por Luiz Garcia O Globo
Dilma ficará distante da discussão enquanto for possível. É pena, porque o debate pode facilmente produzir uma crise política com dimensões consideráveis
Está aberta em Brasília uma discussão sobre tema obviamente importante:
até que ponto vão os privilégios dos políticos com mandatos no
Legislativo? Ela é provocada por uma operação de busca e apreensão
realizada pela Polícia Federal nas casas de três senadores; entre eles, o
ex-presidente Fernando Collor, do PTB.
Autorizados por três ministros do Supremo Tribunal Federal (Teori
Zavascki, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski), os agentes recolheram
documentos que — deve-se imaginar — seriam pistas ou provas de mau
comportamento do trio, que incluiu, além do notório Collor, Ciro
Nogueira (presidente do PP) e Fernando Bezerra (PE).
Como era inevitável, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL),
condenou a ação da Polícia Federal, que definiu como “uma violência
contra as garantias constitucionais”. Os policiais, é bom lembrar, têm o
STF do seu lado. E, como se sabe, os ministros entendem de questões
dessa área bem mais do que Calheiros.
A presidente Dilma, que, pelo menos em tese, comanda os agentes
federais, não se manifestou, pelo menos até o momento em que escrevo. E
com certeza ficará distante da discussão enquanto for possível. É pena,
porque a discussão pode facilmente produzir uma crise política com
dimensões consideráveis.
extraídaderota2014blogspot





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