Jornalista Andrade Junior

FLOR “A MAIS BONITA”

NOS JARDINS DA CIDADE.

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CATEDRAL METROPOLITANA DE BRASILIA

CATEDRAL METROPOLITANA NAS CORES VERDE E AMARELO.

NA HORA DO ALMOÇO VALE TUDO

FOTO QUE CAPTUREI DO SABIÁ QUASE PEGANDO UMA ABELHA.

PALÁCIO DO ITAMARATY

FOTO NOTURNA FEITA COM AUXILIO DE UM FILTRO ESTRELA PARA O EFEITO.

POR DO SOL JUNTO AO LAGO SUL

É SEMPRE UM SHOW O POR DO SOL ÀS MARGENS DO LAGO SUL EM BRASÍLIA.

quinta-feira, 31 de julho de 2025

George Lucas “zoado” o tempo todo em Star Wars: por um BRASILEIRO!!!

    Rubem Sabino Machado


 Se você curte Star Wars, já deve ter notado: há vários nomes que tiveram que ser mudados para passar no Brasil— ou você nota que a legenda não bate com fala dos personagens ou, nos dublados, isso já fica resolvido sem você notar: mas, com certeza, tem que ter um brasileiro sacana por trás disso, porque são vários casos e é coincidência demais, falta de noção demais...

Quando você foi ao cinema assistir ao Ataque dos Clones, filme 2, que na verdade é o 5 – numa numeração que deve ter sido feita por Mestre Yoda, como dizem os memes nas redes (enquanto ainda permitem memes)  – você quase se f..., digo, quase se lascou de tanto imaginar de onde teriam surgido tantos clones como apareciam nos trailers e sugeria o nome do episódio.  Bem, se você foi ao legendado e prestou atenção à fala dos personagens, deve ter sofrido  o impacto da primeira estranheza.  A fala da clonadora Kaminoana e de Obi Wan Kenobi expressavam um nome cuja grafia, de acordo com a pronúncia em inglês seria  Mestre Sifo Dias.   Mas a legenda falava em Zaifo Vias.  E o tal mestre havia se f..., digo, havia morrido havia muitos anos...  Não sei se o tal brasileiro queria que o nome já sugerisse o destino em português, mas parece que os tradutores não gostaram de um nome tão... profético e preferiram  trocar por um nome que não iria gerar polêmica desnecessária nem colocar o... filme na reta...

Falando em colocar na reta, outra marotagem evidente do compatriota sacana foi com o nobre e ex-Jedi, que se descobriu ser um Sith: o Conde Doku...  Era evidente que os momentos dramáticos do filme seriam recebidos como comédia a cada aparição do poderoso e grande esgrimista.  Optaram, devo dizer que sabiamente, por falar em Conde Dookan na legenda e na dublagem, ou teriam destruído a participação um grande ator em uma grande atuação...

Nos filmes ela não aparece, mas, nos desenhos animados de Guerra dos Clones e Rebels, destacou-se um personagem, aprendiz de Anakin, com uma coragem e iniciativa no estilo do seu mestre, hiperativa como uma interjeição de atividade intensa e que, por isso deve ter recebido a interjeição no próprio nome, seguindo sugestão de nosso sacaníssimo assessor Tupiniquim: Ahsoka!  Só ouvi isso antes em filmes que não poderiam ser exibidos para menores de 18 anos, mas que, diante dos nomes do Mestre Jedi falecido e do Conde, nem chega mais a fazer corar...

A animação também revela que ela foi descoberta por um mestre muito sábio e estrategista que fazia muito bem o jogo da guerra.  Assim, jogou Plo-Koon e descobriu a poderosa aprendiz de Jedi.  Ahsoka! E Plo-Koon!

E não podemos esquecer que Anakin só foi pro lado negro da Força e se tornou Darth Vader por causa de Padmé Amidála.  Ao menos o inconveniente conterrâneo teve o bom senso de não ousar usar um hífen, mas nunca foi esclarecido se essa piadinha ele fez por causa da gravidez da senadora de Naboo.  E ela sempre correu muitos riscos e sofreu atentados da segurança chefiada pelo Capitão Quarsh Panaka.  O chefe da segurança de um importante planeta é um Panaka, quero dizer, da família Panaka.  Acho que o canarinho sacana queria insinuar alguma falha na segurança e o fez com tão expressivo sobrenome.

Isso sem falar em alguns  personagens menores.  Temos o mercenário Ponda Baba, onde quer que ele a pusesse,  que tem rápida porém marcante aparição com seu braço cortado por Obi wan.  Ou Val Beckett que, falado rápido, mudaria a classificação etária do filme, o que seria mais provável ainda pelo reforço de Bo-Katan Kryze. 

Coroando os que lembro, também havia um risco – calculado – ao se falar de  Enfys Naquele, digo, Nest. Já Jocasta Nu, eu não acredito que teria sido sacanagem do brazuca, mas mero erro de concordância nominal.  Em todo caso,  ela não poderia aparecer assim nos filmes...

Eu diria que, na dúvida se o personagem iria ter relevância ou não, nosso brasileiro ia plantando memes prontos e cacófatos de fazer o arrepiar o Leone, lembra dele, o artista chato mas com músicas boas apesar do “quando ela tá no sofá, so far Away” e “sopra o meu prazer”, digo, “só pro meu prazer”...

Mas isso não é importante.  Importante é a qualidade da saga.  Faz uma versão magistral do  herói das mil faces estudado por Joseph Campbell (o arquétipo do Rei Arthur, Harry Potter e outros) e  fabulosa referência aos Cavaleiros Templários em que Felipe o Belo, um rei asqueroso armou toda uma narrativa para preparar o terreno para destruir Jacques de Molay, Grão-Mestre e a própria Ordem do Templo, por ter sido contrariado e porque queria roubar o tesouro da Ordem.

Teria liberado da prisão e subornado o renegado templário Esquin de Floyrac que espalhou mentiras, narrativas falsas de heresias e falsos testemunhos contra os Cavaleiros de Cristo.  Organizaria com seu homem de confiança, escolhido a dedo, Guillaume de Nogaret um plano para prender os Templários em toda a França por meio de cartas que deveriam ser abertas todas na mesma data com ordens de prisão em uma sexta: 13 de outubro de 1307, o que deu origem à superstição da sexta-feira 13.

Sob tortura, confessaram várias mentiras sobre heresia na presença das autoridades do rei, mas se retratavam  diante da Santa Inquisição por saberem que, como ordem eclesiástica somente o Papa teria autoridade para puni-los.

Muita coisa poderia ser dita, mas o mais importante é que, especialmente em relação ao Grão Mestre e ao preceptor da Normandia Geoffroi de Charney, o Rei Felipe passou por cima de todo o processo legal previsto na época, não observou nada, atropelou os juízes naturais da Inquisição e, tomando para si competência que jamais possuiu, mandou executar de imediato os dois cavaleiros, na fogueira, em uma ilha do Rio Sena.  Antes da execução,  De Molay fez uma exortação deixando clara a vergonha de estarem queimando inocentes e a invocação da famosa maldição:  que se cumpriu...

Assiste ao Episódio 3, a Vingança dos Sith, e analisa os fatos, a ordem 66 que emula as cartas lacradas de Felipe e até as vestimentas dos Jedi, para notar a óbvia ligação com os templários, diferindo apenas porque os Jedis estavam sendo acusados falsamente de conspirar contra a República e contra o Grande Chanceler quando, na verdade, este é que vinha dando progressivamente um golpe que se consumou, transformando a república em Império absolutista e com perseguição total a qualquer oposição.  Assiste pra ver ou, se já viu, assiste novamente.

Quase acreditei na sua promessa/ E o que vejo é fome e destruição

Perdi a minha sela e a minha espada/ Perdi o meu castelo e minha princesa

Quase acreditei, quase acreditei

E, por honra, se existir verdade/ Existem os tolos e existe o ladrão

E há quem se alimente do que é roubo/Mas vou guardar o meu tesouro

Caso você esteja mentindo/ olha o sopro do Dragão

Metal contra as nuvens. Legião Urbana

 

 

*          O autor adoraria criar uma nova saga, mas nem crônica escreve direito...

**           In God we trust!









publicadaemhttps://puggina.org/outros-autores-artigo/george-lucas-%E2%80%9Czoado%E2%80%9D-o-tempo-todo-em-star-wars:-por-um-brasileiro!!!__18504

 

'A inveja como arma política',

 por Ubiratan Jorge Iorio  É mais fácil ganhar votos estimulando vícios do que incentivando virtudes. O combate a essa tendência exige coragem moral e clareza intelectual


“A inveja é o único pecado capital que não dá prazer algum, apenas ódio — e, ainda assim, se tornou motor de políticas públicas.” (Roger Scruton) 


D epois de ser derrotado fragorosamente no Parlamento em sua tentativa de ampliar o IOF, o governo socialista do Brasil voltou a requentar o discurso da taxação dos “super-ricos”. Estamos assistindo, nas últimas semanas, a uma campanha insistente — que já inclui até invasões a propriedades privadas —, em que políticos rupestres da base governamental, jornalistas que mais parecem cãezinhos amestrados do Planalto, internautas sem qualquer capacidade de pensar por conta própria e intelectuais com sérias deficiências neuronais (ou de caráter) insistem na tese de que é preciso taxar mais o “andar de cima”.

Ora, em pleno século 21, deveria ser motivo de espanto essa lengalenga ainda soar como se fosse uma grande novidade, quando todo mundo sabe que é antiquíssima. O livro de Gênesis (em 4:8-13) relata que Caim, tomado por uma ira descontrolada provocada pela inveja que o apossou ao ver que Deus aceitara a oferta de seu irmão Abel, mas recusara a sua, assassinou-o. Mas, incrivelmente, a cantilena da taxação dos “ricos” ainda é capaz de reunir meia dúzia de gatos pingados, devidamente instruídos pela “pedagogia do oprimido” de Paulo Freire, em inacreditáveis manifestações pedindo “mais impostos para os ricos”, assemelhando-se a galinhas reclamando que existem poucas raposas para invadir o galinheiro. 

A inveja é um sentimento de indignação com outra pessoa que desfruta de alguma coisa que se deseja, algumas vezes acompanhado por um impulso de tomá-la à força. Esse algo mais que outros possuem e que é objeto do invejoso pode ser inteligência, habilidade, talento, dinheiro, poder, beleza, fama, sucesso, sorte ou bens. O sentimento de que, aparentemente, não pode ter esses atributos leva muita gente a experimentar alterações de humor, como tristeza, frustração, indignação ou ira e cria na pessoa a expectativa de que está sendo vítima de uma enorme injustiça, já que, em sua avaliação, deveria também possuí-los. 

O invejoso também costumeiramente sente prazer quando aquele a quem inveja passa por situações difíceis, ou seja, à frustração e à tristeza por não possuir o que o outro tem soma-se a alegria de constatar que o outro perdeu alguma coisa. Essa ofensiva do governo bradando pela taxação dos “super-ricos”, nitidamente, é uma tentativa de atiçar a inveja para explorá-la como instrumento político. Nas democracias, o voto é a expressão da vontade popular, mas essa vontade pode ser manipulada pela exploração de vícios humanos, entre os quais a inveja, que se destaca como ferramenta silenciosa, porém bastante poderosa, para sequestrar corações e mentes e, principalmente, arrebatar votos. 

O fomento oculto da inveja sempre foi uma das ferramentas preferidas dos que fazem da política um instrumento de divisão, ressentimento e controle, como os socialistas, comunistas e progressistas em geral, que historicamente são os campeões do “discurso de ódio”. 

A história da política está repleta de exemplos em que a inveja foi maquiada como clamor por justiça e institucionalizada como se fosse virtude. A expressão “justiça social”, usada exaustivamente, é um exemplo característico dessa manipulação perversa. A velha luta de classes do marxismo, ao dividir a sociedade entre exploradores e explorados, admite como única hipótese que o sucesso do rico, por definição, causa o insucesso do pobre, uma narrativa simplista, rudimentar, mas eficaz quando instilada em alguém desprovido de princípios morais sólidos e que, além disso, acorda às 4 horas da madrugada para ir trabalhar, só volta para casa às 11 da noite e ganha um salário mínimo: se outras pessoas têm muito mais do que você, só pode ser porque tiraram e continuam tirando de você. É difícil explicar para essa pessoa que a economia não é um jogo de soma zero, que a vitória de uns não exige a derrota de outros, e que todos podem estar melhorando (ou piorando) de vida ao mesmo tempo. 

A retórica é conhecida. Os ricos devem pagar mais simplesmente porque “têm demais”. O mérito é malvisto e rebaixado à categoria odiosa de “privilégio”. Quem prospera — e garante-se isso como se fosse um truísmo — só o conseguiu porque explorou alguém. Nesse discurso, o sucesso não é inspiração, mas uma ofensa cabeluda. As aspirações legítimas são descaracterizadas e apresentadas como ganância; e os frutos do trabalho duro, na melhor hipótese, como sorte injusta. 

Uma das maiores causas do atraso de muitos países é exatamente essa mentalidade, que pode ser condensada no que chamo de teorema fundamental da pobreza, a crença quase infantil de que, se A é pobre, é porque B é rico (ou, se B é rico, é porque A é pobre), um falso teorema que gera o corolário de que, para fazer “justiça social”, o governo precisa tirar de B para dar a A. E isso inevitavelmente vem acompanhado de todo aquele papo-furado de “concentração”, “desigualdade”, “exclusão”, “opressão”, “exploração” e outros cavalos de batalha tão ao gosto de socialistas e demagogos de todas as cores.

Muitos dos políticos e intelectuais que fomentam a inveja nos mais pobres para arrecadar votos sabem muito bem que esse teorema é falso, mas dão de ombros e fingem não saber que podem existir diversas causas explicando por que A é pobre e B é rico, como, por exemplo, a preguiça de um e a operosidade do outro, a ignorância e o estudo, o azar e a sorte, a acomodação e o espírito empreendedor, o background familiar de cada um, a ingenuidade e a esperteza, a estultice e a inteligência etc. A exploração de A por B é apenas uma dessas possibilidades, mas para os socialistas — até por uma questão da sua própria sobrevivência — ela é a única, porque é a brecha por onde podem penetrar para chegar ao poder. 

A partir dessa lógica patológica, tributar os “super-ricos” deixa de ser apenas uma política fiscal para transformar-se em um verdadeiro ato moral de pernas para o ar, um acerto de contas com a “injustiça”, nada importando se é uma doença que destrói investimentos, reduz empregos, afugenta capital e aumenta e generaliza a pobreza: a política do ressentimento se contenta com o dano aos bem-sucedidos, mesmo que não traga benefícios reais a ninguém, exceto aos seus formuladores. 

Essas distorções com o intuito de explorar politicamente a inveja são antigas, mas nos dias de hoje se manifestam em discursos de indignação simulada contra o “andar de cima” e o “1%”, em campanhas contra heranças e tentativas de taxá-las cada vez mais, em ataques ao agronegócio, ao empreendedorismo e ao mérito. Este, como mencionado anteriormente, transformou-se quase que em um crime hediondo: quem sobe na vida por esforço próprio é visto com desconfiança e tratado como suspeito de ter sido beneficiado por “privilégios” ou, simplesmente, porque é um corrupto por definição. 

É evidente que os políticos populistas, sabedores de tudo isso, em vez de direcionarem a educação para a responsabilidade e o mérito, preferem alimentar o rancor. É mais fácil e rende votos no curto prazo. 

Quando governos progressistas elevam impostos para “punir os ricos” ou concedem bolsas sociais a torto e a direito, sem prazo de saída, para fazer “justiça social”, estão apenas alimentando a dependência e desestimulando o trabalho e a produção. A inveja, portanto, serve como justificação emocional para políticas destrutivas e como alimento para uma moralidade invertida: o que o processo civilizatório milenar mostrou que era virtude — poupar, trabalhar, investir, respeitar a propriedade — passa a ser relativizado e tratado com suspeita. E o que sempre foi vício — depender, reclamar, ressentir-se, apossar-se — passa a ser festejado como “consciência social”.

O sistema cultural de massa também cumpre papel central nesse processo: filmes, peças, novelas, debates e manchetes reforçam a caricatura do empresário ganancioso, do patrão explorador, do banqueiro corrupto, do fazendeiro destruidor e pouco ou quase nada falam dos que empregam, esforçam-se, inovam, empreendem, arriscam e sustentam, com o seu trabalho, a maioria da população e o próprio Estado mediante impostos. A ideologia da inveja precisa de vilões para sustentar a sua narrativa. 

Thomas Sowell sustenta que os regimes de esquerda, para obterem sucesso, precisam da mudança das leis da natureza, o que não é possível no universo que aí está, já que não há outro à disposição. E acrescenta que não podemos, como Deus no início da criação, dizer: “Haja igualdade!”. 

Além do mais, a exploração da inveja para fins políticos é absolutamente incompatível com a liberdade. Uma sociedade livre reconhece as desigualdades entre as pessoas como fenômenos naturais, não porque despreze a justiça, mas porque sabe que os seres humanos são diferentes em talentos, escolhas e projetos. O papel do Estado, então, deve ser o de proteger a igualdade de todos perante a lei e jamais o de forçar a igualdade de resultados. Desde Marx, o socialismo enxerga a desigualdade como um mal em si, independentemente das suas causas. Para um progressista-padrão, o simples fato de alguém ter mais já representa, por si só, uma injustiça a ser corrigida — não importa se sua riqueza é fruto de esforço, inovação ou mérito. Essa mentalidade inverte a lógica ditada por muitos séculos de experiência: em vez de elevar os que estão embaixo, quer-se rebaixar os que estão no topo. O alvo não é mais melhorar A, mas punir o sucesso de B. 


Poucos sentimentos corroem tanto a liberdade quanto a inveja, especialmente quando, mais do que um vício individual, ela é usada como instrumento político, disfarçada de “justiça social” e travestida de empatia com os “oprimidos”. É um truque velho, mas ainda eficaz: transformar algo que é intrinsecamente mau — o ressentimento — em virtude cívica e fazer dele uma ferramenta legítima de mobilização ideológica, como base para políticas de tributação, intervenção e censura moral, gerando polarização para fins de controle político. Essa instrumentalização política da inveja não é justiça — é tirania disfarçada. 

O socialismo entende muito bem esse mecanismo. É mais fácil ganhar votos estimulando vícios do que incentivando virtudes. O combate a essa tendência exige coragem moral e clareza intelectual. É preciso resgatar o valor do mérito, da responsabilidade individual e da liberdade de empreender e denunciar quem faz da inveja um instrumento de dominação política. O certo não é destruir quem tem mais, mas dar ferramentas para que todos possam ter mais, e o desafio não é nivelar por baixo, mas dar condições para que todos possam ir para cima.

Essa campanha do governo para taxar os ricos é incompatível com uma sociedade livre. Ela não combate a pobreza, mas explora o ressentimento. Quando o sucesso vira crime, o mérito vira defeito. 

Ubiratan Jorge Iorio é economista, professor e escritor. Instagram: @ubiratanjorgeiorio Rede X: @biraiorio 

Ubiratan Jorge Iório - Revista Oeste












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Socialismo científico (Marxismo) não é científico

 TIAGOOLIVEIRAMOTA/INSTITUTOLIBERAL


O método científico tem como objetivo fundamental a produção de conhecimento sistemático, testável e aberto à crítica. Em sua forma mais aceita no campo da epistemologia contemporânea, a ciência exige a formulação de hipóteses passíveis de refutação empírica. A teoria deve, portanto, correr o risco de ser falsa e estar disposta a ser rejeitada diante de evidências contrárias.


Karl Marx, ao desenvolver sua crítica ao capitalismo e propor o socialismo como uma etapa inevitável da história, acreditava estar fundando um “socialismo científico”, em contraste com os socialismos utópicos, que julgava baseados em ideais morais abstratos. Essa proposta se apoia em uma epistemologia própria — o materialismo histórico-dialético — que difere dos padrões da ciência moderna no que diz respeito à testabilidade empírica, delimitação conceitual e neutralidade valorativa. Mesmo que coerente em sua lógica interna, essa abordagem apresenta sérias limitações quando analisada sob os critérios das epistemologias contemporâneas predominantes.


Segundo Karl Popper, um dos principais critérios para se demarcar uma teoria científica é sua falseabilidade — ou seja, sua capacidade de ser posta à prova e, em caso de refutação, ser abandonada. Popper argumenta que o Marxismo deixou de ser falseável ao se proteger com definições ad hominem, como “alienação” e “consciência de classe”. Se um crítico do Marxismo pertence à classe dominante, ele está defendendo seus “interesses de classe”; se é da classe dominada, está “alienado” e precisa ser conscientizado. Para Popper, essa prática representa um afastamento do método científico: ao se tornar resistente à refutação, o Marxismo enfraquece sua pretensão de ser ciência.


Sob uma perspectiva mais flexível, como a do racionalismo crítico popperiano — que admite a falibilidade de todo conhecimento —, o Marxismo se mostra excessivamente adaptável. A crítica reside no fato de que, embora tenha começado como uma teoria com risco empírico, o Marxismo passou a adotar hipóteses ad hoc posteriores para explicar resultados contrários às previsões originais, como o sucesso do capitalismo em várias regiões ou a revolução em países agrários, como a Rússia. Exemplos dessas reformulações incluem a transição do discurso de que o capitalismo gera pobreza objetiva para o de que gera desigualdade e a inclusão da teoria do “imperialismo” como justificativa para o êxito capitalista. Esse movimento reforça a crítica de que o Marxismo deixou de operar como uma teoria passível de refutação empírica, assumindo o caráter de uma doutrina ideológica.


Além disso, os positivistas lógicos, como os do Círculo de Viena, também questionam o caráter científico do Marxismo, embora por razões distintas. Para esses pensadores, uma teoria só possui significado cognitivo se seus termos puderem ser traduzidos em enunciados observacionais verificáveis. Conceitos centrais do Marxismo, como “alienação”, “consciência de classe” ou “infraestrutura/superestrutura”, embora funcionem como categorias analíticas dentro de um modelo histórico-estrutural, ou carecem de correspondência direta com experiências empíricas observáveis ou são excessivamente vagos. Por isso, esses termos são considerados de aplicação científica problemática do ponto de vista verificacionista.


Sob uma abordagem apriorista, que valoriza a dedução lógica a partir de premissas fundamentais, o Marxismo também encontra dificuldades. O economista austríaco Eugen von Böhm-Bawerk aplicou esse modelo para criticar a teoria do valor-trabalho — base da teoria marxista da exploração. Segundo ele, é a utilidade subjetiva, e não o trabalho, o verdadeiro determinante do valor. Se o valor dependesse unicamente do trabalho, bens indesejados, porém trabalhosos, deveriam valer tanto quanto bens escassos e altamente desejados, o que não se verifica empiricamente. Exemplos clássicos incluem: pepitas de ouro encontradas ao acaso (valiosas sem trabalho), buracos escavados aleatoriamente (trabalhosos, mas sem valor) ou mercadorias idênticas de marcas diferentes (com valor distinto apesar do mesmo trabalho).


Böhm-Bawerk também argumenta que a teoria marxista ignora noções fundamentais como o valor temporal — a diferença entre valor presente e futuro —, negligenciando que o salário representa uma antecipação de tempo e risco por parte do capitalista. O capitalista que decide abrir uma fábrica, por exemplo, opera por vários anos no vermelho antes de obter lucros. Nesse sentido, sem o risco e o capital inicial do capitalista, os trabalhadores não teriam como receber por seu trabalho por anos, sendo levados à fome.


Do ponto de vista da própria tradição marxista, reconhece-se que o materialismo histórico-dialético rejeita a fragmentação analítica em favor da totalidade e da contradição. Os marxistas alegam que categorias como “alienação” e “consciência de classe” não podem ser reduzidas a experiências empíricas isoladas, pois expressam relações estruturais e dinâmicas históricas. No entanto, ao operar com categorias que não são operacionalizáveis empiricamente nem dedutíveis de forma clara, essa epistemologia entra em tensão com os critérios de cientificidade.


Portanto, embora Marx tenha defendido a cientificidade de sua teoria com base em uma epistemologia histórico-dialética, ela se revela incompatível com os critérios de testabilidade, clareza conceitual e disposição à refutação que caracterizam o método científico nas tradições popperiana, positivista e apriorista. Sob essas perspectivas, o socialismo científico proposto por Marx apresenta limitações epistemológicas significativas e não se qualifica como ciência no sentido estrito e rigoroso do termo.


Referências


BÖHM-BAWERK, Eugen von. Karl Marx and the Close of His System. Auburn: Ludwig von Mises Institute, 2008.


 


ENGELS, Friedrich. Do socialismo utópico ao socialismo científico. Tradução de Nélio Schneider. São Paulo: Boitempo, 2010.


 


MARX, Karl. O capital: crítica da economia política – Livro I: O processo de produção do capital. Tradução de Rubens Enderle. São Paulo: Boitempo, 2017.


 


NEURATH, Otto et al. Fundamentação lógica da ciência. São Paulo: Cultrix, 1975.


 


POPPER, Karl. A lógica da pesquisa científica. Tradução de Leonidas Hegenberg e Octanny Silveira da Mota. São Paulo: Cultrix, 2004.


 


SCHONS, Marize. O mínimo sobre Marx. O Mínimo: 2024.


*Tiago Oliveira Mota é economista e empresário com atuação em Belo Horizonte. É bacharel em Economia pelo Ibmec e mestre em Economia Aplicada pela USP. Associado ao Instituto de Formação de Líderes de Belo Horizonte (IFL-BH), atua na interseção entre análise político-econômica e gestão empresarial.  




















PUBLICADAEMhttps://www.institutoliberal.org.br/blog/economia/socialismo-cientifico-marxismo-nao-e-cientifico/

Modernizar o Estado para servir melhor a sociedade

 Fernando Valente Pimentel



Nas últimas décadas, O Brasil avançou em importantes reformas estruturais. Realizamos a reforma trabalhista, a previdenciária - que, aliás, já exige novos parâmetros diante da crescente pressão demográfica - e mais recentemente aprovamos a tão debatida reforma tributária sobre o consumo, que deverá entrar em vigor a partir de 2026. Como pessoas físicas e como empresas, estamos em constante processo de adaptação e aprimoramento. O que deve valer também para o Estado brasileiro.

Nesse contexto, a reforma administrativa que começa a ser discutida novamente no Congresso Nacional e no Executivo é tão necessária quanto as anteriores. Não se trata apenas de cortar gastos, como por vezes se tenta resumir o debate, mas de modernizar a máquina pública para que ela seja mais eficiente, produtiva e, sobretudo, voltada ao atendimento das necessidades da população.

Vivemos uma revolução tecnológica que pode - e deve - ser incorporada à gestão pública. Automatizar processos, integrar sistemas e usar dados com inteligência são caminhos para desburocratizar e melhorar a entrega dos serviços públicos. Isso só será possível, contudo, com a valorização do servidor público, peça central do funcionamento do Estado.

Valorizar o servidor é garantir um ambiente meritocrático, com planos de carreira bem estruturados, oportunidades de capacitação contínua e possibilidade de mobilidade funcional para acompanhar as mudanças e novas demandas da sociedade. Também é necessário extinguir ou transformar funções que já não fazem mais sentido e permitir que o Estado se reorganize conforme a realidade do século XXI.

A reforma administrativa, por si só, não resolverá o problema fiscal do país, mas será parte importante do processo. Um Estado mais eficiente e previsível estimula a confiança de quem quer investir, seja nacional ou estrangeiro. Hoje, o Brasil investe cerca de 17% a 18% do PIB, quando o ideal seria algo em torno de 25%. Mesmo com o papel relevante dos bancos públicos de fomento, será o capital privado o principal impulsionador dos investimentos necessários ao nosso desenvolvimento.

Portanto, é preciso enxergar a reforma administrativa como um processo permanente, adaptável às novas realidades e tecnologias, centrado na valorização do bom servidor, na eficiência da gestão pública e na criação de um ambiente favorável ao crescimento e à prosperidade. Um Estado que se reforma é um Estado que respeita seu papel e sua população. (Foto: Marcello Casal Jr/AGBR)

 

Fernando Valente Pimentel é diretor-superintendente e presidente emérito da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção








publicadaemhttps://www.alertaparana.com.br/noticia/20227/modernizar-o-estado-para-servir-melhor-a-sociedade

GRANDES EMPRESAS DEIXAM O BRASIL.

 PANICOJP/INSTAGRAM


NO BRASIL, SONEGAR IMPOSTO É LEGITIMA DEFESA



O QUE FOI O COVID-19?

 REALVOZ/FACEBOOK



O QUE FOI O COVID-19?



BRASIL, UM GRANDE CIRCO

 TICKTOCK



BURRICE UM ESTILO DE VIDA...



VAMOS PROGREDIR????

 INSTAGRAM


VAMOS PROGREDIR???



POR QUE OS PRODUTOS SÃO CAROS??

 LUCIANOHANG/FACEBOOK


POR QUE OS PRODUTOS NO BRASIL SÃO CAROS???



E NÓS VAMOS PAGAR ESSA CONTA...

 REVISTAOESTE/INSTAGRAM


O governo Lula da Silva confirmou a contratação de dois navios de luxo para servirem de hotel temporário durante a COP30, conferência do clima da ONU que vai ocorrer em Belém (PA) em novembro deste ano. As embarcações de cruzeiro MSC Seaview e Costa Diadema, da empresa MSC Cruises, de origem belga, vão oferecer, juntas, 3,9 mil cabines. A capacidade é para até 6 mil pessoas. As diárias por pessoa vão custar inicialmente cerca de R$ 3,3 mil. 



O QUE ACONTECEU DEPOIS DE 2018?

 LOOPDAVIDA/INSTAGRAM


Verdade, a maioria dos jornalistas são culpados e complica do que está acontecendo em nosso país,



Brasil abriga um dos maiores projetos de mineração do planeta

TERRATREND/INSTAGRAM 


O Brasil abriga um dos maiores projetos de mineração do planeta: o S11D. Uma operação bilionária, sustentável e tecnológica que está transformando a indústria mundial do ferro. 



quarta-feira, 30 de julho de 2025

O resultado é a tirania

 Lexum


“Ninguém negará que o poder tem uma natureza usurpadora e deve ser eficazmente impedido de ultrapassar os limites que lhe são atribuídos”. (James Madison, O Federalista n. 48)[1].


Em carta aberta publicada no dia 13 de julho último, intitulada “Em defesa da Constituição, da democracia e da justiça”[2], o Presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, dá o tom do que considera a “missão civilizadora” do STF ao se pronunciar acerca das sanções impostas pelo Presidente dos EUA Donald Trump ao Brasil, embora sem citar nominalmente o Presidente americano, tampouco o país. Na carta, o Ministro Presidente do STF apresenta um panorama institucional do Brasil recente sob o signo, segundo afirma, da estabilidade democrática decorrente do papel da Corte como guardiã das instituições e defensora da verdade factual, frente às supostas ameaças de ruptura institucional.


A iniciativa do Ministro redator da carta, ao imiscuir-se na seara da diplomacia com o propósito de exaltar, perante nação estrangeira, os pretensos “feitos” da Corte, mais do que legitimar sua conduta, evidencia a hipertrofia de um poder crescentemente concentrado nas mãos de uma elite judiciária dissociada da sociedade e de sua representação legítima.


O “centralismo” do poder no Brasil não é recente. A Constituição de 1988 adotou uma arquitetura institucional inspirada na tradição norte-americana, com separação horizontal e vertical de poderes e direitos fundamentais. Todavia, dadas as competências distribuídas constitucionalmente, no país vige um modelo centralizador herdado de tradições imperiais, onde a União arrecada cerca de 70% das receitas tributárias e estabelece legislação de caráter nacional sobre centenas de temas locais. A novidade é que, para piorar, o poder da União que passou a “legislar” de fato foi o judiciário.


Nesse arranjo disfuncional, o Supremo Tribunal Federal tornou-se o vértice do sistema ao conduzir um projeto político, transformando-se em uma aristocracia à revelia da soberania popular. O problema está justamente na relevância da Corte segundo Barroso, em certa medida, reconhece: ela se tornou o centro político do regime.


O que pode ocorrer quando o poder se concentra em um vértice não eleito e sem freios? Justamente o que a Constituição se presta a evitar. No Federalista nº 46, Madison advertia: “A acumulação de todos os poderes, legislativo, executivo e judicial, nas mesmas mãos, quer sejam as de um, de uns poucos, ou de muitos, quer sejam hereditárias, autonomeadas, ou eleitas, pode justamente ser declarada como a verdadeira definição de tirania”[3].


A estabilidade institucional que Barroso celebra em sua carta aberta pode até existir, mas se sustenta sobre a supressão da separação de poderes e da representação popular legítima. É a paz dos cemitérios, onde apenas uma Corte politicamente entrosada arbitra os limites da democracia conforme seus próprios critérios. O resultado é um regime “centralista” com verniz constitucional, mas sem espaço real para a dialética democrática.


A carta do presidente do STF menciona, com razão, os perigos da ditadura e os erros do passado, mas ignora que uma nova forma de autoritarismo pode não vir fardada. Dissociada da moderação, a toga pode vestir a tirania com as vestes do legalismo: decisões monocráticas e controle cultural via jurisprudência criativa compõem o arcabouço de um novo tipo de “centralismo” revolucionário, paradoxalmente travestido de guardião da Constituição.


Mas nossa tragédia institucional pode ir mais além, posto que tão grave quanto a concentração de poder é a ausência de virtude moral e cívica nas lideranças públicas que se apresentam como iluminados condutores da história. Segundo bem enfatiza Russell Kirk, o sangue do terror revolucionário ainda escorria na França para o assombro de todo o ocidente, mas John Adams “ajudou a salvar a América das piores consequências de duas ilusões radicais[4]: a perfectibilidade do homem e o mérito do Estado unitário”[5]. Para John Adams, segundo pontua Kirk, o equilíbrio da sociedade guarda simetria com o equilíbrio do indivíduo. “A ordem social, como a sanidade humana, depende da preservação de um equilíbrio delicado; e do mesmo modo como homens que, ao abandonar tal equilíbrio se destroem, igualmente, qualquer sociedade que joga os pesos numa das extremidades da balança deve terminar quebrada e desolada. A balança social é a justiça; abandonemos o equilíbrio; a justiça com isso se esvai, e o resultado é a tirania”[6].


No Brasil, ora caminhamos para o pior dos mundos: um estado centralizado e conduzido por elites que se arrogam civilizadoras, enquanto permanecem desconectadas da realidade popular e avessas ao espírito federativo e democrático. Não eleitos tornaram-se parte ativa do jogo de poder e não apenas seu árbitro imparcial. Se a Corte Suprema se torna o centro do sistema, e se os homens que a compõem não são os melhores nem os mais virtuosos, então, como diria Adams, a república já se desfez, ainda que a Constituição permaneça impressa em papel.


*Fernando Borges de Moraes – Advogado, especialista em Direito do Trabalho pela UNISC/ENA, sócio de Moraes & Horsth Advogados Associados, membro da Lexum.


[1] HAMILTON, A. JAY, J. MADISON, J. O Federalista. Fundação Calouste Gulbenkian, 2a ed. Lisboa: 2011. p. 448.


[2] https://claudiodantas.com.br/barroso-escreve-carta-aberta-para-trump/


[3] HAMILTON, A. JAY, J. MADISON, J. O Federalista. Fundação Calouste Gulbenkian, 2a ed. Lisboa: 2011, p. 438.


[4] O adjetivo “radical” é frequentemente usado, no pensamento conservador americano, de forma alusiva à mentalidade revolucionária de viés esquerdista ou coletivista.


[5] Kirk, Russell. A Mentalidade Conservadora, 1ª ed. São Paulo, É Realizações. p. 186.


[6] Idem. p. 191.











PUBLICADAEMhttps://www.institutoliberal.org.br/blog/justica/o-resultado-e-a-tirania/

A juristocracia consolidada agora também aumenta impostos

  Gabriel Wilhelms 


Em uma democracia saudável, o poder Executivo necessita buscar o apoio majoritário do poder Legislativo para fazer mudanças de seu interesse; se isso é ainda mais verdade em se tratando de regimes parlamentaristas, onde a própria permanência do Executivo carece desse apoio, não o deixa de ser também no presidencialismo. De fato, a possibilidade de uma maioria formada no parlamento contrariar um anseio, sobretudo um anseio impopular, do Executivo, é um dos contrapesos necessários para evitar desmandos e desequilíbrio entre os poderes. Contudo, o Brasil já não goza de uma democracia funcional. Aqui, um governo desgastado e impopular já não precisa se preocupar com a articulação política para obter decisões favoráveis no plano Legislativo — Lula deixou essa despreocupação bastante clara ao nomear a sempre beligerante Gleisi Hoffmann como ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais. Aqui, um governo decrépito pode contar com o socorro dos companheiros togados. Ora, se buscar o apoio do Legislativo é típico de democracias saudáveis, também é contemplar o fato de que às vezes o Executivo será contrariado e derrotado no plenário. Democratas de verdade — o que não é nem nunca foi o caso de Lula — amargam a derrota com maturidade, mas no Brasil de hoje logo correm para choramingar no STF. Mas não o fazem gratuitamente, fazem, pois, sabem que hoje a maioria da corte pende para seu lado. Foi dessa forma que primeiro o PSOL (partido recordista em acionar o STF, fazendo-o sempre que tem suas pautas derrotadas no Congresso, o que acontece com bastante frequência) e depois o próprio governo, por meio da sempre fiel AGU, ingressaram com ações no STF questionando a épica decisão do Congresso de derrubar decreto governista que aumentava as alíquotas do IOF. Foi dessa forma que Alexandre de Moraes (ele, sempre ele), referendou a posição do governo, mantendo o aumento do IOF, excetuando apenas a cobrança sobre o risco sacado.


Vale recordar que, por 383 votos a favor e apenas 98 contra, a Câmara, depois da repercussão negativa, havia derrubado decreto do governo que aumentava as alíquotas do IOF, decisão que foi referendada pelo Senado, significando até então a maior derrota para o governo Lula 3. Inicialmente, para somar ao seu longo repertório de absurdos jurídicos, Moraes sustou tanto o decreto do governo quanto sua derrubada no Congresso e marcou uma audiência de conciliação, sinalizando, mais uma vez, que se vê imbuído de um verdadeiro poder moderador. Terminando o teatro da conciliação da única forma que poderia, isto é, sem acordo, Moraes decidiu, para surpresa de ninguém, em favor do governo. Para tal, Moraes argumenta que “não restou comprovado qualquer desvio de finalidade na alteração das alíquotas”. Ora, é verdade que o Artigo 153 da CF faculta à União o poder de alterar a alíquota do IOF, mas o pulo do gato é que essa exceção se concede ao governo em tributos com natureza extrafiscal, isto é, que cumprem algum outro propósito que não a arrecadação; o aumento do IOF tem, como a própria comunicação da Fazenda não deixa margem de dúvida, fim completamente arrecadatório, visando ao equilíbrio das contas públicas, sendo, portanto, inconstitucional. O Congresso, ao contrário do que argumenta a AGU, agiu em linha com a Constituição ao derrubar o decreto, já que a majoração de tributos para fins arrecadatórios só pode ser feita por via legislativa, pelo óbvio ululante de que a sociedade precisa consentir com qualquer aumento de impostos (ou não) por meio de seus representantes.


Se temos dito que o estado de censura que afeta desproporcionalmente a direita não se limitará a ela, tampouco os arroubos do STF se limitariam ao tema, e agora a juristocracia consolidada também aumenta impostos. Pergunto-me o que farão na sequência. O governo Lula forma uma verdadeira dobradinha com o STF. Não é exatamente uma relação simbiótica, já que o governo necessita mais da suprema corte do que o contrário, mas é onde Lula tem buscado sua “governabilidade”. Com uma corte tão flagrantemente politizada — fato que apenas um néscio negaria —, resta claro que o resgate da democracia brasileira dependerá das eleições vindouras, quando o que estará em jogo não será apenas a derrota do incumbente, mas dessa dobradinha maléfica. Há dois PTs a serem derrotados em 2026: um é o nosso velho conhecido Partidos dos Trabalhadores e o outro é o Partido Togado. O Congresso atual foi desmoralizado, massacrado, humilhado diante de todo o país e não há qualquer indicativo de que Motta ou Alcolumbre farão qualquer coisa quanto a isso; o mais provável é que participem de mais um desses jantares com os donos do poder e sigam como se nada fosse nada. Insisto, então, que tudo dependerá de 2026.


Fontes:


https://www.poder360.com.br/poder-congresso/decisao-sobre-o-iof-indica-perda-para-o-congresso-e-o-planalto/


https://www.poder360.com.br/poder-justica/moraes-mantem-decreto-mas-derruba-iof-sobre-risco-sacado/


https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10669784/artigo-153-da-constituicao-federal-de-1988















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A SOBERANIA DE LULA

 gilbertosimõespires/pontocritico


SELO -CUMPRA-SE-

A rigor, praticamente tudo que estava ao meu alcance com o propósito de explicar e/ou tentar convencer que as MANOBRAS E DECISÕES que vem sendo tomadas pelo governo LULA, a maioria delas -senão todas- devidamente VALIDADAS pela SUPREMA CORTE -com o irremovível LACRE onde se lê a palavra -CUMPRA-SE-, não são simples OBRAS DO ACASO. Todas, repito, são FRUTOS DE EXPERIÊNCIAS contidas na CARTILHA elaborada pelo FORO DE SÃO PAULO -ORGANIZAÇÃO COMUNISTA DA AMÉRICA LATINA E CARIBE - que reúne governantes de CUBA, VENEZUELA, NICARÁGUA e BRASIL, entre outros...

SOBERANIA DE LULA

No nosso cada dia mais empobrecido Brasil, o presidente LULA achou por bem que era hora de -MANDAR ÀS FAVAS OS ESTADOS UNIDOS -PAÍS CONSIDERADO NO MUNDO TODO COMO -SÍMBOLO DA LIBERDADE-. Mais: a cada pronunciamento, sendo contrariado ou não, LULA se defende com o escudo da FALSA -SOBERANIA-, que no entender do COMUNISTA significa que apenas ele tem o DIREITO DE FALAR, TOMAR DECISÕES e EXERCER CONTROLE SOBRE O QUE ACONTECE -TANTO NO BRASIL COMO FORA DELE-. 

AFIRMAÇÕES E AS RESPECTIVAS FONTES

Pois, a título de informação e esclarecimento, vejam aí algumas de tantas afirmações feitas pelo COMUNISTA -SOBERANO-: 

1- LULA SUGERIU -ABERTAMENTE- QUE A VITÓRIA DE TRUMP SERIA O NAZISMO COM OUTRA CARA. Fonte: OP NEWS.

2- LULA DIZ QUE ISRAEL COMETE GENOCÍDIO E FAZ ALUSÃO À MATANÇA DE JUDEUS POR HITLER. Fonte: CNN.

3- CRISE LULA X ISRAEL SE ACIRRA E GERA IMPASSE DIPLOMÁTICO. Fonte: Boletim Metrópole.

4- TRUMP GOVERNA OS EUA, NÃO O MUNDO, CRITICA LULA. Fonte: Radio Tupy.

5- LULA CRITICA AÇÕES DE TRUMP: - "NÃO FOI ELEITO PARA SER XERIFE DO MUNDO-" Fonte: Boletim Metrópole.

6- LULA DEFENDE CRIAÇÃO DE MOEDA PARA NEGOCIAÇÃO ENTRE PAÍSES DO BRICS. Fonte: CNN.

7- POLÍTICA ECONÔMICA: LULA CRITICA DÓLAR COMO MOEDA DOMINANTE NO MUNDO. Fonte: CNN.

PLACA NADA SOBERANA

Vale lembrar, com a mesma ênfase, o papel NADA SOBERANO do presidente LULA , ao fazer questão de ser fotografado segurando uma PLACA NADA SOBERANA, com a frase -CRISTINA LIBRE-, em referência e apoio à ex-presidente da Argentina -Cristina Kirchner-, que cumpre prisão domiciliar em Buenos Aires. DETALHE SOBERANO: Cristina Kirchner foi condenada a SEIS ANOS DE PRISÃO E INELEGIBILIDADE PERPÉTUA POR ENVOLVIMENTO EM UM ESQUEMA DE CORRUPÇÃO COM OBRAS PÚBLICAS DURANTE SEUS GOVERNOS.























publicadaemhttps://pontocritico.com/artigo/a-soberania-de-lula

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