Via Diário do Poder e Agência Estado-
Uma das principais suspeitas recai
sobre os carros de luxo do senador, que estão em nome de empresas e não do
parlamentar. Dois dos carros luxuosos apreendidos, por exemplo, estão no nome
da empresa Água Branca Participações. Com isso, investigadores apontam que
Collor sequer pode solicitar a devolução dos veículos à Justiça, pois só os
proprietários podem fazer a solicitação, se comprovarem que têm recursos para
efetuar a compra.
Investigadores relatam ter bloqueado
um quarto carro de luxo na residência do senador, da marca Cadillac, mas
deixado o veículo à disposição do parlamentar para uso dele e da família
enquanto correm as investigações.
Com três senadores, um deputado, um
ex-deputado e um ex-ministro envolvidos nas buscas, procuradores tentaram
blindar as medidas de qualquer alegação de nulidade. Os investigadores
relatam ainda preocupação com os casos de "camuflagem" de endereços,
que foram checados mais de uma vez. Na véspera da realização da Operação,
quatro endereços precisaram ser corrigidos ou ampliados.
O presidente do Supremo Tribunal
Federal (STF) chegou a ser acordado durante a madrugada para autorizar as
alterações. Por esse que motivo que mais de um ministro autorizou as buscas e
apreensões. As primeiras autorizações foram assinadas no dia 1 de julho, pelo
ministro relator do caso, Teori Zavascki. As demais foram autorizadas pelos
ministros Celso de Mello e Ricardo Lewandowski, que assumiram o plantão da
Corte no período de recesso.
A reação de Collor e do
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que criticaram a operação, foi
vista com normalidade. Dentro da PGR, investigadores dizem já estarem cientes
que, na Lava Jato, "calmaria não vai existir". Mesmo assim,
consideram que a Politeia foi realizada sem grandes dificuldades.
A Operação, que envolveu 53 mandados
de busca e apreensão em seis Estados e no Distrito Federal, ocorreu durante
toda a terça-feira, até o final do dia. As ações tiveram início por volta das 6
da manhã e só terminaram em torno de 21h. Para operacionalizar as buscas,
procuradores viraram a noite.
A avaliação de investigadores é de que
as buscas no Recife, que envolveram o senador Fernando Bezerra (PSB-PE) e o
deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE), "deram muito trabalho e
trouxeram pouco retorno". Já outros casos foram mais bem sucedidos, como
as buscas ligadas ao senador Ciro Nogueira (PP-PI), na qual há entendimento de
que as provas já estão "mais materializadas".
EXTRAÍDADATRIBUNADAIMPRENSAONLINE





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