CLÁUDIO LUIS CAIVANO Advogado.
Para além da pergunta sobre o que vem a ser democracia; para além do lugar comum e romântico, antes que alguém responda que seja o sistema de governo em que o poder emana do povo e seja exercido por ele, é preciso descobrir se democracia realmente existe.
Como brasileiro de meio século de vida, sem me prender ao lugar comum, uma vez mais, de dizer o que vi da vida, devo admitir que a colocação deve ser diametralmente diferente, o que foi a vida no Brasil?
Primeiro devo admitir que nada mais é como antes. A premissa de boa fé não existe. A célebre fase cunhada antes da minha existência e repetida à exaustão por toda ela, “Brasil, o país do futuro”, se transformou em lenda, em empirismo clássico retórico, algo folclórico, pois, nunca se tornou realidade.
O futuro chegou, passou, atropelou o passado e o presente, foi esmagado por políticos decadentes, travestidos de inocente, que cunharam slogans, enganaram toda a gente, se locupletaram, enganaram, dilapidaram patrimônio público e... escaparam!
Somente neste interregno, voaram, sumiram, desapareceram 16 anos. Quando me pego pensando nisto, percebo que somente este lapso de tempo consumiu um terço da minha vida. Caí e me levantei tantas vezes neste período que não consigo entender em sã consciência, como consegui sobreviver a isto!
Quando enfim chega ao poder, alguém que talvez tenha sido eleito por essa tal democracia, toda gente se agita, o sistema grita e simplesmente o impede de trabalhar. Já transcorreram dois anos e meio e a vida, de novo, não avançou. Para além do golpe mundial, de toda fraude universal, nossa economia foi impedida de avançar, simplesmente porque são os outros que querem governar.
É ADIN, ADPF, Mandado de segurança coletivo, é MP, OAB e partido, todo mundo contra o executivo, uma escalada de sandices nunca vistas em nenhum lugar do mundo. A única coisa boa que tiro disso é perceber como nossa economia é forte, como nosso povo é resiliente, resistimos à insanidades de Dilma e agora sobrevivemos ao todos contra um.
Assim, já se vão vinte anos, parece loucura, parece lorota, duas décadas tiradas de nossas vidas porque uma classe, a política, se julga acima do povo. Agora, outra classe se levanta e de novo, pra prejuízo do povo, o judiciário se acha acima da classe política e quer pra eles o poder sem ter tido, sequer, um misero voto!
Esse momento único da história da nação só prova que a democracia jamais existiu, ou agora, simplesmente e de susto, morreu! Parece não haver o que fazer a respeito, ainda que o povo bata no peito e grite Brasil, precisa entender que o presidente não poderá resolver tudo sozinho.
Eles estão avançando sobre nós! É passaporte sanitário, é ameaça de cortar até salário se você se revoltar e cometer a sandice de se negar a receber a tal picadinha. Eles dizem que por passe de mágica, tal qual a varinha, você será um novo tipo de ser, quase celestial, embora em contraponto de modo bestial, você ainda precise usar a focinheira. Não sei mais, responda-me quem puder, a picadinha funciona ou não, afinal?
Pregavam e usavam o nome da ciência pra tudo, vivi pra ver médico confundindo às raias do absurdo, defendendo picadinha como fosse a única saída e dizendo que quem não aceita a focinheira é um genocida.
Tanto tempo passou, não descobri se existe essa tal democracia, mas, entendi que vivi pra ver esse dia que nem juramento de Hipócrates parece ter alguma serventia. Talvez, eu que esteja enganado e o que eles estejam fazendo seja o futuro que enfim chegou de modo enviesado e eu, ultrapassado, preso a valores que caíram em desuso, ainda fico procurando um fantasma que diziam ter saído do armário, a tal da democracia.
Enfim, parece que só há uma saída, e não será aceitar e me por ao lado desses iluministas que usam máscaras masoquistas e pregam que a verdade e a liberdade seja somente o que eles dizem. Tenho que continuar lutando, disso tenho tanta certeza quanto a necessidade de continuar respirando. Sempre foi pela liberdade!
PUBLICADAEMhttp://rota2014.blogspot.com/2021/09/democracia-existe-um-panorama-revelador.html
0 comments:
Postar um comentário