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21:15
ANDRADEJRJOR
BERNARDO MELLO FRANCO FOLHA DE SÃO PAULO

A crônica do petrolão já
havia produzido uma frase para os livros de história. Foi pronunciada
por Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, ao ser preso pela Polícia
Federal no Rio: "Que país é este?".
Na terça-feira, apareceu a
melhor imagem do escândalo até aqui. É uma foto de José Sergio
Gabrielli, ex-presidente da estatal, em ato promovido pelo PT e pela CUT
na Quadra dos Bancários de São Paulo.
A cena foi fabricada pelo
próprio personagem. Estrategicamente posicionado atrás do ex-presidente
Lula, Gabrielli se levantou e ergueu o braço direito com o punho
cerrado.
O petista imitava o gesto de José Dirceu e José Genoino,
seus colegas de partido, ao serem presos no fim do processo do
mensalão.
Gabrielli já teve os bens bloqueados pela Justiça e
pelo Tribunal de Contas da União, que investigam sua participação na
compra da notória refinaria de Pasadena.
Sob seu comando, atuavam
três diretores da petroleira presos na Lava Jato: Duque, Paulo Roberto
Costa e Nestor Cerveró. Um quarto diretor, Jorge Zelada, acaba de ter R$
40 milhões bloqueados em Mônaco.
O ex-presidente da Petrobras
ainda não é réu na Lava Jato, mas quem acompanha as investigações não se
surpreenderá se ele aparecer na próxima leva de denúncias.
Além
de inoportuno, o gesto de Gabrielli revelou falta de originalidade. Há
um ano, o então deputado petista André Vargas também imitou os
mensaleiros na Câmara. Não deu sorte: pouco depois, ele caiu na teia da
Lava Jato e teve o mandato cassado.
No mesmo ato, Lula atribuiu a
má fase do PT em São Paulo ao conservadorismo dos paulistas. "Eles são
fortes aqui. Primeiro forte era o Jânio. Depois virou o Maluf. (...)
Aqui tem um povo mais conservador", disse. Será interessante ver se o
ex-presidente voltará à casa de Maluf no ano que vem para pedir apoio à
reeleição de Fernando Haddad.
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