Jornalista Andrade Junior

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Qual é o funcionário que consegue ficar rico com seu salário? Nenhum

Pedro do Coutto

A equipe liderada por Paulo Guedes que estuda a elaboração de projeto de reforma previdenciária chegou à conclusão que as despesas para os funcionários mais ricos são 12 vezes mais do que os encargos destinados aos mais pobres. A reportagem de Marta Beck, Marcelo Correa, André de Souza e João Sorina Neto em O Globo focaliza o assunto.
Claro, é fato que há servidores cujos salários são várias vezes do que recebem menor rendimento. Não quer dizer nada. Estamos em um país em que 50% da mão de obra ativa, nela incluindo, portanto, o funcionalismo tem 50% recebendo de 1 a 3 salários mínimos.
DESCONTO MAIOR – Quanto ao fato da aposentadoria ser bem maior do que as de menor renda, explica-se na seguinte proporção. O desconto previdenciário do servidor é de 14%. Portanto, o Rio de janeiro tomado como exemplo, os que ganham mais também contribuem mais.
Veja-se outro exemplo. Uma caderneta de poupança que recebe mais depósitos, evidentemente tem que render mais do que aquela que recebeu menores quantias mensais.
O grupo de estudo está ainda pesquisando a situação dos militares. Esta pesquisa parte do princípio que as pensões e aposentadorias têm de ser condizentes com a responsabilidade atribuída às Forças Armadas.
MISÉRIA ABSOLUTA – Enquanto isso, reportagem de Daiane Costa, também na edição de ontem de O Globo, com base em pesquisa do Banco Mundial (BIRD) revela que no Brasil 54,8 milhões de pessoas vivem num nível abaixo da pobreza, sobrevivendo com 5,5 dólares por dia. Como se verifica, a extrema pobreza reúne 25% da população brasileira. Logo a escala de salários em nosso país é bastante reduzida.
Por falar em riqueza, não se pode considerar ricos aqueles que ganham, digamos, 10 mil reais mensais. São considerados classe média alta. O quadro geral brasileiro é marcado por esses índices de classificação. A riqueza é outra escala.
REGRA DE TRANSIÇÃO – Idiana Romazelli e Adrana Fernandes, em O Estado de São Paulo, revelam destaques dos estudos na área de Paulo Guedes para a reforma da Previdência. A dificuldade, no momento, é estabelecer uma regra de transição. Isso porque os admitidos a partir de 2003 estão sujeitos ao teto de 5,6 mil reais, teto também do INSS. Mas existem aqueles que têm direito a se aposentar na base do último salário. São os que têm, hoje, o tempo de serviço suficiente para se inscreverem nesse direito.

Mas também existem aqueles que são antigos mas que não atingiram as condições de aposentadoria. Para esses é necessária uma regra de transição entre um regime e outro. Nessa transição têm que ser respeitado o direito capaz de assegurar uma proporcionalidade justa decorrente das contribuições pagas ao longo do tempo.





























EXTRAÍDADETRIBUNADAINTERNET

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