juiz ladrão” que não apenas “expulsou” o petista das eleições, como “afastou adversários do PT”, citando a si mesmo como exemplo.

“Ainda bem que o STF (Supremo Tribunal Federal) corrigiu muitas das fraudes praticadas por Moro, inclusive contra mim, nos dando a oportunidade de assistir ao enfrentamento político das urnas, o que representa a verdadeira democracia”, disse.

Eduardo Cunha afirma que os planos políticos de Moro foram massacrados primeiro quando o ex-juiz “pretendeu” sair como vice-presidente na chapa com Jair Bolsonaro (PL) e, posteriormente, ao pleitear ocupar uma cadeira no STF e, da Corte, “se cacifar como candidato” ao Planalto.

Diante da impossibilidade desses dois caminhos, afirmou Cunha, Moro teria recorrido aos métodos políticos tradicionais para a concretização de “seu sonho megalomaníaco”: optou por “trair” o Podemos, primeiro partido ao qual ele se filiou, mas ficou “chupando o dedo” ao ser deixado para trás pelo União Brasil, que optou por lançar Luciano Bívar à Presidência.

“A ingenuidade de Moro chega a ser risível. Ficou agora com a opção de ser candidato a deputado estadual ou federal em São Paulo. Ou até mendigando uma candidatura ao Senado — em que será certamente derrotado”, completou.












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