Jornalista Andrade Junior

FLOR “A MAIS BONITA”

NOS JARDINS DA CIDADE.

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CATEDRAL METROPOLITANA DE BRASILIA

CATEDRAL METROPOLITANA NAS CORES VERDE E AMARELO.

NA HORA DO ALMOÇO VALE TUDO

FOTO QUE CAPTUREI DO SABIÁ QUASE PEGANDO UMA ABELHA.

PALÁCIO DO ITAMARATY

FOTO NOTURNA FEITA COM AUXILIO DE UM FILTRO ESTRELA PARA O EFEITO.

POR DO SOL JUNTO AO LAGO SUL

É SEMPRE UM SHOW O POR DO SOL ÀS MARGENS DO LAGO SUL EM BRASÍLIA.

terça-feira, 31 de janeiro de 2023

: 'Não haverå pacificação com Lula e suas falas sobre o impeachment são prova disso

 J.R. Guzzo


O presidente Lula, em um mĂȘs de casa, ainda nĂŁo foi capaz de produzir ou propor uma Ășnica ação Ăștil em seu governo, mas continua plenamente empenhado em levar adiante a guerra que declarou contra todo o Brasil que nĂŁo se ajoelha diante dele. 

Sua ideia fixa, no momento, Ă© construir pela repetição e arrogĂąncia uma mentira oficial, com carimbo da presidĂȘncia da RepĂșblica, para falsificar a histĂłria do Brasil – o disparate de dizer que a ex-presidente Dilma Roussef foi demitida do poder por um “golpe de Estado”. 

É uma decisĂŁo bem pensada, consciente e deliberada de se comportar de maneira desonesta; nĂŁo foi um deslize de linguagem, ou uma distração. 

Lula falou em golpe pelo menos trĂȘs vezes, inclusive em viagem oficial ao exterior; na Ășltima menção, aliĂĄs, fez questĂŁo de citar o “golpista Michel Temer” – o que, alĂ©m de mentira, Ă© um insulto grosseiro e gratuito a um homem que nunca lhe fez mal nenhum.


Sua ideia fixa, no momento, Ă© construir pela repetição e arrogĂąncia uma mentira oficial, com carimbo da presidĂȘncia da RepĂșblica, para falsificar a histĂłria do Brasil


Lula nĂŁo quer paz; chegou Ă  conclusĂŁo de que, nĂŁo tendo nada de positivo a apresentar, nem agora e nem no futuro prĂłximo, o mais lucrativo para ele Ă© continuar fazendo discursos para construir inimigos artificiais e espalhar veneno em tudo o que fala. 

A alegação do golpe contra Dilma Ă© demente. Dilma foi destituĂ­da da presidĂȘncia por um processo absolutamente legal de impeachment, estritamente dentro do que estabelece a Constituição. 

Sua demissĂŁo foi aprovada pelos votos de 61 senadores, num total de 81, e 367 deputados num total de 513 – um placar de goleada histĂłrica. 

O processo levou nove meses inteiros para ser concluĂ­do; a acusada pode exercer, ao longo deste tempo, todos os seus direitos de defesa. O STF, em pessoa, fiscalizou cada passo do impeachment. Como um presidente da RepĂșblica pode chamar isso de “golpe de Estado”? 

É 100% irresponsável.

A mentira oficial de Lula vai ainda adiante. Ele sustenta a enormidade segundo a qual as maravilhas do seu governo e do tenebroso governo Dilma foram “destruĂ­das” por Michel Temer. Estamos, aĂ­, em plena insĂąnia. Lula-Dilma, para ficar sĂł no grosso, deixaram o Brasil com a maior recessĂŁo de toda a sua histĂłria econĂŽmica, com mais de 5% de recuo, 14 milhĂ”es de desempregados, juros recorde. 

Temer, em pouco mais de dois anos, consertou tudo isso; Ă© o que mostram os fatos, e esses fatos mostram o contrĂĄrio do que Lula diz. Mais: se Temer Ă© golpista, como garante o atual presidente da RepĂșblica, entĂŁo o seu governo terĂĄ sido ilegal, e todas as decisĂ”es que tomou tambĂ©m sĂŁo ilegais. 

Que tal, nesse caso, que Lula exija a demissĂŁo do ministro Alexandre de Moraes, do STF? Ele foi nomeado pelo ”golpista” Michel Temer. 

Onde estĂĄ a coragem que exibe no discursĂłrio?   Ă‰ extraordinĂĄrio que o governo Lula tenha dois – nĂŁo um, dois – ĂłrgĂŁos oficiais diferentes para combater a “desinformação” e as “fake news” tĂŁo amaldiçoadas pela esquerda, na Advocacia-Geral da UniĂŁo e no seu MinistĂ©rio da Propaganda, a “Secom”. 

O que vĂŁo fazer esses vigilantes da verdade, agora, diante da brutal violação dos fatos pelo presidente da RepĂșblica? Dizer que houve um “golpe” contra Dilma Ă© mais do que praticar “desinformação” – Ă© uma agressĂŁo comprovada Ă  verdade mais elementar. Quais as sançÔes que serĂŁo tomadas? 

A esquerda, mais uma vez, veio com uma tentativa de explicação perfeitamente hipĂłcrita para as mentiras de Lula: disse que ele “pretendeu dizer” que tinha havido “um golpe dentro da Constituição”.

É uma desculpa safada. 

Se quisesse mesmo dizer isso, Lula teria dito; se nĂŁo disse, Ă© porque nĂŁo quis, e fez questĂŁo de falar em golpe e acusar de golpe um homem que fez um governo 1.500 vezes melhor do que o seu. O que o presidente quer Ă© confronto. NĂŁo tem outra coisa a apresentar.


Gazeta do Povo













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- SĂł CPI e IPM reinstalam a paz

 FernĂŁo Lara Mesquita


 - SĂł CPI e IPM reinstalam a paz


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Uma péssima notícia para a mídia tradicional Imprensa segue derretendo

   Redação Oeste


Os 15 principais jornais do Brasil registraram queda de pouco mais de 15%, em média, na circulação em 2022. A soma da tiragem média diåria dessas publicaçÔes da mídia tradicional terminou o ano passado em cerca de 400 mil.

A soma dos exemplares impressos de 2022 equivale a aproximadamente 50% do total de quatro anos atrĂĄs, quando começou o governo de Jair Bolsonaro, e a tiragem chegava a quase 850 mil. No digital, a compensação tambĂ©m foi menor que a esperada, informou levantamento do site Poder360 nesta terça-feira, 31.

A maior queda foi da publicação mineira Super NotĂ­cia, que mudou a frequĂȘncia de circulação em abril de 2022: o jornal, que era diĂĄrio, passou a ser entregue, em formato fĂ­sico, sĂł Ă s sextas-feiras. Sua tiragem caiu de aproximadamente 70 mil exemplares atĂ© março para cerca de 50 mil (queda de 30%), no fim de 2022.

JĂĄ entre os veĂ­culos de circulação diĂĄria, os maiores recuos foram de Folha de S.Paulo (-30%), O Popular (-25%) e O Tempo (-20%). A Folha, que chegou 175 mil exemplares diĂĄrios, em mĂ©dia, em 2015, despencou para 50 mil. Isso equivale a uma retração de 70% em sete anos dos “gigantes” da mĂ­dia tradicional.

Ao observar os dados em nĂșmeros absolutos, o top 3 segue inalterado: O GloboEstadĂŁo e Super NotĂ­cia sĂŁo as publicaçÔes de maior circulação impressa no Brasil. O Globo fechou 2021 em 3Âș lugar, mas alcançou o topo no Ășltimo ano. Motivo: caiu menos que os concorrentes. O EstadĂŁo, que era lĂ­der, caiu para 2Âș.

 








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O BNDES deveria existir?

 Liberalismo Brasuca


Não é a primeira vez que falo disso aqui, mas acho pertinente voltar ao tema, porque a cada ano que passa, esse é um dos temas que mais me traz convicção e certeza de que tem que acontecer: o fim do BNDES.

O banco estatal foi fundado em 1952 por GetĂșlio Vargas como mais uma de suas estatais desenvolvimentistas voltadas Ă  “soberania nacional”.

Vargas Ă© possivelmente uma das figuras mais estatistas da histĂłria do Brasil e o grande sĂ­mbolo do chamado nacional-desenvolvimentismo, a ideologia que via na nacionalização, estatização e tutela estatal completa da economia o caminho para o desenvolvimento de uma potĂȘncia industrial.

O BNDES, na esteira dessa política, acabou por ser criado com o intuito de conceder crédito para o desenvolvimento industrial, conforme as metas propostas na fundação do mesmo.

Entra ano, sai ano, e o BNDES, que deveria fomentar o desenvolvimento nacional, sequer se presta a cumprir seu papel.

Obras dentro do país estagnam esperando a verba federal para dar continuidade. Escolas, rodovias, esgotos, ferrovias, moradias, portos, canalização e tratamento de ågua, todas são relegadas ao segundo plano pelas políticas abordadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento, principalmente quando se trata de um governo petista.

O banco que outrora financiava o Brasil, passou a ser uma concessão de crédito privado a juros baixos para grandes empreiteiras aplicarem investimento a milhares de quilÎmetros de distùncia das terras nacionais, muitos dos quais acabam sequer sendo pagos suas dívidas e acumulando como parte do tesouro nacional para arcar com elas.

HĂĄ sempre aqueles papagaios ideolĂłgicos que insistem em tentar convencer que portos cubanos, palĂĄcios angolanos, siderĂșrgicas venezuelanas e gasodutos argentinos (de um gĂĄs que Ă© vetado a exploração nacional pelo quanto Ă© prejudicial ao meio-ambiente) de alguma forma retornam ao Brasil em resultado econĂŽmico e social positivo.

Os mesmos de um paĂ­s onde 120 milhĂ”es ainda seguem sem uma Ășnica coleta de esgoto para suas residĂȘncias e defendem exportação de crĂ©ditos para o exterior, e sempre para paĂ­ses com grandes amizades ideolĂłgicas com o governo.

Afinal, por que este banco ainda existe? Ora, emprĂ©stimos podem ser concedidos ao exterior via tesouro nacional a qualquer momento. Qual o sentido de empresĂĄrios bilionĂĄrios pegarem taxas de emprĂ©stimos baixĂ­ssimas para correr o risco de receber calote logo depois enquanto seu prĂłprio povo nĂŁo consegue menos do que juros de 36% ao mĂȘs?

O prĂłprio BNDES perdeu seu propĂłsito de existĂȘncia. Afinal, por mais que discutamos sobre se o governo deve ou nĂŁo emprestar dinheiro ao desenvolvimento, o banco tinha como meta emprestar ao empresĂĄrio brasileiro para investir no Brasil, e nĂŁo no exterior a ponto de se tornar seus maiores clientes.

Se o BNDES entĂŁo tem como meta financiar o estrangeiro, ele sequer deveria existir, afinal, sequer temos caixa para pagar precatĂłrios com quem precisa receber e nem mesmo sustentar os prĂłprios serviços pĂșblicos.

*Artigo publicado originalmente na pĂĄgina Liberalismo Brasuca no Facebook.


















PUBLICADAEMhttps://www.institutoliberal.org.br/blog/o-bndes-deveria-existir/

A economia e a sĂ­ndrome de SĂ­sifo

 Ubiratan Jorge Iorio


Um mito bem conhecido da GrĂ©cia antiga Ă© o de SĂ­sifo, considerado o mais inteligente e astuto dos mortais, mas que — certamente por julgar que essas suas qualidades o dispensariam de qualquer atitude de humildade — ousou desafiar e tentar iludir os deuses, o que lhe valeu uma punição terrĂ­vel: rolar eternamente com as mĂŁos, montanha acima, uma enorme pedra de mĂĄrmore. Sempre que estava perto de alcançar o cume, extenuado pela faina sobre-humana, uma força avassaladora fazia a pedra rolar novamente morro abaixo atĂ© o ponto de onde partira, jogando fora todo o imenso esforço despendido. É desse mito que vem a expressĂŁo “trabalho de SĂ­sifo”, utilizada para designar aquelas tarefas que exigem esforços repetitivos penosos e irremediavelmente fadados ao fracasso, em infindĂĄveis ciclos que alternam esperança e frustração e sem qualquer possibilidade de tentativa de recusa ou desistĂȘncia.

A economia brasileira, infelizmente, parece condenada hå bastante tempo ao sobe e desce de Sísifo: quando tudo parece estar indo bem, a pedra rola ladeira abaixo, lå permanece por algum tempo e em seguida é novamente posta a subir, para depois cair novamente. Não estou me referindo apenas aos ciclos econÎmicos a que todas as economias estão sujeitas, mas a um fenÎmeno mais amplo, cuja natureza transcende a economia e que abraça, entre outros campos, o político, o jurídico, o histórico e o psicológico.

Do ponto de vista estritamente econÎmico, sabe-se hå bastante tempo quais são as causas da formação da riqueza (ou da manutenção da pobreza) das naçÔes, a saber, a liberdade econÎmica, a economia de mercado e o livre comércio. Em outras palavras, a riqueza dos países depende, essencialmente, de um cenårio institucional garantidor das liberdades e dos direitos individuais, que proporcione aos agentes econÎmicos o exercício autÎnomo e responsåvel de seu esforço, criatividade, inventividade, trabalho e outras virtudes do espírito humano, diante do problema da escassez.

A diferença entre os liberais e os ditos “progressistas” Ă© que os Ășltimos, guiados pelo construtivismo racionalista, desejam que o Estado, direta ou indiretamente, se aposse do espetĂĄculo, impondo a todos o cenĂĄrio, o “script“, a rigorosa distribuição dos papĂ©is e os preços dos ingressos referentes a uma peça cujos teor e resultados sĂŁo prĂ©-concebidos e impostos a todos.

O crescimento econĂŽmico como ramo teĂłrico remonta a Adam Smith, com a publicação de A Riqueza das NaçÔes, em 1776. Seguramente, somente depois da publicação dessa obra Ă© que se começou a perceber — concordando-se ou nĂŁo com suas teses — que o desenvolvimento econĂŽmico poderia estar ao alcance de qualquer nação. A questĂŁo levantada por Smith, que — convĂ©m lembrarmos — era um filĂłsofo moral que se interessou pela Economia, Ă©, a rigor, de natureza empĂ­rica e pode ser sintetizada em uma importante pergunta: se o objetivo Ă© promover o bem comum e a prosperidade geral, o melhor meio Ă© encorajar os indivĂ­duos a fazerem os seus prĂłprios juĂ­zos racionais e prĂĄticos, dentro do campo de ação de cada um, ou encorajĂĄ-los ou mesmo obrigĂĄ-los a pensarem nos interesses de toda a sociedade? Sua resposta, com a qual concordam os liberais (de ontem, de hoje e de sempre) Ă© que, no conjunto, os indivĂ­duos sĂŁo capazes de promover o bem e a prosperidade geral com maior solidez, continuidade e efetividade pelo primeiro mĂ©todo do que pelo segundo.

Isso decorre, em parte, do princĂ­pio catĂłlico da subsidiaridade, que se refere ao fato de que as pessoas diretamente envolvidas em qualquer atividade estĂŁo em posição melhor para realizar julgamentos mais precisos e, portanto, para realizar as melhores açÔes do que as que “nĂŁo pegam na massa”. Os romanos condensavam este princĂ­pio na mĂĄxima do pintor Apeles (sĂ©c. 4 a.C.) — “ne sutor supra crepidam” (nĂŁo suba o sapateiro acima das sandĂĄlias) — pronunciada a um sapateiro que, depois de olhar um de seus quadros e criticar a pintura das sandĂĄlias, se pĂŽs a censurar outros pormenores. Uma atitude sem dĂșvida semelhante Ă  do Estado, quando se propĂ”e a criar riqueza e distribuĂ­-la, tarefas que nĂŁo lhe competem.

Eis, portanto, os ingredientes bĂĄsicos do processo gerador de riqueza: um cenĂĄrio individual compatĂ­vel com a liberdade individual e bons atores, isto Ă©, saudĂĄveis e educados, isto Ă©, donos de capital humano. O que falta para um bom espetĂĄculo? Falta apenas uma boa histĂłria, um “script” competente. A diferença entre os liberais e os ditos “progressistas” Ă© que os Ășltimos, guiados pelo construtivismo racionalista, desejam que o Estado, direta ou indiretamente, se aposse do espetĂĄculo, impondo a todos o cenĂĄrio, o “script“, a rigorosa distribuição dos papĂ©is e os preços dos ingressos referentes a uma peça cujos teor e resultados sĂŁo prĂ©-concebidos e impostos a todos. JĂĄ os liberais nĂŁo creem em histĂłrias prĂ©-concebidas: o “script” Ă© uma consequĂȘncia imprevisĂ­vel, baseado em performances individuais autĂŽnomas, tal como em um concerto de jazz, em que os mĂșsicos improvisam sobre um tema, respeitando sua harmonia e criando melodias e figuras rĂ­tmicas, e os agentes econĂŽmicos agem livremente, respeitando os acordes legais e institucionais e dando vazĂŁo Ă  sua criatividade.

A evidĂȘncia empĂ­rica vem dando suporte Ă s teses liberais que sustentam que a ação livre, autĂŽnoma e espontĂąnea dos agentes econĂŽmicos, em um pano de fundo institucional que lhes garanta liberdade e segurança fĂ­sica e jurĂ­dica, Ă© muito mais adequada Ă  formação e Ă  distribuição natural da riqueza do que aquilo que Hayek chamou de “pretensĂŁo fatal”, em que algumas pessoas se consideram em condiçÔes de determinar “quanto se vai crescer”, “como se vai crescer”, “quem vai ganhar ou perder”, “quanto se vai ganhar ou perder” etc.

Voltando ao Brasil, com base nessas consideraçÔes e examinando-se as experiĂȘncias de diversos paĂ­ses, algumas bem-sucedidas, outras fracassadas, o que pode ser feito para trilhar a estrada da riqueza, reduzir a pobreza, eliminar a misĂ©ria e, portanto, respeitar a dignidade de milhĂ”es de brasileiros? A resposta liberal Ă© bastante clara: reduzir os poderes do governo, recolocando-o no seu devido lugar, nas suas autĂȘnticas tarefas, entre as quais se inclui a indução de investimentos em saĂșde pĂșblica, educação bĂĄsica, justiça e segurança. Isso feito, os cidadĂŁos brasileiros — e nĂŁo os polĂ­ticos e tecnocratas — Ă© que poderĂŁo dizer nĂŁo “o que devemos crescer” e sim “o que podemos crescer”, com base na iniciativa individual, exercida em clima de liberdade, responsabilidade e baixa incerteza.

Sempre que governos se arrogam o direito de comandar a economia, a pedra fatalmente termina descendo a montanha, impossibilitando a riqueza de florescer. Os exemplos sĂŁo inĂșmeros. Onde quer que se tenha colocado o Estado acima do indivĂ­duo, os resultados sempre foram um desfile de fracassos, e atualmente estamos vendo a confirmação disso na Venezuela e outros vizinhos da AmĂ©rica do Sul que nĂŁo aprenderam a lição.

Nos Ășltimos quatro anos, desde que a nossa economia passou a ser orientada, depois de dĂ©cadas de intervencionismos diversos, por uma visĂŁo liberal, atĂ© que SĂ­sifo chegou bem perto do cume: nem a pandemia, nem a guerra na UcrĂąnia, nem as perturbaçÔes energĂ©ticas foram capazes de impedir sua subida, e parecia que a maldição estava com os dias contados.

Mas, infelizmente, em menos de duas semanas, o pedregulho jĂĄ começou a cair e pode-se afirmar que, com a visĂŁo econĂŽmica do novo governo, vai continuar descendo. Medidas como a retirada de estatais do programa de privatizaçÔes, bem como a suspensĂŁo de toda e qualquer privatização; indicaçÔes de que se pretende realizar uma “desreforma” da previdĂȘncia e uma contrarreforma trabalhista para garantir fundos para os sindicatos; articulaçÔes para pĂŽr fim ao direito dos empregadores de demitirem sem justa causa; extinção da Secretaria de Desburocratização e da secretaria que acompanhava o ingresso do Brasil na OCDE; tentativa de reversĂŁo do marco do saneamento; indicaçÔes de que a ideia infeliz de criar uma moeda Ășnica para o Mercosul pode estar sendo levada a sĂ©rio; sinalizaçÔes de que o BNDES e os bancos pĂșblicos voltarĂŁo a subsidiar “campeĂ”es” escolhidos e outras, todas no sentido de aumentar o poder e a interferĂȘncia do Estado sobre as atividades econĂŽmicas.

A par disso, no plano macroeconĂŽmico, as notĂ­cias sĂŁo tambĂ©m preocupantes: tendĂȘncia a forte aumento de gastos correntes e da carga tributĂĄria, decorrentes da crença no Estado como promotor do crescimento; e ausĂȘncia de compromisso com o controle da inflação. Em resumo, dois venenos simultĂąneos: (1) regime fiscal deficitĂĄrio, que acarretarĂĄ dĂ­vida pĂșblica ascendente e juros mais altos, e (2) regime monetĂĄrio expansionista, a dizer, inflação.

Nos Ășltimos quatro anos, desde que a nossa economia passou a ser orientada, depois de dĂ©cadas de intervencionismos diversos, por uma visĂŁo liberal, atĂ© que SĂ­sifo chegou bem perto do cume: nem a pandemia, nem a guerra na UcrĂąnia, nem as perturbaçÔes energĂ©ticas foram capazes de impedir sua subida, e parecia que a maldição estava com os dias contados.

A economia pode ser encarada como um jogo de que participam trĂȘs jogadores: a autoridade monetĂĄria (Banco Central), a autoridade fiscal (que determina receitas e despesas pĂșblicas) e o restante dos agentes econĂŽmicos, que a literatura denomina de “pĂșblico”. Por outro lado, como se sabe, o governo pode financiar os seus gastos de trĂȘs maneiras, nĂŁo mutuamente excludentes: contrair dĂ­vida junto ao setor privado, aumentar tributos e expandir a oferta de moeda. Por fim, Ă© preciso levar em conta o papel que as expectativas representam nas decisĂ”es do “pĂșblico”: se, por alguma razĂŁo (como ocorre no momento), esperam-se preços mais altos no futuro, por que esperar isso acontecer, se cada agente achar que pode obter vantagens sobre os demais caso aumente o preço dos seus produtos agora?

Por isso, Ă© importantĂ­ssimo olhar para o modo como se relacionam entre si as autoridades fiscais e monetĂĄrias. HĂĄ trĂȘs tipos de relaçÔes.

Na primeira, o Banco Central não é independente e não existe expectativa de aumento de preços. Nesse caso, se o Banco Central adotar uma política de austeridade monetåria, as autoridades fiscais terão de financiar o seu déficit tomando mais dívida, o que fatalmente jogarå a taxa de juros para cima, e, mais cedo ou mais tarde, a autoridade monetåria serå forçada a sancionar a inflação. Portanto, neste primeiro caso, apertos na política monetåria hoje podem implicar inflação no futuro.

Na segunda, o Banco Central tambĂ©m nĂŁo Ă© autĂŽnomo, mas hĂĄ expectativas de que os preços vĂŁo subir. Nesse caso, o dĂ©ficit fiscal terĂĄ de ser suprido tambĂ©m por mais dĂ­vida, isso tambĂ©m vai provocar aumentos na taxa de juros, mas, dada a influĂȘncia das expectativas, os agentes econĂŽmicos anteciparĂŁo a inflação de preços, obrigando a autoridade monetĂĄria a sancionĂĄ-la jĂĄ, pela emissĂŁo de moeda. Portanto, na presença de expectativas de inflação, apertos na polĂ­tica monetĂĄria agora podem significar inflação imediata.

Por fim, a terceira relação acontece quando o Banco Central Ă© independente (como o nosso) e as autoridades fiscais continuam a gerar dĂ©ficits substanciais, como tudo indica que virĂĄ a acontecer no Brasil. Nesse caso, a queda de braço entre polĂ­tica monetĂĄria austera e polĂ­tica fiscal festeira fatalmente vai desembocar em quebradeira generalizada: pelo lado monetĂĄrio, o Banco Central terĂĄ de aumentar seguidamente e cada vez mais a taxa de juros, em razĂŁo de sua obstinação em nĂŁo admitir inflação; e, pelo lado fiscal, o crescimento vertiginoso da alternativa solitĂĄria para financiar o dĂ©ficit, ou seja, da dĂ­vida pĂșblica, implicarĂĄ irremediavelmente aumento da taxa de juros. O resultado de tudo isso Ă© que provavelmente a inflação nĂŁo vai explodir, mas o Estado vai literalmente quebrar, arrastando com ele o setor produtivo, ou seja, empresas, empreendedores e trabalhadores.

Isso que vocĂȘ acabou de ler, por mais preocupaçÔes que acarrete, nĂŁo tem absolutamente nada a ver com ideologia polĂ­tica, nem com essa ou aquela escola de pensamento econĂŽmico, nem com simpatias ou antipatias por esse ou aquele economista ou aqueloutro polĂ­tico. É, simplesmente, aritmĂ©tica bĂĄsica, aquele velhĂ­ssimo conjunto de operaçÔes numĂ©ricas elementares, ensinado desde a nossa mais tenra infĂąncia por alguma “tia” abnegada e querida.

E o custo de se desafiar a aritmĂ©tica, nesse caso, poderĂĄ ser extremamente elevado. Força, SĂ­sifo!

*Publicado originalmente no blog do autor. 


Ubiratan Jorge Iorio Ă© economista, professor e escritor.
















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A oportunidade de um Senado mais independente

 Gazeta do Povo


Nesta quarta-feira (1 Âș), o Congresso Nacional darĂĄ inĂ­cio a uma nova legislatura, com a posse dos 513 deputados federais e 27 senadores eleitos em 2022, e, na sequĂȘncia, a eleição dos presidentes do Senado e da CĂąmara dos Deputados. Diante da realidade brasileira, marcada pela grande polarização polĂ­tica, falta de confiança nas instituiçÔes, e da crise institucional alimentada pelo ativismo judicial, a atuação do Legislativo terĂĄ um papel decisivo. E um dos primeiros passos que definirĂĄ como se darĂĄ o trabalho do Congresso serĂĄ a escolha dos presidentes das duas casas.

Na CĂąmara dos Deputados nĂŁo deve haver surpresas e a perspectiva Ă© a de que Arthur Lira (PP-AL) mantenha-se como presidente. Ele Ă© o favorito na disputa pela PresidĂȘncia da CĂąmara dos Deputados com o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) – aliados dizem que Lira pode vencer a disputa com atĂ© 90% dos votos dos 513 deputados. Considerado um bom articulador polĂ­tico, ele conseguiu transitar pelo governo de Jair Bolsonaro e tambĂ©m pelo inĂ­cio do governo Lula.


O paĂ­s precisa de um presidente do Senado com personalidade e firmeza, que jamais considere aceitĂĄveis os excessos do JudiciĂĄrio.


JĂĄ no Senado, a situação ainda Ă© indefinida. A disputa deve ficar entre o atual presidente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e RogĂ©rio Marinho (PL-RN), ex-ministro de Desenvolvimento Regional no governo de Jair Bolsonaro. O senador Eduardo GirĂŁo (Podemos-CE) tambĂ©m protocolou sua candidatura, mas nĂŁo Ă© considerado um candidato com chances de vencer a disputa, o que Ă© uma pena, tendo em vista que GirĂŁo sempre mostrou posicionamentos bem definidos em relação a temas como a defesa da vida e a independĂȘncia entre os TrĂȘs Poderes.

Rodrigo Pacheco, presidente do Senado desde 2021, tem o apoio dos partidos da base de Lula e dos senadores lulistas, como Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Se eleito, deverå ser um apoiador importante do governo petista no Senado, onde a maioria dos parlamentares (55,5%) pertence a partidos mais conservadores. Com a eleição de Pacheco, projetos do Executivo poderão ter a tramitação facilitada, enquanto pautas contrårias aos interesses de Lula poderão ser engavetados. Com Pacheco no Senado, o governo petista serå fortalecido e terå mais liberdade para agir.


Com Marinho, o Senado estaria mais perto de representar o resultado das urnas, que evidenciou que a população deseja parlamentares mais alinhados a princípios conservadores.


Pacheco tambĂ©m nĂŁo deu mostras de reconhecer a existĂȘncia de abusos por parte do JudiciĂĄrio e conta com o apoio informal de Alexandre de Moraes – o ministro jĂĄ teria deixando claro que prefere Pacheco na PresidĂȘncia do Senado. Se vencer a disputa, Ă© provĂĄvel que uma CPI para analisar os possĂ­veis excessos cometidos pelo JudiciĂĄrio encontre mais dificuldade para ser instalada. E sabemos o quanto seria importante essa discussĂŁo. Hoje, boa parte da crise institucional vivida pelo paĂ­s Ă© alimentada pelas decisĂ”es equivocadas da Justiça – os casos de censura ou perseguição indevida por expressĂŁo de opiniĂŁo, por exemplo –, e pela interferĂȘncia indevida da Justiça nos outros poderes.

JĂĄ a eleição de RogĂ©rio Marinho poderia ser um contraponto importante, representando a possibilidade de um Senado menos subserviente Ă s decisĂ”es do JudiciĂĄrio e das propostas do Executivo, trazendo mais equilĂ­brio ao cenĂĄrio polĂ­tico. Lembremos que as eleiçÔes de 2022 foram marcadas pela alta polarização, com os votantes divididos entre Lula, que venceu as eleiçÔes presidenciais por uma diferença mĂ­nima de votos, mas viu sua bancada de parlamentares despencar e se tornar minoria; e Bolsonaro, que mesmo perdendo elegeu a maior bancada, tanto na CĂąmara quando no Senado. Com Marinho, o Senado estaria mais perto de representar o resultado das urnas, que evidenciou que a população deseja parlamentares – e por extensĂŁo um Congresso Nacional – mais alinhados a princĂ­pios conservadores.

Considerando que em menos de um mĂȘs no poder Lula jĂĄ começou uma guinada Ă  esquerda – basta lembrar que em poucos dias de mandato o petista jĂĄ promoveu o afrouxamento das regras que regem o aborto e restabeleceu relaçÔes diplomĂĄticas com ditaduras esquerdistas, como a Venezuela – serĂĄ muito importante contar com uma oposição forte e articulada.

Isso significa uma oposição que possa atuar de forma equilibrada, pautada pelos interesses do paĂ­s e nĂŁo pela crĂ­tica destrutiva como vimos quando a esquerda era a oposição, e que tampouco seja omissa em se posicionar com independĂȘncia. Nesse sentido, a escolha do presidente do Senado – na CĂąmara, como dissemos, a PresidĂȘncia deve permanecer com Arthur Lira –, Ă© o ponto de partida e o senador RogĂ©rio Marinho nos parece a melhor escolha. O paĂ­s precisa de um presidente do Senado com personalidade e firmeza, que jamais considere aceitĂĄveis os excessos do JudiciĂĄrio e nem seja subserviente a interesses alheios aos do paĂ­s.












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Ex-presidiĂĄrio ‘dilmou’ com obra no exterior sem planos

 DIÁRIODOPODER


O anĂșncio de Lula de que o banco de fomento BNDES financiaria um gasoduto entre Brasil e Argentina pegou de supressa os ĂłrgĂŁos a serem envolvidos, como o prĂłprio banco ou atĂ© o MinistĂ©rio do Meio Ambiente, que faz restriçÔes ao gĂĄs de xisto, muito poluente. Nenhum ĂłrgĂŁo federal sabe do gasoduto, como quando Dilma anunciou em 2014 que o BNDES bancaria o aeroporto de Havana, sem projeto e sem avisar ao banco.

Procurado à época

Assim como o tal gasoduto de Lula agora, à época de Dilma o BNDES negou à coluna ter conhecimento desse projeto

Dinheiro enterrado

Demoraram 14 meses entre a visita de Dilma a Havana e a confirmação oficial que o BNDES enterraria mais US$150 milhÔes em Cuba.

Nem cheiro

O BNDES, o MMA e até o Tribunal de Contas da União confirmaram à coluna que não existem nem mesmo planos para o gasoduto de Lula.











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