Alex Pipkin
Donald Trump venceu as eleições norte-americanas de forma categórica. Inquestionável. Muitos fora dos Estados Unidos se perguntam como pode um sujeito dotado de um ego gigantesco, e fora do mainstream político, ter realizado o feito de ser reeleito para a cadeira de presidente americano.
Alguns dos motivos de tal feito me parecem ser claros. Primeiro, há um esgotamento do tal sistema “democrático” que, verdadeiramente, tem se traduzido em uma espécie de cleptocracia, que beneficia uma “deselite” política e suas tribos do compadrio, roubando as oportunidades de crescimento e desenvolvimento individual daqueles que, de fato, empreendem e criam riqueza.
Não resta a menor dúvida de que os cidadãos americanos cansaram de “politiqueiros carreiristas”, que verbalizam a tábua da salvação, mas que factualmente pouco ou nada entregam de aumento das oportunidades e da qualidade de vida para os americanos “comuns”. Notadamente, “progressistas” focam em políticas identitárias que vão na contramão das prioridades de melhoria de vida nas cidades e nos estados. Realmente, são políticas que, além de serem contraproducentes, são geradores de gritante divisionismo social. Esses políticos têm deixado como legado altos níveis de inflação, endividamento e, pela retórica bom-mocista sinalizadora de virtudes, uma imigração ilegal descontrolada e anti-assimilação.
Como liberal, não sou adepto de muitas das políticas basilares de Trump. Em especial, a sua populista e equivocada ânsia protecionista, prejudicial aos interesses dos americanos em relação a geração de empregos, renda e riqueza. É necessário destacar que tal retórica cai como uma luva no imaginário do cidadão americano dotado de “senso comum”, daquilo que aparenta ser, ao invés do genuíno conhecimento econômico.
Evidente que a “argumentação” se refere a tentativa de barrar o avanço do poder chinês. Em seu primeiro mandato, Trump deixou a América numa condição econômica muito mais satisfatória do que os benevolentes políticos “progressistas”. A economia pesou, e os americanos votaram, pragmaticamente, pensando nos seus bolsos e em suas barrigas.
Embora o globo seja impactado pela mídia “progressista”, um aspecto penso ter contribuído para sua reeleição, apesar de ser menos transparente. Trump demonstra uma invejável capacidade estratégica, digna dos mais habilidosos empresários. Ele demonstra um conjunto de habilidades de pensamento e ação estratégicos, capaz de tomar decisões que posicionem os Estados Unidos como a nação líder global, com enorme poder de influência mundial. Trump combina sua capacidade de desafiar o mainstream e de tomar decisões estratégicas que beneficiam não só o ambiente interno americano, como também moldam o mundo aos interesses geopolíticos americanos. Vide seu relacionamento próximo com Israel.
Ele exerce com exímio a arte do pensamento estratégico, que o faz identificar tendências e aplicar o seu conhecimento e sua prática empresarial. Independentemente do conteúdo, Trump dispõe de uma acurada visão estratégica – a forma -, sabendo se valer dos movimentos e da dinâmica global a fim de encaixá-los em sua intenção de posicionar o Estados Unidos como a maior nação mundial.
Trump dispõe de uma visão clara, deixando transparente seu pensamento estratégico sobre as suas iniciativas, ou seja, em relação ao que deve ser feito – as etapas a serem seguidas – e, mais importante, “o como fazer”, a fim de enquadrar os Estados Unidos na posição estratégica desejada. Ele sabe ser assertivo, confiante, corajoso e motivador, tomando decisão por decisão, essas conectadas e controladas para o atingimento do fim planejado e almejado. À diferença de politiqueiros tradicionais, ele executa à risca o receituário estratégico: pensa, planeja e executa políticas claras e coerentes com aquilo que ele julga ser o fundamental para que a América volte a crescer economicamente. Mais do que isso, para que o país possa criar valor, de verdade, para os cidadãos americanos.
Quanto mais exercita e põe em prática seu pensamento estratégico, mais é taxado e criticado pela mídia e pelos “modernos setores “progressistas”” do mundo inteiro.
A meu juízo, Trump venceu também por sua capacidade de pensar estrategicamente. Não só a de pensar, mas factualmente a de demonstrar, transparentemente, por suas decisões corajosas, a sua intenção estratégica quanto aos Estados Unidos. O que diferencia Trump dos demais politiqueiros, que aparentam ser populistas ao extremo e, principalmente, irmãos gêmeos, é, sem dúvidas, a sua visão e capacidade de tomar decisões estratégicas, conectadas e direcionadas para o seu objetivo desejado. Simples assim.
publicadaemhttps://www.institutoliberal.org.br/blog/politica/eleicoes-americanas-o-pensamento-estrategico-foi-imperioso/
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