Há
dias a Comissão de Direitos Humanos da Câmara, sob o diligente comando
de petistas, é claro!, foi visitar José Dirceu na Papuda. Sabem como é…
Faz-se necessário saber como vive esse varão de Plutarco, se está sendo
maltratado, essas coisas. Encontraram-no vibrando com a partida entre o
Real e o Atlético de Madrid, numa cela diferenciada, maior do que a dos
outros, que não é obrigado a dividir com ninguém. Em algum canto, conta
haver uma goteira, coisa tratada como crime de lesa- humanidade em
alguns círculos.
O
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirma em documento
enviado ao Supremo Tribunal Federal que há, sim, evidências de que os
mensaleiros recebem tratamento diferenciado na prisão: “Há indicativos
bastante claros que demandariam uma atitude imediata das autoridades”,
escreve.
Em março,
em duas reportagens, a VEJA revelou que os mensaleiros petistas gozam de
claros privilégios na cadeia. Dirceu, por exemplo, passa a maior parte
do tempo na biblioteca, área a que poucos detentos têm acesso. Lê livros
e faz, sei lá como chamar, monografias. O esforço lhe rende dias a
menos na prisão. Também a comida seria diferenciada. Os horários de
visitas não seguem as normas. Delúbio Soares, por sua vez, é o rei do
Centro de Progressão Penitenciária. Desfruta até de uma feijoada no fim
de semana, privilégio não concedido aos presos sem pedigree. Segundo os
círculos dirceuzistas, informações como essas têm origem na tal “mídia
golpista”, mancomunada com Joaquim Barbosa, o demônio. Pois é…
A gente
percebe que o padrão dos petistas dentro de uma cadeia não é diferente
daquele seguido fora dela. Não importa o lugar onde estejam os
companheiros, a sua concepção de vida e de mundo é, digamos assim,
aristocrática, distinta do reles igualitarismo republicano. Sempre que
são flagrados numa falcatrua qualquer, qual é o padrão? Eles tentam nos
convencer de que estavam empenhados numa operação de salvação do Brasil e
que os eventuais malfeitos são parte desse processo de mudança. Ou por
outra: seus crimes têm de ser vistos por uma ótica diferenciada.
Tome-se o
exemplo do mensalão: tudo seria, dizem, caixa dois de campanha, uma
imposição de um sistema com o qual não compactuariam, que teriam
herdado, o que os teria forçado, imaginem!, a seguir os hábitos e
costumes de seus adversários. Entenderam? Até mesmo quando eles admitem
se igualar aos outros nos vícios, tentam nos provar que é por
superioridade do espírito.
Ora, por que presos tão especiais seriam tratados como o resto da ralé, os simplesmente humanos, né?





0 comments:
Postar um comentário