Jornalista Andrade Junior

FLOR “A MAIS BONITA”

NOS JARDINS DA CIDADE.

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CATEDRAL METROPOLITANA DE BRASILIA

CATEDRAL METROPOLITANA NAS CORES VERDE E AMARELO.

NA HORA DO ALMOÇO VALE TUDO

FOTO QUE CAPTUREI DO SABIÁ QUASE PEGANDO UMA ABELHA.

PALÁCIO DO ITAMARATY

FOTO NOTURNA FEITA COM AUXILIO DE UM FILTRO ESTRELA PARA O EFEITO.

POR DO SOL JUNTO AO LAGO SUL

É SEMPRE UM SHOW O POR DO SOL ÀS MARGENS DO LAGO SUL EM BRASÍLIA.

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Os estados mais competitivos do país. E quem está na zona de rebaixamento

 Vandré Kramer, Gazeta do Povo


As unidades da federação do Centro-Sul são as que mais conseguem priorizar políticas públicas voltadas para o bem-estar da sociedade, segundo o Ranking de Competitividade dos Estados, um estudo que o Centro de Liderança Pública (CLP) divulgou na manhã desta quinta-feira (30). São Paulo, Santa Catarina e Distrito Federal são as três mais bem colocadas no levantamento.


Segundo Lucas Cepeda, analista do CLP, as unidades mais bem posicionadas têm em comum o fato de que conseguem crescer ao dar prioridade a pautas específicas. Mas também são beneficiadas por questões históricas, como, por exemplo, ter uma infraestrutura melhor.


As três unidades da federação que ocupam o pódio geral ocupam, em geral, as melhores posições nos rankings setoriais elaborados pelo CLP. São Paulo é o estado mais bem qualificado nos pilares de educação e infraestrutura; Santa Catarina é líder em segurança pública e sustentabilidade social; e o Distrito Federal tem a melhor posição em capital humano.


A concentração de primeiras posições no Centro-Sul cria um forte contraste com o Norte, onde estão as piores posições. Os quatro últimos do ranking geral de competitividade estão na região: Roraima, Acre, Pará e Amapá.


Os desafios são grandes. Segundo Cepeda, para avançar nos próximos anos, serem protagonistas e terem um papel mais relevante, as unidades da federação precisam melhorar suas condições fiscais. Um dos caminhos para isso, avalia, é investir na reforma administrativa para poder entregar políticas públicas de qualidade à sociedade.


Outro ponto de atenção são os critérios ESG (ambientais, sociais e governamentais, na sigla em inglês). Cepeda alerta que que eles estão se tornando a base do novo protecionismo global.


“Para não ser excluído dos fluxos de investimento internacional, será preciso dar mais atenção a isso. Se o lugar não atender a esses critérios, dificilmente receberá investimentos”, diz. E quem larga na frente desse ranking é São Paulo, seguido pelo Distrito Federal e Santa Catarina.


Confira a seguir quais os estados mais e menos competitivos do país e as mudanças de posição nos últimos seis anos, segundo o ranking de competitividade elaborado pelo CLP. Para destacar a evolução de um estado, clique sobre a linha dele (se estiver usando o celular) ou passe o cursor do mouse sobre ela (no computador). A reportagem continua logo abaixo:


Os desafios regionais

Apesar de os estados da região terem conseguido evoluir com o crescimento do PIB nos últimos anos, um desafio latente no Nordeste é a segurança pública. Os três maiores estados da região – Bahia, Pernambuco e Ceará – enfrentam desafios na área. Nesse critério, eles só estão melhores que Roraima e Rio de Janeiro no ranking da CLP.


O grande desafio do Norte, de acordo com Cepeda, está relacionado à infraestrutura. “Ela tem tido avanços, mas é preciso evoluir mais para que a população não fique excluída.” Três estados da região aparecem nas últimas posições do ranking desse pilar: Pará, Acre e Amazonas. Um dos fatores que pesa é a questão geográfica.


Apesar de ser o destaque em termos de competitividade, avanços também são necessários no Sul e no Sudeste. Uma das questões cruciais e relacionadas ao futuro das políticas públicas é a solidez fiscal.


Se, por um lado, essas regiões têm o líder nacional nesse critério, o Espírito Santo, também tem três dos quatro piores: Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.


Mesmo São Paulo, que é o campeão da competitividade entre os estados, não está em uma boa posição em termos de solidez fiscal: nesse pilar específico, é só a 18.ª entre as 27 unidades da federação.


A região Centro-Oeste vem se consolidando entre as dez unidades da federação mais competitivas. Segundo Cepeda, considerando-se todos os 86 pilares e subpilares do estudo do CLP, os estados da região ocupam a primeira posição em 19 deles.


O destaque do Centro-Oeste, conforme o analista, está na questão ambiental: Goiás está entre os estados que menos registram perda de água e Mato Grosso tem nota máxima na transparência de ações de combate ao desmatamento.


Rio de Janeiro perde competitividade por causa da questão fiscal

Dos estados do Centro-Sul, apenas o Rio de Janeiro não está entre os dez primeiros colocados no ranking geral da competitividade. Os fluminenses perderam nove posições desde 2015, quando eram o oitavo estado mais competitivo.


Esse desempenho fraco pode ser atribuído à questão fiscal, diz Cepeda. A unidade da federação é a última colocada nesse critério, que tem Espírito Santo, Mato Grosso e Pará nas três primeiras posições do levantamento.


O analista do CLP aponta que a solidez fiscal é fundamental na execução de políticas públicas. “Mesmo com mais royalties do petróleo, a arrecadação não é suficiente para atender às demandas da sociedade”, diz. O principal problema está na segurança pública. Nesse pilar, o estado tem a segunda pior colocação no ranking, à frente apenas de Roraima.


Foco ajuda Alagoas a melhorar posição no ranking

Mas, mesmo não estando no top 10, um dos estados que mais tem se destacado no ranking nos últimos anos é Alagoas. Estava na última posição em 2015 e, seis anos depois, é o 13.º estado mais competitivo do país.


A melhoria no ranking é creditada por Cepeda ao estabelecimento de políticas setoriais focalizadas. Ele conta que em um primeiro momento o estado atacou o problema da mortalidade materna, depois aspectos relacionados ao Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e, finalmente, ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Isso se refletiu em fortes melhorias no capital humano, pilar no qual o estado passou de terceiro pior do país em 2015 a quinto melhor em 2021.


Outras áreas em que o estado nordestino apresentou melhor desempenho foi na educação (passando de 27.°, em 2015, para 17.°, em 2021), infraestrutura (de 21.° para décimo) e solidez fiscal (de 24.° para quinto).


Confira a seguir os estados que mais se destacam nos dez principais pilares de competitividade do ranking do CLP e nos pilares de objetivos do desenvolvimento sustentável e ESG:


SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL

1.º Paraná

2.º São Paulo

3.º Distrito Federal


CAPITAL HUMANO

1.º Distrito Federal

2.º Rio de Janeiro

3.º Amazonas


EDUCAÇÃO

1.º São Paulo

2.º Santa Catarina

3.º Minas Gerais


EFICIÊNCIA DA MÁQUINA PÚBLICA

1.º Espírito Santo

2.º Santa Catarina

3.º São Paulo


INFRAESTRUTURA

1.º São Paulo

2.º Distrito Federal

3.º Santa Catarina


INOVAÇÃO

1.º Rio Grande do Sul

2.º São Paulo

3.º Santa Catarina


POTENCIAL DE MERCADO

1.º Amazonas

2.º Roraima

3.º Mato Grosso


SOLIDEZ FISCAL

1.º Espirito Santo

2.º Mato Grosso

3.º Pará


SEGURANÇA PÚBLICA

1.º Santa Catarina

2.º São Paulo

3.º Distrito Federal


SUSTENTABILIDADE SOCIAL

1.º Santa Catarina

2.º Distrito Federal

3.º São Paulo


OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

1.º São Paulo

2.º Santa Catarina

3.º Paraná


ESG

1.º São Paulo

2.º Distrito Federal

3.º Santa Catarina




















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"A covidocracia e os seus descontentes",

 por Flávio Gordon

A ditadura sanitária global avança assustadoramente. E, no último dia 9 de setembro, tivemos um exemplo particularmente grave desse avanço. Em discurso na Casa Branca, o democrata Joe Biden, ocupante do cargo outrora conhecido como o de “líder do mundo livre”, e com a popularidade em frangalhos após o fiasco no Afeganistão, anunciou novas medidas para o enfrentamento da Covid-19, que tornou a recrudescer no país. Dentre essas medidas, Biden enfatizou novas exigências para o mercado de trabalho, incluindo a imposição da obrigatoriedade da vacina experimental – e esse aspecto nunca pode ser esquecido, tendo em vista o fato de nenhuma vacina ter completado sequer a terceira das quatro fases necessárias – a funcionários de empresas com 100 ou mais funcionários. “Essa não é uma questão de liberdade ou escolha pessoal. É questão de se proteger e proteger os que estão à sua volta – pessoas com quem você trabalha, pessoas com quem você se preocupa, pessoas que você ama... Concluindo: vamos proteger os trabalhadores vacinados de seus colegas não vacinados”.


Dirigindo-se aos cerca de 25% de cidadãos americanos relutantes em submeter-se ao gigantesco experimento médico em massa – nisso respaldados, sublinhe-se, por instrumentos legais e humanitários como o Código de Nuremberg, de 1947, e a Declaração de Helsinque, de 1964 –, Biden adotou um tom perturbadoramente ameaçador, até então encontrado apenas em discursos como, por exemplo, os de Hitler e Goebbels contra os judeus: “A minha mensagem aos não vacinados é essa: o que mais vocês estão esperando? O que mais vocês precisam ver? Tornamos a vacinação gratuita, segura e conveniente… Temos sido pacientes, mas a nossa paciência está se esgotando. E a sua recusa tem custado caro a todos nós. Então, por favor, façam a coisa certa”. Façam a coisa certa… ou o que? Qual será a solução de Biden para esses que ele trata abertamente como inimigos domésticos?


Numa retórica de incentivo à divisão e ao ódio recíproco entre cidadãos de primeira e de segunda classe, o mais antiamericano de todos os presidentes americanos, vitorioso na eleição menos legítima da história do país, dirigiu-se nesses termos à maioria de vacinados: “Compreendo a sua raiva contra os que não se vacinaram”. Depois disso, e de lhes prometer, inclusive para crianças e adolescentes, doses e mais doses de reforço – política já reprovada pela FDA, como mostrei no artigo da semana passada –, ainda teve o cinismo de encerrar com palavras de união. “Somos os Estados Unidos da América. Não há nada – absolutamente nada – que não possamos fazer se estivermos juntos. Portanto, permaneçamos juntos” – concluiu o covidocrata Joe Biden, após promover a estigmatização e o linchamento público de um quarto da população do país.


“Façam a coisa certa”… ou o que? Qual será a solução de Biden para esses que ele trata abertamente como inimigos domésticos?


O presidente americano comporta-se, pois, não apenas como um tirano ignóbil, mas como um lobista de vacina, a exemplo de tantos outros surfistas de pandemia no Brasil e no mundo. Como se sabe, um dos atores mais agressivos desse lobby – que transforma um problema sério de saúde global numa verdadeira orgia sanitária – tem sido a gigante farmacêutica Pfizer, de quem, aparentemente, muitos chefes de Estado, políticos e jornalistas ao redor do mundo têm agido como sócios, e para quem, considerando o lucro bilionário obtido, não seria de todo mal se a pandemia durasse para sempre.


Nessa semana, por exemplo, o CEO da Pfizer, Albert Bourla, foi perguntado pela ABC News sobre sua previsão para o fim da pandemia. “Dentro de um ano, creio que poderemos voltar à vida normal” – respondeu Bourla, deixando claro, todavia, que a previsão só se aplica aos que estiverem preparados para tomar doses regulares de reforço da vacina contra a Covid-19. “Não creio que isso signifique que não vão surgir novas variantes. E também não significa que poderemos retomar nossas vidas sem vacinação”. O cenário mais provável, na opinião de Bourla, é que tenhamos revacinações anuais devido às novas variantes. E a empresa já começou o seu lobby ostensivo pela aplicação (preferencialmente compulsória, é claro) da substância experimental, com a tecnologia nova de RNA mensageiro, em crianças de 5 a 12 anos.


Para não dizer que não falei de flores, as reações à covidocracia global também têm se espalhado mundo afora. Em várias cidades dos EUA e da Europa, vêm se intensificando os protestos contra o passaporte sanitário e todas as outras medidas autoritárias adotadas sob o pretexto de “salvar vidas”. Nesse contexto, muitos manifestantes chegaram a tomar para si, em referência à vacinação obrigatória, o conhecido bordão feminista pró-aborto: “Meu corpo, minhas regras”. De maneira ainda incipiente, o mesmo começa a ocorrer no Brasil, onde boa parte da sociedade já percebeu o ardiloso modus operandi dos covidocratas e seus agentes de propaganda, e o nonsense de se atrelar o gozo de direitos fundamentais à apresentação do comprovante de uma vacina que, já se sabe, não impede o contágio e a transmissão, funcionando apenas, se tanto, como medicamento profilático individual, atenuando a gravidade da doença no organismo de quem a contraia.



A ralé no poder: notas sobre uma CPI aviltante

Mas, nos últimos dias, uma das manifestações mais importantes contra os abusos de poder e as violações de direitos humanos cometidos em nome do combate à pandemia veio de um grupo internacional de médicos, que, reunidos durante três dias em Roma para uma conferência sobre a Covid, resolveram “confrontar os donos do poder com verdades sobre a pesquisa e o tratamento da doença”. O grupo emitiu uma “Declaração dos Médicos”, que hoje (29 de setembro), no momento em que finalizo esta coluna, já conta com mais de 7,2 mil assinaturas de alguns dos mais reconhecidos médicos e cientistas do mundo, incluindo Robert Malone, ninguém menos que o inventor da tecnologia de vacina com RNA mensageiro, escolhido para ler publicamente a declaração durante a conferência.


O documento inicia-se com as seguintes palavras: “Nós, médicos do mundo, unidos e leais ao Juramento de Hipócrates, e reconhecendo que a profissão da medicina tal como conhecemos se encontra numa encruzilhada, sentimo-nos na obrigação de declarar o seguinte”. E o que se segue são afirmações contundentes em defesa da autonomia médica e contra o direcionamento geral que as autoridades mundiais deram à política de combate à pandemia. “É nossa responsabilidade e dever resgatar e sustentar a dignidade, a integridade, a arte e a ciência da medicina”, dizem os signatários, vítimas de um “ataque sem precedentes à nossa capacidade de cuidar dos pacientes”.


Segundo o texto, “os responsáveis pelas políticas públicas decidiram forçar uma estratégia única e padronizada de tratamento, resultando em adoecimento e mortes desnecessárias”. E os médicos “têm sido reiteradamente desencorajados a se engajar num debate profissional franco e numa troca de ideias sobre doenças novas e emergentes, o que ameaça não apenas a essência da profissão médica, mas, de modo mais grave e trágico, as vidas dos nossos pacientes”. Mais ainda, esses médicos estariam sendo “impedidos de oferecer tratamento aos doentes, como resultado de barreiras erguidas pela indústria farmacêutica, por hospitais e agências de saúde pública... Agora, médicos têm recomendado que os pacientes vão para casa (permitindo que o vírus se replique), retornando apenas quando a doença se agravar, tendo como resultado centenas de milhares de pacientes mortos por falta de assistência devida. Isso não é medicina. Isso não é cuidado. Essas políticas podem, de fato, constituir um crime contra a humanidade”. E o leitor brasileiro, sem dúvida, irá se lembrar de personagens macabros que, por causa de uma guerra política insana e fratricida, propuseram e continuam propondo justamente esse tipo de política.


Em várias cidades dos EUA e da Europa, vêm se intensificando os protestos contra o passaporte sanitário e todas as outras medidas autoritárias adotadas sob o pretexto de “salvar vidas”


Por fim, dentre as resoluções da Declaração, os signatários convidam todos os médicos e cientistas do mundo a defender seu direito ao exercício da autonomia profissional, lutando contra as restrições impostas por interesses políticos ou pecuniários, no mais das vezes escusos. Convidam também os pacientes a exigir o acesso a uma medicina cientificamente embasada, livre das amarras impostas por forças exógenas à relação médico-paciente.


Temos aí um documento cujo significado histórico decerto ainda será reconhecido. Trata-se de um tiro de bazuca no coração da covidocracia, cujos artífices, como não poderia deixar de ser, se mostram tanto mais ruidosos e agressivos quanto mais a sua imoralidade é exposta ao mundo. Como se lê na frase atribuída a Abraham Lincoln, cujo retrato pintado, ironicamente, serviu de pano de fundo para o discurso fraudulento de Joe Biden: “Podeis enganar toda a gente durante um certo tempo; podeis mesmo enganar algumas pessoas todo o tempo; mas não vos será possível enganar sempre toda a gente”."

Gazeta do Povo














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Justiça: a obrigatoriedade é ilegal

 ANDRADE JUNIOR

Justiça: a obrigatoriedade é ilegal

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1000 dias de um governo sério

 Andrade Junior





"Luciano Hang deu um banho!”,

 afirma Luiz Carlos Nemetz

Num cenário onde muitos poderiam e deveriam agir da mesma forma, Luciano vai arrastando consigo milhões, com coragem cívica, usando somente a própria história e a verdade como armas.

Destemido, com seu terno verde amarelo, brilhou junto a vergonhosa CPI da COVID-19.

Como se diz aqui: deu um banho!

Todos que conhecem a sua trajetória sabem dos seus valores.

Como empresário empreendedor e trabalhador incansável é responsável por mais de 100 mil empregos diretos.

Detém a confiança e o respeito dos seus colaboradores, fornecedores e clientes.

Como cidadão tem dado lições de civismo que a cada dia se consolidam de forma a ganhar a confiança e a segurança da Nação, transformando-se em uma voz que brada onde tantos que deveriam e poderia falar se calam covardemente ou por conveniência ou preguiça.

E esse catarinense ilustre não está sozinho na sua luta para acabar com a aristocracia medieval que aparelhou o Estado brasileiro há décadas e que estão agarrados e lutando com as mais sujas das armas para não largar seus privilégios.

Outros catarinenses também vêm brilhando no cenário nacional.

Só para ilustrar, semana passada o Senador Jorginho Melo enfrentou o coronel alagoano em plena CPI da COVID, chamando Renan Calheiros de “ladrão e safado”.

Foi o porta voz de milhões de brasileiros de bem.

Esperidião Amim, outro Senador Barriga Verde, tem sido um paladino no combate ao vergonhoso Inquérito das Fake News, denunciando da tribuna do Senado esse que é o mais vergonhoso episódio da nossa história jurídica republicana levado a efeito por integrantes do Supremo Tribunal Federal com a quebra de todos os enunciados do devido processo legal e das prerrogativas do Direito Processual Penal pátrios.

Amim cumpre, quase solitário, o papel que deveria ser de várias entidades representativas da sociedade civil brasileira.

Dentre elas a Ordem dos Advogados do Brasil, que faz um silêncio escandaloso diante de tamanhas arbitrariedades.

Pouco a pouco, os muros vão caindo e ainda que de forma lenta, o Brasil avança para ir ao encontro da sua grandeza e do seu destino.

Nada adianta a resistência da grande mídia.

Ninguém mais acredita nesses veículos que estão putrefeitos e que mais dia menos dia, buscarão seu destino certo: o lixo da história.

Hoje o Brasil assistiu um empresário talentoso, pai de família exemplar, dar uma lição de como devem se comportar os cidadãos de bem.

Por mais que as trevas tentem, a luz sempre brilhará.

E a verdade é tão leve, que sempre vem à tona.

A CPI do COVID está desmoralizada, desacreditada e é a síntese da vergonha nacional.

Todos quantos estiverem vinculadas àquela farsa, mais dia, menos dia, pagarão o preço das suas maldades.

Salve Luciano Hang!

Salve a verdade!

Salve aos brasileiros de bem!

















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Quantas pessoas foram mortas pela ditadura cubana, da tomada de poder até hoje

 Patrícia Junqueira, Gazeta do Povo

Juan Owen Delgado, estudante cubano do ensino médio, tinha 15 anos quando sua família buscou asilo na embaixada do Equador em Havana em 14 de fevereiro de 1981. O grupo era formado por 14 pessoas, incluindo três mulheres e quatro menores de idade.


Eventualmente, a família foi presa e levada para a Sede da Segurança do Estado Villa Marista, conhecido centro de tortura de Cuba. Depois de ter sido espancado e perdido parte de uma orelha, Juan foi mandado para casa, onde sua condição de saúde piorou, o que o levou a entrar em coma e morrer.


O menino é uma das vítimas conhecidas e documentadas do governo vigente em Cuba desde 1959, quando o grupo revolucionário comandado por Fidel Castro tomou o poder após derrubar o ditador Fulgencio Batista.


No entanto, o número exato de pessoas mortas em consequência do regime instaurado por Castro é desconhecido. “Estimar o número real é praticamente impossível”, afirma Maria Werlau, co-fundadora e diretora executiva do projeto Cuba Archive, que busca documentar de forma objetiva o custo em vidas da revolução cubana.


“O regime não deseja divulgar a ‘contagem de corpos’ associada a sua repressão”, explica Joseph J. Gonzalez, professor de Estudos Globais na Appalachian State University nos EUA sobre a dificuldade em fazer esse cálculo.


Enquanto muitos autores usam modelos matemáticos com poucos fundamentos, a organização de Werlau, sediada nos EUA, é considerada a mais meticulosa nesse sentido, por trabalhar baseada em documentos e relatos de sobreviventes. “É um trabalho muito difícil”, diz Werlau. O balanço mais recente considera 9.222 mortes de 1º de janeiro de 1959 a 31 de dezembro de 2020, sendo 3.051 delas de execuções por fuzilamento.


“Atualmente, o número que mais me preocupa é o de pessoas que estão morrendo nas prisões. Sabemos que são muitas e que elas morrem porque não recebem atendimento médico, porque há muito suicídio e também que os guardas as matam”, diz Werlau.


Ela explica que o projeto busca divulgar as consequências do regime na segurança das pessoas, além de criar a consciência de que a violência não é o caminho para a solução de conflitos em uma sociedade. “Queremos disponibilizar informação verificável e confiável para que cada um tire suas próprias conclusões sobre Cuba”.


Gonzalez destaca que não existem critérios ou protocolos para definir quem pode ser considerado uma vítima da ditadura. Além das pessoas mortas em conflitos armados e aquelas executadas pelo governo, há inúmeros cubanos que morreram afogados tentando escapar da ilha. “Não é claro como ou quando você deve começar a contar os corpos. Não há critérios prontos”, diz o acadêmico.


Justiça revolucionária

Imediatamente após a fuga de Batista, integrantes do exército derrotado suspeitos de serem criminosos de guerra foram capturados, submetidos a julgamentos sumários e, caso condenados à morte, fuzilados. O jornalista Jon Lee Anderson descreve em Che Guevara: Uma Biografia um dos episódios mais notórios do período, quando Raúl Castro comandou a execução com rajadas de metralhadoras de mais de 70 soldados capturados.


A chamada justiça revolucionária era considerada por Che e Fidel como necessária para consolidar a revolução, um posicionamento muito diferente daquele defendido por Fidel em 1957, em uma famosa entrevista ao jornal norte-americano The New York Times. À época, ele afirmava que todos os prisioneiros eram soltos, não assassinados. “Castro teve todos os motivos para ser gentil com os soldados cubanos, os soldados rasos lutando por Batista porque queria que eles lutassem por ele e por sua revolução. Ele queria que os soldados cubanos soubessem que, caso se rendessem, seriam bem tratados e teriam a oportunidade de servir em seu exército. Depois da revolução, as coisas foram muito diferentes porque ele tinha motivos diferentes”, diz Gonzalez.


Conforme o regime se radicalizava, Castro foi perdendo aliados. E a resposta era violenta. A família do menino Juan é um exemplo. Rómulo, pai do adolescente, tinha participado do Movimento 26 de Julho contra Batista, mas ficou decepcionado com o regime implantado em Cuba e decidiu, junto com seu irmão, buscar asilo político quando passou a temer represálias por seu descontentamento.


Uma semana depois de chegarem à embaixada do Equador, em 21 de fevereiro de 1981, uma equipe das Forças Especiais de Cuba invadiu o local levando a família presa e separando os menores de seus pais. Após a morte de Juan como consequência da tortura, vários de seus familiares foram condenados, incluindo seu pai, sua mãe e seu tio.


“As discussões sobre a ditadura de Castro se politizaram muito rapidamente, com defensores e críticos fervorosos de ambos os lados”, explica Gonzalez. A perseguição a opositores que haviam sido aliados não era uma novidade no governo Castro. O primeiro presidente de Cuba após a revolução, Manuel Urrutia, renunciou em julho de 1959 por não concordar com a radicalização de Fidel e trocou a ilha pelos Estados Unidos, onde morreu em 1981.


Mortos no mar

Um dos maiores desafios é contabilizar as pessoas que morreram ao tentar fugir de Cuba em embarcações improvisadas rumo aos EUA. “Apenas neste ano a Guarda Costeira já teve alguns casos”, diz Werlau. A falta de informação sobre essas pessoas impossibilita sua identificação e contagem. “Às vezes não ficamos sabendo nem seus nomes”, explica, destacando que também não é possível chegar a esses dados por Cuba. “As pessoas que tentam fazer esse trabalho em Cuba acabam presas. E as famílias dos desaparecidos não querem colaborar porque têm medo do governo”.


O cientista político Rudolph Joseph Rummel (1932 - 2014), estudioso de genocídios e reconhecido por ter criado o termo ‘democídio’ para se referir a mortes em massa causadas pelo próprio governo de um povo, divulgou em 1987 estimativas do número de mortos pelo regime de Fidel variando de 35 mil a 141 mil naquela época. Mas são números baseados em modelos matemáticos.


“Nós temos o que podemos documentar”, diz Werlau sobre os números usados por sua organização. O trabalho começou há 20 anos com a análise de listas e livros, especialmente dos anos 1960. Alguns desses documentos continham problemas como duplicação de casos e o refinamento da lista só foi possível com o uso de ferramentas eletrônicas nos últimos anos. “Ao longo dos anos, limpamos nossos arquivos, buscamos fontes primárias e usamos ferramentas para encontrar e apagar os registros repetidos”, explica.


Um dos desafios de Werlau é investir na pesquisa sobre quantas pessoas morreram como consequência da intervenção de Cuba em outros países, como em guerras na África e em guerrilhas na América do Sul. “Provavelmente não seria possível fazer uma lista nominal, mas poderíamos estimar os números e seriam centenas de milhares de mortes”, diz. “O custo em vidas perdidas deste governo é muito alto”.


Patrícia Junqueira, Gazeta do Povo













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“A ECONOMIA A GENTE VÊ DEPOIS”

  Percival Puggina

Quando o presidente advertia para as consequências da paralisação da economia com os lockdowns, o “fecha tudo” e o “fique em casa”, a resposta que obtinha da oposição, das demais instituições de Estado e de entes da Federação (na voz de governadores e prefeitos), era a frase que dá título a este artigo: “A economia a gente vê depois”.

Duas perguntas, contudo, ficavam no ar. A gente, quem? Depois, quando? Tenho certeza de que todos os que repetiam essa bobagem, se tivessem botões dos antigos, bons de conversa, confessariam a eles que, no caso, “a gente” seria o Bolsonaro e “o quando” seria o mais tarde possível, para seu maior desgaste político.

O presidente teria que produzir a mágica de que àquilo não se seguisse um corolário de desemprego, queda da atividade econômica, escassez e alta de preços. O inesperado dessas estratégias típicas de nossa subpolítica é que o fim do mês chega, inexoravelmente, aos dois lados do tabuleiro. Chega para os prós e para os contras. E, com ele, o supermercado, o aluguel, a conta de luz. Aliás, quando me lembro de tudo que foi feito pela esquerda (partidos, ONGs, MP) para impedir o funcionamento na região amazônica de hidrelétricas capazes de atender durante décadas a elevação da demanda nacional, meu único consolo é saber que a conta de energia que escasseia e encarece chega para os autores e para as vítimas daquela imprudência (bilhões de reais foram mumificados lá).

Não existe vacina contra o analfabetismo econômico. Dele só vamos tomando consciência na CTI das crises.

Também o aumento dos preços chega para todos. Como lembrou com precisão o amigo Gilberto Simões Pires em recente artigo, essa é a conta do “fecha tudo e fica em casa”. As pessoas pararam de trabalhar, mas continuaram consumindo. As vendas pela internet dispararam até a escassez se instalar, pois quem podia e sabia produzir estava em casa. Os preços subiram por total desequilíbrio entre a oferta e a demanda. Fenômeno mundial que, agora, se transforma em arma política dos intelectualmente desonestos e tiro no pé dos que imaginavam possível decidir sobre questões nacionais desconhecendo rudimentos de Economia. São vítimas do mal que fizeram.

A alta de preços é, por tais motivos, um problema mundial. Nesse particular, nossa posição é até mesmo privilegiada, pois somos um país fornecedor de commodities, com destaque à produção de alimentos. Lá fora, o aumento de preços de gêneros alimentícios é muito superior ao que temos aqui.

Desde o começo da pandemia, a tônica dos raros bons conselheiros clamava contra o “faça-se de tudo para que as pessoas fiquem em casa” e invertia a perspectiva: “Faça-se de tudo para que as pessoas possam trabalhar com a máxima segurança possível”.

A linha de frente do retrocesso e do analfabetismo funcional, os agentes do desemprego, os promotores de falências, os cientistas de redação, os pensadores de fone de ouvido, os noviços no claustro das narrativas têm que cumprir sua desatinada missão. Agora, apresentam como obra alheia as consequências da miséria a que deram causa.
















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IGREJA E COMUNISMO: UM SÉCULO DE EMBATES

 Brian Kranick

A Igreja Católica nunca se deixou enganar pelas trapaças do socialismo e do comunismo. Encíclicas atrás de encíclicas denunciaram, desde o princípio, a falsa ideologia de Marx e Engels.

Os últimos cem anos, de 1917 a 2017, têm sido como uma recapitulação do protoevangelho, quando Deus disse à serpente: "Porei inimizade entre ti e a mulher" (Gn 3, 15). Trata-se de uma guerra secular que representa o período mais acentuado desta inimizade. Tudo começou em 1917, com as revelações de Nossa Senhora de Fátima, de um lado, e a Revolução Russa, que levou à implantação do comunismo ateu, de outro. Quais seriam as chances de tamanha coincidência?

Ao longo dos últimos cem anos, a forma mais grotesca que o "corpo místico" do Anticristo já adotou é, sem sombra de dúvida, o materialismo ateu, incorporado mundo afora por governos socialistas e comunistas. A serpente tornou-se Leviatã. Antes da Revolução de Outubro, Maria já advertira, em julho de 1917, que a Rússia espalharia "os seus erros pelo mundo, provocando guerras e perseguições contra a Igreja". O resto, como sabemos, é história.

Este centenário da Revolução de Outubro é uma grande oportunidade para trazer à memória o "horrendo flagelo" — como lhe chamou Pio XI (cf. Encíclica "Divini Redemptoris", de 19 mar. 1937, n. 7) — que vergastou o mundo através das perversas armadilhas do socialismo e do comunismo. Isto é particularmente importante na medida em que as elites culturais do Ocidente e seus simpatizantes vêm há tempos forcejando por minimizar os males do marxismo, como parece ser a intenção do jornal The New York Times, com sua "série de apaixonadas e saudosas recordações dos bons e velhos tempos do comunismo do século passado" [1].

Talvez seja mesmo chegada a hora de passar em revista esses tempos felizes do "século vermelho" com uma relaxante leitura de O Livro Negro do Comunismo ou O Arquipélago Gulag, de Solzhenitsyn. Mas, afinal, o que poderia ser mais enriquecedor do que dedicar um tempo a ler sobre o Grande Salto Adiante e a Revolução Cultural de Mao Tsé-Tung? Melhor ainda: que tal estourar um saco de pipocas e assistir a Os gritos do silêncio [2], um filme para divertir toda a família?

Alguns, porém, talvez se perguntem: "E quanto ao socialismo do século XXI?" Ora, basta dar uma rápida olhada nas notícias que chegam da Venezuela. Há não muito tempo, a Venezuela era uma país próspero, abundante em petróleo; numa palavra, um milagre socialista! Mas agora, após dezoito anos de marxismo, entre Chávez e Maduro, o país não passa de um inferno socialista. Muitos ali têm passado fome — uma especialidade comunista —, não lhes sobrando outra alternativa senão roubar ou comer animais de zoológico, prática na qual parecem ter especial predileção por carne de búfalo e porco-do-mato.

Isso, infelizmente, não é incomum às experiências socialistas; antes, pelo contrário, constitui a regra geral. A alimentação venezuelana, contudo, deve ainda assim ser mais agradável que a dieta à base de mato e casca imposta aos reclusos na prisão estatal da Coreia do Norte. Os fatos históricos revelam que os demagogos comunistas foram responsáveis pela morte de 140 milhões de pessoas [3], desde Lênin até Stalin, passando por Mao Tsé-Tung, Pol Pot, Kim Jong-un, Chávez, Che Guevara, Fidel Castro... e a lista poderia ir-se alongando. Lênin disse, no final das contas, que é preciso quebrar uns tantos ovos para fazer uma omelete: 140 milhões de ovos quebrados; eis aí uma omelete gigante!

A Igreja, por sua vez, nunca se deixou enganar pelas trapaças do socialismo e do comunismo. Encíclicas atrás de encíclicas denunciaram, desde o princípio, a falsa ideologia de Marx e Engels. De fato, o Catecismo o afirma claramente: "A Igreja rejeitou as ideologias totalitárias e atéias, associadas, nos tempos modernos, ao 'comunismo' ou ao 'socialismo'" (n. 2425). O Catecismo, porém, é curto e sucinto, ao passo que as encíclicas papais são ricas em detalhes e categóricas em suas condenações.

Em 1846, o Papa Pio IX promulgou a encíclica "Qui Pluribus", sobre fé e religião, na qual já combatia vigorosamente as ideias de Marx, que em 1848 publicaria O Manifesto Comunista. Pio IX ali se referia à "nefanda doutrina do comunismo, contrária ao direito natural, que, uma vez admitida, lança por terra os direitos de todos, a propriedade e até mesmo a sociedade humana". Ele advertia contra "as mais perversas criações de homens que, trajados por fora com peles de ovelha, por dentro não passam de lobos rapaces".

Em 1878, o Papa Leão XIII escrevia sobre os males do socialismo na encíclica "Quod Apostolici Muneris". O Pontífice começa a carta referindo-se à "praga mortífera que se tem difundido no seio mesmo da sociedade humana, conduzindo-a ao abismo da destruição". Leão XIII aponta em seguida que "as facções dos que, sob diversas e quase bárbaras designações, chamam-se socialistas, comunistas ou niilistas, espalhados ao redor do mundo e unidos pelos laços estreitíssimos de uma perversa confederação, já não se põem ao abrigo da sombra de reuniões secretas, senão que, marchando aberta e confiadamente à luz do dia, ousam levar a cabo o que há muito tempo vêm maquinando: a derrocada de toda a sociedade civil".

A encíclica também chamava a atenção para o projeto socialista de destruição do matrimônio e da família. Para os socialistas, com efeito, não pode haver maior fidelidade, nem mesmo a Deus e à família, do que a obediência ao Estado todo-poderoso. Leão XIII afirmava ainda que "os fundamentos da sociedade repousam, antes de tudo, sobre a união indissolúvel entre os esposos, conforme as exigências da lei natural". E no entanto "as doutrinas socialistas aspiram por dissolver quase por completo os elos desta união".

Treze anos depois, em 1891, Leão XIII voltou a escrever outra encíclica, "Rerum Novarum", a respeito do trabalho, do capital e da classe operária. Trata-se do texto fundacional da doutrina social católica nos tempos modernos. Dizia o Pontífice: "Os socialistas, para curar este mal, instigam nos pobres o ódio invejoso contra os que possuem e pretendem que toda a propriedade de bens particulares deve ser suprimida". Isto, declarou a Igreja, "é sumamente injusto" e "o remédio proposto está em oposição flagrante com a justiça, porque a propriedade particular e pessoal é, para o homem, de direito natural".

O socialismo ergue-se sobre as bases da cobiça, ou seja, uma transgressão do nono e décimo Mandamentos. Eis o que diz a "Rerum Novarum": "A autoridade das leis divinas vem pôr [...] o seu selo, proibindo, sob pena gravíssima, até mesmo o desejo do que pertence aos outros". O socialismo se baseia, além disso, na falsa ideia da luta de classes. Também para dissipar este erro Leão XIII levantou a voz: "O erro capital na questão presente é crer que as duas classes são inimigas natas uma da outra, como se a natureza tivesse armado os ricos e os pobres para se combaterem mutuamente num duelo obstinado. Isto é uma aberração tal que é necessário colocar a verdade numa doutrina contrariamente oposta".

Como já o fizera em encíclicas anteriores, Leão XIII insiste em defender contra as investidas socialistas as instituições familiar e matrimonial: "À família [...] será forçosamente necessário atribuir certos direitos e certos deveres absolutamente independentes do Estado". "Querer, pois, que o poder civil invada arbitrariamente o santuário da família é um erro grave e funesto."

Em 1931, o Papa Pio XI divulgou a carta "Quadragesimo Anno", por ocasião do 40.ª aniversário da encíclica "Rerum Novarum", à qual chamou a "Carta Magna" da doutrina social católica. Pio XI afirma sem rodeios: "Declaramos: o socialismo quer se considere como doutrina, quer como fato histórico, ou como 'ação' [...] não pode conciliar-se com a doutrina católica". O Pontífice foi ainda mais longe, ao dizer: "Se este erro, como todos os mais, encerra algo de verdade [...], funda-se contudo numa concepção própria da sociedade humana diametralmente oposta à verdadeira doutrina católica. 'Socialismo religioso' e 'socialismo católico' são termos contraditórios: ninguém pode ser ao mesmo tempo bom católico e verdadeiro socialista".

Mas o que pensar do socialismo mitigado? Também este fustigou-o o Papa de forma bastante sucinta: "Citamos novamente a juízo o comunismo e o socialismo, e vimos o quanto as suas formas, ainda as mais mitigadas, se desviam dos ditames do Evangelho". Reiterá-lo-ia anos depois o Papa João XXIII, em sua encíclica "Mater et Magistra", de 1961: "Entre comunismo e cristianismo, o Pontífice [Pio XI] declara novamente que a oposição é radical, e acrescenta que não se pode admitir de maneira alguma que os católicos adiram ao socialismo moderado".

E, para ser justo, Pio XI repreendeu também o "individualismo" e o capitalismo extremos por não respeitarem a dignidade humana do trabalhador, cuja atividade não pode ser vendida como um "um simples gênero comercial". O Pontífice apontava ainda que o remédio mais necessário consiste, não na reação violenta dos socialistas em ordem ao desmantelamento do livre mercado, mas, antes de tudo, na "reforma dos costumes". De fato, a postura da Igreja frente a esses problemas sempre foi ponderada, resguardando os direitos tanto do empregado quanto do empregador, mediante uma volta à caridade cristã e ao zelo pelo bem do próximo.

Sua crítica mais dura, no entanto, reservou-a Pio XI à "peste comunista", cujas ações e intenções são desmascaradas nos seguintes termos: "guerra de classes sem tréguas nem quartel e completa destruição da propriedade particular"; "a tudo se atreve, nada respeita; uma vez no poder, é incrível e espantoso quão bárbaro e desumano se mostra"; "aí estão a atestá-lo as mortandades e ruínas"; "ódio declarado contra a Santa Igreja e contra o mesmo Deus"; "a impiedade e iniquidade do comunismo"; "doutrinas que porão a sociedade a ferro e fogo"; "abre caminho à subversão e ruína completa da sociedade."

Mas o Papa não parou por aí. Em 1937, veio a lume outra de suas encíclicas, a "Divini Redemptoris", a respeito do comunismo ateu. O Pontífice não poupou palavras. Exortou a que "os fiéis não se deixem enganar! O comunismo é intrinsecamente perverso e não se pode admitir em campo nenhum a colaboração com ele, da parte de quem quer que deseje salvar a civilização cristã". É um "sistema cheio de erros e sofismas". A encíclica tinha em mente o "perigo ameaçador" do "comunismo, denominado bolchevista e ateu, que se propõe como fim peculiar revolucionar radicalmente a ordem social e subverter os próprios fundamentos da civilização cristã."

O comunismo é particularmente nocivo, já que "priva a pessoa humana da sua dignidade". "Os direitos naturais [...] são negados ao [...] indivíduo para serem atribuídos à coletividade". E é precisamente por isso que "qualquer direito de propriedade privada [...] tem de ser radicalmente destruído". É a coletividade que legisla em matérias de matrimônio e família. "O matrimônio e a família são apenas uma instituição civil e artificial", dependente "da vontade dos indivíduos ou da coletividade". É o ressurgimento das "cartas de divórcio". A difusão do comunismo foi possível graças à propaganda diabólica dos "filhos das trevas" e à "conspiração do silêncio" orquestrada pela imprensa não-católica, silêncio devido em parte às "diversas forças ocultas que já há muito porfiam por destruir a ordem social cristã". Isso soa familiar.

Em 1991, o Papa João Paulo II publicou a "Centesimus Annus", em comemoração ao centenário da "Rerum Novarum". Esta nova encíclica reafirmava o ensinamento segundo o qual a raiz do totalitarismo moderno encontra-se na negação da dignidade transcendental da pessoa humana. O socialismo "considera cada homem simplesmente como um elemento e uma molécula do organismo social, de tal modo que o bem do indivíduo aparece totalmente subordinado ao funcionamento do mecanismo econômico-social". "Luta de classes em sentido marxista e militarismo têm, portanto, a mesma raiz: o ateísmo e o desprezo da pessoa humana, que fazem prevalecer o princípio da força sobre o da razão e do direito". Como sabiamente notou Fulton Sheen, "o comunismo pretende estabelecer o impossível: uma irmandade entre os homens prescindindo da paternidade divina".

George Orwell conhecia bem o engodo socialista, adaptando-lhe o mantra em sua obra A Revolução dos Bichos: "Todos os animais são iguais", e no entanto, como dirá o porco a certa altura da história, "alguns animais são mais iguais do que outros". A sua verdadeira face, uma hora ou outra, acaba sendo descoberta. É o "duplipensar" do Partido. E como são estranhamente atuais o "pensar criminoso" e a "patrulha ideológica" de 1984 no ambiente politicamente correto que se respira nas universidades norte-americanas e em tantos governos europeus! O Muro de Berlim veio abaixo e a União Soviética dissolveu-se, mas o marxismo cultural está forte como nunca.

As vanguardas progressistas da esquerda são os herdeiros ideológicos do socialismo e do comunismo do século XX. Eles fazem avançar a revolução ao adotarem os "erros da Rússia" e atacarem a propriedade privada, o livre mercado, a liberdade individual e a livre expressão, o casamento e a família tradicionais, a liberdade de consciência e a liberdade de culto. Talvez não haja agora mesmo um "império do mal", um único Estado totalitário; o que há, isso sim, é um totalitarismo das inteligências, a pressão imperiosa exercida pelos media, pela educação, pelos governos e sistemas judiciais. O Big Brother continua à espreita.

 Mas ainda há esperança. A Igreja triunfou, sim, do comunismo ateu, e Cristo garantiu-nos que as portas do inferno não hão de prevalecer contra ela. Nos sombrios idos de 1917, em meio à Primeira Guerra Mundial e à difusão dos males do comunismo ateu, a Virgem Maria prometeu: "No fim, o meu Imaculado Coração triunfará". Sim, o Leviatã continua furioso e com o chicote em mãos; sua cabeça, porém, já foi esmagada.

Referências

1.       Robert Tracinski, "Why Is The New York Times Trying To Rehabilitate Communism?", em: The Federalist, 3 ago. 2017.

2.       Em inglês, The Killing Fields, filme de 1984 sobre a ditadura comunista de Pol Pot no Camboja.

3.       Cf. os dados levantados por Paul Kengor em The Politically Incorrect Guide to Communism.

*Reproduzido de www.padrepauloricardo.org













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