MUDA BRASIL - AÉCIO NEVES 45 PRESIDENTE
Autor:
Eduardo Britto* (Publicado pelo Instituto Liberal)
O presente artigo não tem a pretensão de ser
uma espécie de manual para debater com esquerdistas, até porque eu, um jovem de
23 anos, julgo não ter conhecimento suficiente para pontificar e instruir
alguém a se posicionar de determinada forma em um debate.
A lista de pontos abaixo é resultado da mera
observação e experiência de algumas discussões de uma pessoa, já acostumada com
a atmosfera intelectual universitária brasileira (se é que posso chamar de
intelectual; atmosfera de insanidade seria mais pertinente). Como é notório, o
meio acadêmico brasileiro está infectado pela ideologia marxista e suas derivações,
de modo que qualquer um que se posicione de forma minimamente contrária a seus
dogmas passa a ser alvo da patrulha esquerdista e é obrigado a adotar sempre um
postura defensiva e a fazer um doloroso esforço para apresentar seu discurso da
maneira mais moderada possível.
Esse medo de não ser rotulado como radical,
extremista, reacionário, fascista, etc., acaba por enterrar a possibilidade de
um enfrentamento intelectual firme contra a esquerda, a qual, como sabemos, não
tem nenhuma moderação em vomitar aquilo que eles chamam de ideias. Mais do que
isso, esquerdistas são mestres na arte da desonestidade intelectual e da
mentira e, portanto, se valem de falácias e artifícios dos mais variados para
desviar o foco das discussões e denegrir o interlocutor, a ponto de chegar um
momento em que somos vencidos ou pelo cansaço ou pela dificuldade de se livrar
da avalanche de calúnias e argumentos falaciosos.
Pois bem, isto posto, segue uma lista com 8
estratégias utilizadas por esquerdistas em discussões e algumas dicas de como
combatê-las:
1.
Para o esquerdista, discordar de uma afirmação é, na verdade, estar apenas
contrariado por ela. As pessoas normais, ao se depararem
com um argumento que verificam ser incorreto, manifestam sua discordância
seguida das razões para tanto. Só se pode discordar de uma assertiva quando você
tem conhecimento de alguma outra coisa que possa refutá-la. Se a pessoa não tem
conhecimento de algo que possa refutar a assertiva, ela tem quatro opções
honestas: a) é convencida por ela e toma aquilo como verdadeiro, ainda que
momentaneamente; b) não acha nada; c) apenas simpatiza com a afirmação, sem,
contudo, formar uma opinião a respeito; d) fica contrariada com o que fora
dito, sem, contudo, formar uma opinião a respeito. Os esquerdistas, quase
invariavelmente, se encaixam na quarta opção, só que parcialmente: eles demonstram
um grande desagrado ao ouvir algo que não se enquadra nos seus lugares comuns e
chavões, todavia, eles usam esses mesmos lugares comuns e chavões para tentar
refutar aquilo que os contrariou, sem nenhum fundamento ou objeção séria.
Jamais há a prudência e a honestidade em reconhecer que não sabem. Então, quando
o esquerdista diz “discordo disso”, ele quer dizer “não gosto disso”. O que se
pode fazer nesses casos é explorar a falta de conhecimento do sujeito, sempre
evitando que o mérito da questão saia de foco, de modo que a cada tentativa
desesperada de vencer, ele passe mais vergonha.
2.
Quando o esquerdista ouve algo que lhe desagrada, ele parece surpreso e
assustado, dando ares de absurdo àquilo que ele não pode refutar.
Quem, em algum debate com um porta-voz da
esquerda, nunca ouviu expressões como “estou espantado em ver que alguém possa
pensar assim”, “não acredito que em pleno século XXI ainda exista esse tipo de
mentalidade”, “tenho medo dessas ideias da direita”, e por aí vai. Ora, essa é
a estratégia mais patética que existe. O sujeito, ao se ver diante de uma
opinião que vai de ENCONTRO ao que ele pensa (se é que pensa), se mostra
escandalizado, chocado, perplexo, e ele fica tão abismado que se exime de
emitir qualquer opinião contrária. É como se a opinião do outro fosse tão
absurda e a dele tão correta que ele sequer precisasse lançar mão da sua. É
vantajoso para ele vencer dessa forma, preliminarmente, pois sabe que se tiver
que entrar em um verdadeiro embate de ideias, a probabilidade de ele ser
massacrado é muito grande. Denuncie o ardil, diga para o sujeito parar de
encenação e discutir as ideias, se ele for capaz.
3.
Menosprezar as fontes de suas informações, como se isso fosse abalar o
conteúdo do que você defende. “Nossa, sério que você está usando como fonte VEJA/Olavo
de Carvalho/Reinaldo Azevedo/Rodrigo Constantino?” Isso é muito comum. Se fosse
uma discussão com uma pessoa apenas burra, porém ao menos decente e honesta,
valeria a pena pedir-lhe que a discussão se baseasse tão somente nas ideias que
estão sendo postas no campo de debate. Mas com esquerdista dificilmente se
consegue discutir ideias. Nesse caso, o desgaste é desnecessário e sua resposta
poderia ser algo como: “Sim, minhas fontes são essas. E as suas? Carta Capital,
Emir Sader e seu professor de história? Aliás, você tem alguma fonte? Você
busca informação? Você sequer pensa?”. Expor o esquerdista ao constrangimento
de se revelar um grande ignorante é a melhor arma para esse tipo de situação.
4.
O esquerdista não diferencia fato e opinião subjetiva. Esse ponto é mais um estado
mental do esquerdista do que propriamente uma estratégia. É estratégia quando
ele usa esse artifício de modo proposital, mas o que acontece na maioria dos
casos é uma limitação, uma questão mental mesmo. Muitas vezes, apontamos fatos
concretos para demonstrar como a ideologia socialista é errada e somos
surpreendidos com respostas como “discordo do que você está falando” ou “em
minha opinião não é bem assim”. Ora, não existe estar de acordo ou não quando
estamos lidando com fatos, apenas quando falamos de opiniões subjetivas. Quando
se expõe um fato, as únicas coisas que se pode fazer é acreditar ou não
acreditar, jamais concordar ou discordar. Isso é óbvio. Mas, na cabeça do
esquerdista, a única coisa óbvia que existe é o fato de ele estar sempre certo.
Se eu digo que o socialismo falhou miseravelmente absolutamente todas as vezes
em que foi implantado, não estou dando uma opinião, estou apresentando um dado
de realidade. Não existe subjetividade ao dizer que essa ideologia deixou
milhões de mortos ao longo dos anos, aconteceu, ponto final. Deixe isso
bastante claro no debate.
5.
Fazer parecer que você o está censurando. “Eu tenho
direito de falar o que eu quiser!”. Isso acontece quando o esquerdista já está
em fase de desespero por não conseguir colocar na sua cabeça seu amontoado de
bobagens e por não ser mais capaz de lidar com seus argumentos. Assim, ele
tenta passar a impressão de que o simples fato de você não concordar e
argumentar contra ele se trata de um ato de censura às opiniões dele. As opções
são duas: simplesmente dizer o que foi explicado aqui ou afirmar que você
também tem o direito de não querer mais ouvi-lo.
6.
Insultar o interlocutor. Método clássico, muito usado por esses
membros de movimentos de defesa das minorias. Deixam de lado qualquer ideia,
qualquer argumento, para, pura e simplesmente, xingá-lo. Racista, machista,
homofóbico, fascista, nazista e palavras de baixo calão compõem o previsível
repertório. Jamais perca tempo tentando convencer quem se vale dessas agressões
verbais de que você não é nada disso. Eles já sabem. Tampouco perca a postura e
xingue de volta. Se não tiver paciência, saia da discussão dizendo que não vai
aceitar discutir coisa alguma naqueles termos. Se souber, responda com ironias
incessantes até que percam eles a paciência.
7.
Utilizar premissas verdadeiras para dar um ar de verossimilhança às suas
conclusões erradas. Essa estratégia é bastante ardilosa,
pois mistura verdade e mentira, de modo que não se consegue refutar o argumento
como um todo, sendo necessário destrinchá-lo para distinguir o que é verdadeiro
e o que é falso. Exemplo bastante simples, para fins de fácil compreensão:
“Houve muitas mortes nos países de regime socialista, mas também há muitas
mortes nos países de regime capitalista, logo, o capitalismo também é
responsável por muitas mortes”. Premissa: há mortes nos países de regime
capitalista – premissa verdadeira.
Conclusão do esquerdista: o regime capitalista
mata – conclusão completamente falsa. Só que para desconstruir esse argumento,
é preciso ter a paciência de explicar a diferença entre mortes causadas
diretamente por ação do estado contra sua própria população (caso dos regimes socialistas) e mortes causadas
por inúmeros motivos alheios à ação direta do estado – como nos regimes
capitalistas. É óbvio que há situações muito mais complexas que esta, nas quais
desconstruir a falácia demanda um esforço imenso ou o próprio interlocutor é ludibriado
pela falácia esquerdista.
8.
Acusar o interlocutor de pregar “discurso de ódio”. Para
os esquerdistas, qualquer incitação ao combate às suas ideias autoritárias é
vista como incitação à violência ou discurso de ódio. Às vezes, até mesmo um
simples posicionamento contrário ao que eles defendem é visto como algo
extremamente violento. Ocorre muito quando alguém se opõe ao autoritarismo dos
tais movimentos de minorias, como movimento negro, LGBT ou feminista. Isto é
apenas mais uma maneira de fugir do confronto intelectual honesto e posar de vítima.
Estes são os 8 pontos que mais me chamam
atenção no esquema de “argumentação” esquerdista. O mais importante é ter em
mente que, ao ficar acuado e com medo da patrulha, você já está dando uma
grande vitória à esquerda. NOTE que é fundamental entender que você deve
enfrentar um esquerdista não para tentar convencê-lo com seus argumentos, mas
sim convencer a plateia que lhe assiste e evidenciando a vigarice do seu
oponente. Jamais tenha receio de demonstrar sua superioridade intelectual e
moral.





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