por Percival Puggina.
Primeiro, além de dar sumiço no dinheiro, deu sumiço no motivo pelo qual faltou dinheiro para aqueles programas. Refiro-me às irresponsáveis injeções de esteróide anabolizante que ela aplicou, como dopping, em outras ações do governo para dar-lhes musculatura financeira, multiplicar o número de beneficiários e trombeteá-las como medalhas de ouro durante a campanha eleitoral. O leitor destas linhas haverá de lembrar que Dilma e todos os candidatos da corte governista, eleitoralmente beneficiados com tal esbanjamento, percorreram o país discursando, à exaustão, sobre a prodigalidade oficial que se expressava, entre outros, nos programas FIES, Pronatec e Minha Casa Melhor. Com isso, empilharam votos e elegeram as numerosas bancadas que agora se veem às voltas com necessárias explicações que ditas boas intenções passam a exigir.
Segundo, escamoteuou algo que é óbvio perante toda consciência bem formada: a necessária compatibilidade moral entre os meios e os fins. Se lá na ponta da decisão de sair pedalando com os recursos públicos havia um fim bom (atender dois programas sociais para os quais os recursos haviam secado) e um melhor ainda (angariar votos para a presidente e seu partido), o meio usado para isso foi ilícito e contrário à norma constitucional. A manobra tornou-se ainda mais óbvia a partir do momento em que, obtido o resultado eleitoral, a tesoura se apresentou furando os inflados programas eleitoreiros de 2014 do mesmo modo como tentam fazer com os pixulecos em 2015.
extraídadepuggina.org





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