Jornalista Andrade Junior

quinta-feira, 8 de maio de 2014

O “CÁLICE” DE ONTEM E O “CALE-SE!” DE HOJE

Aileda de Mattos Oliveira
Em 1973, dois integrantes da esquerda festiva lançavam “Cálice”, música de letra metafórica, na qual se destacava a homofonia entre as duas palavras. Visavam a conduzir a maleável juventude, contra o poder constituído e ao que chamavam de “censura da ditadura militar”.
Com essa dissimulação retórica, os jovens deixavam-se guiar pela voz monocórdia, característica da dupla de militantes que começava a projetar-se no cenário artístico, campo ativo do proselitismo político de esquerda.
Esses dois exemplares de mandriões, engajados na filosofia da cigarra da fábula, treinados nas técnicas destrutivas do manual doutrinário, amplamente difundido na sua área de atividade, tornaram-se, com outros afins, privilegiados clientes da boca do caixa, e foram inflando os bolsos com a Lei Rouanet, sócios honorários que são da Associação entre Amigos em que se transformaram os sucessivos governos civis, agremiações centralizadoras dos aliados ideológicos.
Por justiça, exclui-se da nociva politicalha malandra nacional, Itamar Franco.
O cidadão cubano-franco-‘brasileiro’, Chico, não põe a sua veia musical a serviço da crítica ao patriarca Fidel, pela mordaça coletiva que mantém no povo, refém, há cinquenta e cinco anos, nem em defesa dos compulsórios inquilinos das galerias prisionais, apesar de muitos deles já terem recebido no paredón um “cale-se!”, definitivo.
Se Raúl Castro é o novo prior da confraria diabólica, mantêm os répteis ‘brasileiros’ a fiel devoção ao mentor psicopata e até ele se arrastam, como a provedora Dilma, além de presenteá-lo com fornida bolsa-Porto Mariel, plena dos sacrificados reais dos contribuintes que sustentam o BNDES, um dos ramos beneficentes da frondosa árvore petista.
É evidente que, nessa contínua ponte aérea Brasília-Havana, há entrega de informações estratégicas sobre assuntos internos do Brasil, tornando-se eficazes as táticas de demolição do Estado brasileiro, cujo caminho vai-se aplainando até rebaixá-lo à ignominiosa condição de maior satélite comunista de todos os tempos. É o transatlântico arrastado pelo rebocador em pane.
Os Castros, ao aspergirem a saliva ácida sobre seus cortesãos, para contaminá-los com a subjugação definitiva e torná-los meros capatazes da miserável servidão em que desejam submeter o Brasil, têm olhos e garras, ambiciosos e sanguinários, nas riquezas deste território, um império, objeto de desejo de todos os piratas estrangeiros, desde antes de as caravelas chegarem.
Com o povo voltado para a matemática comunista da soma de ‘cabeças sociais’ (filhos), para mais engordar o precioso cartão da Caixa, a cúpula cubano-brasílica poderá contar com a manada de ignorantes, inarticuladas criaturas, para as quais o “cale-se!” da ‘democracia’ petista, será mera redundância.
Mas nos jornalistas reflexivos e independentes, não atrelados ao roteiro do governo arbitrário imposto aos editores dos programas jornalísticos, e exceções entre profissionais que se renderam à própria covardia, pespegaram-lhes nas costas, o carimbo de “Silêncio!”, exigido pela prima-dona guerrilheira e convicta ré confessa.
E o que dizem o cubanófilo, francófilo e escorregadio Chico e o folclórico companheiro de militância, Gil, sobre o cerceamento da liberdade de expressão imposta a profissionais que não se curvam à subordinação ideológica?
Enquanto a imprensa escrita, falada e televisual ignora o Marco Civil Regulatório que determinará o desaparecimento da liberdade dos concorrentes meios virtuais, os comunistas estarão saudando, com a sua arma habitual, o cálice da traição, o próximo “CALE-SE!” a toda imprensa brasileira. Sem metáforas.
É uma evidência que somente o dissimulado Chico, o novo gaulês da paróquia, que só vê a banda passar, não enxerga.
(*Dr.ª em Língua Portuguesa e membro da Academia Brasileira de Defesa. A opinião expressa é particular da autora).

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