Roberto Rachewsky
Discute-se tudo. Como o governo deve gerir a economia, o comércio internacional, o fluxo de capitais, bens e pessoas, a educação, a saúde, a previdência, a cultura, as estradas, o espaço aéreo, os esgotos, o espectro magnético, os rios, os lagos, a costa, a justiça, a polícia, as drogas, as armas, o aborto, a herança, o matrimônio, as separações. Enfim, a vida.
O que ninguém discute é: a vida é minha, eu não me meto na vida de ninguém, por que o governo e os que orbitam em torno dele têm que se meter na minha?
Cadê a privacidade? O governo deve ser aquele ser inerte, até que seja acionado para proteger a minha vida, a minha liberdade e a minha propriedade contra aqueles que usam de violência.
Governo que quer prover tudo, acabará ele mesmo se tornando violento e quando isso acontecer, ele vai achar que agir como os bandidos que ele deveria combater é uma prerrogativa dele só porque ele monopoliza a coerção.
A coerção do governo deve ser retaliatória, não resultado de sua iniciação.
Quando isso acontecer, o governo se tornará uma máfia. No Brasil, isso já aconteceu.
Nas eleições, elegemos o Poderoso Chefão. Nosso voto é a maneira que o sistema estabeleceu para as vítimas sancionarem seus algozes.
É o beija-mão dos que querem mostrar ao capo que tem a sua benção na expectativa de ficarem para trás na fila dos devorados, e ainda se servirem da carne dos que estão na sua frente.
Mas agora vai mudar o ano. Estamos em 2025 depois de Cristo. Neste ano novo, vai continuar tudo igual. Agradeçam a Deus se não piorar. Agradeçam a Deus se ficar pior. Agradeçam a Deus por qualquer coisa. Que diferença isso faz? Neste novo ano continuaremos sendo roubados para sustentarmos bandidos e outros parasitas.
Publicadaemhttps://www.institutoliberal.org.br/blog/politica/por-que-o-governo-precisa-se-meter-na-minha/
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