Agora o Foro de São Paulo abriu mais ainda seu leque avançando para a Europa, Estados Unidos, Ásia e Oriente Médio.
Do Brasil participaram o PT, PSB, PCB, PC do B e o PPL (Partido Pátria Livre do MR-8, cujo nome imita o também terrorista paraguaio PPL, cujo braço armado é o EPP - Exército do Povo Paraguaio).
Do Brasil participaram o PT, PSB, PCB, PC do B e o PPL (Partido Pátria Livre do MR-8, cujo nome imita o também terrorista paraguaio PPL, cujo braço armado é o EPP - Exército do Povo Paraguaio).
Depois que Lula deu luz verde para que o Foro de São Paulo (FSP) pudesse ser mencionado como um fato, toda a imprensa nacional passou a falar como se fosse um tema corriqueiro, de conhecimento geral da população e absolutamente inofensivo. Durante 16 anos não se viu o mais mínimo comentário sobre a existência nefasta desta organização criminosa, esta mesmo que há poucos dias celebrou seu XVII Encontro anual e que, de repente, ocupou os noticiários de revistas e jornais brasileiros.
Entretanto,
salta aos olhos de quem estuda esta organização quase desde a sua
criação em 1990 que o modo como foi divulgado o fato demonstra
desconhecimento total - não somente do FSP como dos personagens habituées deste sub-mundo -, censura (auto ou imposta) ou conivência com o que aconteceu em Caracas entre os dias 4 e 6 de julho.
Nas reportagens feitas pela revista Veja, que mandou repórteres para cobrir o evento, leio coisas como “reuniões das esquerdas mundiais”, que o evento foi criado em 1990 pelas “lideranças brasileiras do Partido dos Trabalhadores” (e não especificamente por Lula e Fidel Castro), com o objetivo de “propor alternativas ao capitalismo”. Ora, quem estuda sabe que não foi NADA disso, mas uma tentativa de “reconquistar na América Latina o que perdeu-se no Leste Europeu”,
segundo palavras mesmas de Fidel Castro, que temia que com a queda do
muro de Berlim e o colapso da antiga União Soviética o comunismo
afundasse e acabasse de vez no mundo.
Com relação à ex-senadora Piedad Córdoba, cognominada pelas FARC de “Teodora de Bolívar”, dizem que ela “usava um lenço na cabeça”.
Se um colombiano lesse isso daria gargalhadas, pois em toda a Colômbia
ela é conhecida como “a negra do turbante” por usar há anos este
artefato em homenagem aos terroristas islâmicos com quem os terroristas
das FARC têm “negócios”.
Se
houvesse de fato uma preocupação em denunciar o FSP como o que ele é,
uma organização criminosa que abriga terroristas e comunistas do mundo
inteiro, os enviados a Caracas teriam observado e reportado com
fidedignidade o que se tramou lá, e não obviedades fúteis e tolas que
não comprometem nenhum dos seus participantes.
Correu
pela imprensa a idéia de que “este” Encontro foi feito para dar apoio a
Chávez nas eleições de 7 de outubro. Entretanto, se quem escreveu isto
estudasse os planos estratégicos do FSP saberia que isto sempre
ocorreu em tempo de eleições, sobretudo presidenciais, se o
candidato-membro do Foro estiver de algum modo ameaçado. Aconteceu em El
Salvador, na Argentina, no Paraguai, no Uruguai, na Nicarágua e agora
na Venezuela. Todavia, há algo mais do que simplesmente apoiar um
“companheiro”. A admissão apressada - e ilegal - da Venezuela no
Mercosul deveu-se principalmente para garantir que não se possa remover
Chávez do cargo, (através de um “golpe de Estado”, como eles alegam em
relação ao Paraguai), e eles dão a vitória como certa, “na lei ou na
marra”, amparando-o no Protocolo de Ushuaia II,
que identifica o Estado com a figura do presidente, defendendo-se uns
aos outros. Foi golpe sobre golpe, agora ratificado neste Encontro
ocorrido em Caracas.
Chamou
fortemente a atenção a quantidade de novos membros associados e os
países participantes, pois agora o FSP abriu mais ainda seu leque
avançando para a Europa, Estados Unidos, Ásia e Oriente Médio. Vale a
pena elencar alguns. Do Brasil participaram o PT, PSB, PCB, PC do B e o
PPL (Partido Pátria Livre do MR-8, cujo nome imita o também terrorista
paraguaio PPL, cujo braço armado é o EPP - Exército do Povo Paraguaio).
Pela Colômbia, o Polo Democratico Alternativo (PDA), o Partido Comunista
Colombiano (criador e mantenedor das FARC) e a organização “Marcha
Patriótica”, formada e mantida pelas FARC. (Esta é a maneira que as FARC
têm de agora participar legalmente do FSP sem serem molestadas). A
Espanha compareceu com o Izquierda Abertzale, o partido do ETA basco. A
Palestina veio com o Al Fatah, além das Frentes e do Partido Comunista
(PC) e todos os PC’s dos seguintes países: Chile, Espanha, China,
Alemanha, Aruba, África, Curaçao, Finlândia, Grécia, Líbano, Portugal,
Rússia, Sérvia, Turquia, Curdistão, Vietnã e Venezuela. Saudou-se ainda
os “indignados” e “ocupa” dos Estados Unidos e Europa. Mas estes são
“detalhes” sem importância alguma para os jornais e revistas brasileiros
que cobriram (nos dois sentidos) o evento.
Das resoluções ainda não houve publicação, mas da Resolução Final
vale conhecer o que estabelecem os itens 20, 21, 23, 30 (de apoio a
Lugo), 32 (que decide formar uma “comissão representativa de partidos e
movimentos do FSP para visitar a Colômbia e propor uma agenda de estudo,
contatos e apoio para uma solução pacífica ao conflito armado”), 34 que
apóia a candidatura de Xiomara Zelaya à presidência de Honduras, e o 38
afirmando que “O FSP manifesta seu compromisso, solidariedade e total apoio” à candidatura à re-eleição de Rafael Correa nas eleições presidenciais do Equador em fevereiro de 2013.
Além
de convocar as “forças progressistas” e de esquerda para respaldar a
“democracia” venezuelana, estabeleceram algumas metas a cumprir, sendo a
primeira delas um “Dia de Solidariedade Mundial com a Revolução
Bolivariana e o Comandante Hugo Chávez” no próximo 24 de julho. Promover
uma “carta de solidariedade com a Revolução Bolivariana” subscrita por
vários setores do mundo (eles são megalômanos, sem dúvida) que será
publicada em agosto, realizar um “Twittaço mundial com Chávez” através
da conta @chavezcandanga numa data do mês de agosto escolhida por ele e o
mais importante: assistir às eleições de 7 de outubro e começar, a
partir do término do Encontro até o dia das eleições, visitas aos países
e regiões onde governam porta-vozes da Revolução Bolivariana e promover
palestras acerca da “verdade” sobre a democracia venezuelana e a
“confiabilidade e fortaleza” de seu sistema eleitoral.
Chama a atenção também que não se tenha dito nada no Brasil acerca de um comunicado
que o bando comuno-terrorista colombiano ELN enviou ao FSP, pedindo um
“diálogo direto ou epistolar para falar de paz” e que nesse mesmo
período as FARC tenham intensificado seus ataques terroristas no Cauca,
culminando com a derrubada de um avião Super Tucano da Força Aérea
Colombiana na última quarta-feira, por um míssil terra-ar. Santos diz
não acreditar que as FARC tenham tal artefato bélico mas até as pedras
sabem que Chávez comprou da Rússia, entre 2006 e 2008, 472 mísseis e
mecanismos de lançamento que os Estados Unidos temiam que fossem parar
nas mãos das FARC. E elas mesmas afirmaram terem sido as autoras do
atentado e ainda assassinaram um dos sobreviventes que saltou num
para-quedas. Mas Santos as defende.
E com a aprovação da lei “Marco Legal para a Paz”, conhecida como “lei da impunidade”,
os terroristas das FARC não têm mais com o que se preocupar em sua
sanha assassina, que tem o total apoio do FSP. Não custa lembrar que em
2008 o próprio Lula advogou para que as FARC viessem a se tornar um
partido político legalizado, e essa lei vem para provar isto. Segundo um
documento elaborado pela Universidade Sergio Arboleda, as FARC voltaram
a dominar 50 novos municípios de onde já haviam sido expulsas pela
Força Pública em anos anteriores (no governo de Uribe), sendo 155
localidades afetadas pela violência terrorista. Hoje, o Cauca já é
conhecido como o “novo Caguán”, onde comunidades inteiras estão sendo
expulsas pelas FARC, que participaram legalmente do último encontro do
FSP e falavam cinicamente de “propostas de paz”.
E
no encerramento do XVIII Encontro Chávez esteve presente fazendo um
discurso enfadonho de mais de duas horas, falando bobagens, repetindo-se
e pedindo vivas a Fidel. Entretanto, de tudo isso o que ficou mais
evidente foi sua certeza de que ganhará as eleições, mesmo que seja por
meio de fraude, embora tanto ele quanto Valter Pomar tenham se
antecipado em “alertar” seus seguidores sobre a “ofensiva” que a
oposição fará para não aceitar sua vitória. No vídeo apresentado abaixo,
um resumo do longo discurso, observe-se o minuto 07:09 quando ele diz
que “ganhará as eleições por nocaute” e depois repete: “tomar por nocaute”, quer dizer, de qualquer maneira, gostem ou não, ele não largará o poder e conta com o apoio irrestrito do FSP.
Tudo isto me remeteu a um magnífico livro intitulado “O grande culpado - O plano de Stalin para iniciar a Segunda Guerra Mundial”,
do escritor russo ex-agente do extinto KGB, Viktor Suvorov, pois o
objetivo inicial do Foro de São Paulo, de salvar na América Latina o
comunismo que expirava na Europa, ficou pequeno e agora resolveu
expandir-se para o mundo inteiro. Em abril deste ano foi criada a
Secretaria Européia do Foro de São Paulo e já existe um comitê nos
Estados Unidos. Leiam o que diz Suvorov a respeito da criação da União
Soviética e depois comparem com tudo o que falei a respeito desse último
encontro. Não é coincidência; é uma reedição. E o PT é o equivalente à
Rússia.
“Em 1919, em Moscou, Lenin e Trotsky criaram a Internacional Comunista, abreviada para ‘Komintern’. Essa organização definia-se como ‘quartel-general da revolução mundial’.
O objetivo da Internacional Comunista era a criação de uma ‘República
Socialista Soviética Mundial’. Assim começou o processo de criar e
fortalecer partidos comunistas em todos os continentes. Tais partidos
constituíam braços da Internacional Comunista e a ela estavam
subordinados”.
“Supostamente,
todos os partidos comunistas do mundo, incluindo o da Rússia, eram do
mesmo nível. Todos contribuíam para o banco comunal da Internacional
Comunista. Delegados de todos os partidos comunistas do mundo
organizavam congressos, desenvolviam estratégias e táticas, e elegiam um
grupo líder comum - o Comitê Executivo da Internacional Comunista. Esse
órgão supervisionava todos os comunistas do mundo. Oficialmente, o
Partido Comunista da Rússia era o braço da Internacional Comunista, em
pé de igualdade com os demais partidos, e sujeito a aceitar as decisões
formuladas em comum”. (“O grande culpado - O plano de Stalin para iniciar a Segunda Guerra Mundial”, Viktor Suvorov, Ed. Amarilis, pg. 17).
Foto: Alexandre Schneider/Veja





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