Jornal foi atacado por reconhecer, com ressalvas, o bolsonarismo como força política de oposição ao Partido dos Trabalhadores Cristyan Costa
A Folha de S.Paulo despertou a ira da esquerda nas redes sociais, por causa de um editorial sobre a volta do ex-presidente Jair Bolsonaro ao Brasil. Isso porque o jornal publicou dois textos com versões diferentes a respeito do mesmo assunto, nas edições impressa e digital, na quinta-feira 30.
Diz o editorial publicado na versão impressa: “O bolsonarismo até poderia, se abandonasse a violência e o autoritarismo, liderar uma oposição saudável ao PT. Esse não é infelizmente, o desfecho mais provável”. A digital (que mais incomodou os leitores) informa: “Opondo-se ao petismo, o bolsonarismo pode dar vigor à política brasileira — desde que abandone a violência, a atitude antidemocrática e a polarização irracional”.
O editorial foi publicado no site da Folha às 21h30, da quinta-feira 30. Houve uma atualização às 9h17, da sexta-feira 31: “Por erro da redação, foi publicada uma versão anterior deste editorial, com uma conclusão diferente da aprovada para a edição impressa. O texto foi corrigido”.
Mesmo depois de se desculpar, o jornal foi alvo de ataques. “Quem vai avisar a Folha que apoiar o bolsonarismo é apoiar fascismo e nazismo?”, interpelou a feminista Márcia Tiburi. “Quem vai avisar que quem apoia bolsonarismo, nazismo e fascismo, nazifascista é? Não tem como separar as coisas. Não existe bolsonarismo sem violência. Bolsonarismo é o nome do nazifascismo.”
“Vou cancelar a minha assinatura da Folha“, tuitou a pesquisadora Beatriz Rey, sobre o editorial que tratou de Bolsonaro. “Estou absolutamente enfurecida com esse editoral sobre o bolsonarismo.”
Até a deputada federal Erika Kokay (PT-DF) pronunciou-se.
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