Carlos Newton
O Brasil é um dos países mais importantes
do mundo, não há a menor dúvida. É o quinto em extensão territorial, o
sexto em número de habitantes e ainda está entre as maiores economias,
logo abaixo da Inglaterra. A diferença com relação a outras nações é que
o Brasil apresenta um potencial econômico inigualável, com a maior
quantidade de água doce, as mais extensas terras agricultáveis do
planeta, em condições ideais de luminosidade que permitem safras
contínuas, incomensuráveis riquezas minerais a explorar, o maior índice
mundial de biodiversidade e um parque industrial ainda respeitável, por
mais trapalhadas que sucessivos governos tenham aprontado ao adotar
políticas cambiais verdadeiramente suicidas, propiciando a progressiva
desnacionalização de vários segmentos econômicos.
Todos os países do mundo, sem exceção,
gostariam de ter o mesmo potencial econômico do Brasil, invejam nossas
riquezas, sonham em meter o bedelho na Amazônia, e não se trata de meras
teorias conspiratórias, quem quiser que se engane a esse respeito.
MILAGRE BRASILEIRO
No século passado, o Brasil chegou a ser
uma espécie de China tropical, era o país que mais tinha crescido desde a
Segunda Guerra Mundial, falava-se muito em “milagre brasileiro” durante
o regime militar, quando mantínhamos o maior índice de evolução do PIB,
suplantando até mesmo a Alemanha e o Japão, que logo depois, nos anos
90, nos deixariam para trás.
Desde Itamar Franco não temos um governo
decente, que realmente se preocupe com os interesses nacionais. Os
sucessores Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma
Rousseff foram governantes que jamais se preocuparam verdadeiramente com
o desenvolvimento socioeconômico do País. Em suas administrações, a
única coisa que verdadeiramente cresceu foi a dívida pública, que agora
ameaça nos engolir.
É incrível como esses três governantes –
FHC, Lula e Dilma – tenham se mostrado tão incapazes na gestão e tão
empenhados em possibilitar tenebrosos atos de rapinagem de recursos
públicos.
COPA DO MUNDO E OLIMPÍADA
Para termos uma ideia do fracasso do
Brasil, basta lembrar que nos últimos anos as maiores façanhas
governamentais foram os Jogos Panamericanos no Rio de Janeiro, a Copa do
Mundo no Brasil e a seguir a Olimpíada.
Já houve tempo em que sediar esse tipo de
evento era uma coisa positiva. Acontece que a Fifa cresceu tanto que
acolher uma Copa virou um problema gigantesco, com gastos absurdos e sem
retorno. além da corrupção ululante, que agora começa a ser devassada
pela Polícia Federal.
Da mesma forma, o número de esportes
olímpicos e de competições foi aumentando progressivamente, só falta
emplacar o cuspe em distância, e realizar uma Olimpíada tornou-se
um assustador desafio administrativo e financeiro.
Na época, o quarteto fantástico
Lula/Cabral/ Pezão/ Eduardo Paes festejou irresponsavelmente a escolha
do Brasil para sediar a Copa e a Olimpíada, como se fosse um grito de
independência. Não tinham a menor noção sobre os problemas que estavam
criando, não se interessaram pela derrocada da Grécia pós-Olimpíada e
pelos prejuízos sofridos por outros países-sede, jamais ouviram falar
nos estádios abandonados na África do Sul, não sabiam nada, nada.
É LAMENTÁVEL…
E agora, às vésperas da Olimpíada, merece
repulsa ver o governador Pezão afirmar que “é lamentável a poluição da
Baía de Guanabara”, onde haverá muitas disputas náuticas. Lamentável?
Atuando no governo desde 2003, quando se elegeu vice de Cabral e assumiu
a Secretaria de Obras do Estado do Rio de Janeiro, só agora Pezão
descobriu que a Baía está inteiramente poluída? Ora, vá se catar!
A gente fica triste quando vê jovens
brasileiros dizendo que sonham em viver no exterior. Mas diante de
governantes deste tipo, é compreensível que nossos filhos e netos pensem
assim. O fato incontestável é que a atual geração simplesmente
fracassou. O país do futuro, idealizado pela genialidade de Stefan
Zweig, está abastardado e abestado por políticos sem o menor preparo,
que sequer têm noção das potencialidades que esta nação ainda apresenta.
Isso é realmente lamentável.
EXTRAÍDADETRIBUNADAINTERNET





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