Jornalista Andrade Junior

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Aprovação do governo entre beneficiários do auxílio emergencial sobe para 55%

 Sabrina Freire, Poder360

O governo do presidente Jair Bolsonaro é aprovado por 55% dos brasileiros que receberam ou aguardam receber o auxílio emergencial, segundo pesquisa PoderData. A aprovação teve alta de 9 pontos percentuais em relação ao último levantamento, realizado há 1 mês.

No mesmo período, a desaprovação da administração federal entre os beneficiários caiu 9 pontos percentuais. Passou de 44% para 35%.

É a 1ª vez desde setembro que o levantamento registra alta na avaliação, que vinha em queda.

A aprovação do governo Bolsonaro entre os beneficiários está 8 pontos acima da avaliação nacional, que está em 47%. O percentual de rejeição entre quem já recebeu ou ainda aguarda o coronavoucher é 11 pontos percentuais menor do que a desaprovação geral (46%).

O levantamento mostra ainda que a avaliação positiva do governo variou dentro da margem de erro entre quem tentou receber o benefício mas teve o cadastro recusado. Foi de 45% para 42% em 1 mês. A desaprovação nesse grupo, no entanto, registrou alta no período: passou de 32% para 54% –alta de 22 pontos percentuais.

Entre os que não se enquadram nas condições para receber o auxílio, a avaliação positiva do governo subiu 7 pontos percentuais. Passou de 36% para 43% em 1 mês. A desaprovação caiu de 58% para 52% –queda de 6 pontos percentuais.

A pesquisa foi realizada pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.

Os dados foram coletados de 21 a 23 de dezembro, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 470 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.

Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.

AUXÍLIO X TRABALHO DE BOLSONARO

PoderData também perguntou aos entrevistados sobre o trabalho individual do presidente. Bolsonaro é bem avaliado (“ótimo” e “bom”) por 50% dos beneficiários do auxílio emergencial. Houve alta de 10 pontos percentuais em 1 mês, quando a taxa era de 40%.

A aprovação hoje está 11 pontos percentuais acima da média nacional (39%).

A parcela de beneficiários do programa que avaliam o desempenho do presidente como “ruim” ou “péssimo” variou de 32% para 31% no mesmo período. O percentual está 11 pontos abaixo da média geral (42%).

OS BENEFICIÁRIOS

A porcentagem dos brasileiros que afirmam ter recebido pelo menos uma parcela do auxílio variou de 41% para 43%. São 43% os que não estão aptos para receber, 7% que ainda aguardam, e 10% que tiveram o cadastro recusado.

O auxílio emergencial foi criado para mitigar os efeitos da crise econômica causada pela pandemia da covid-19. Com o isolamento social, milhões de brasileiros ficaram sem trabalhar.

A intenção inicial do governo era fazer 3 pagamentos de R$ 200 cada 1 –durante a tramitação no Congresso, o valor subiu para R$ 600. Com a continuidade da pandemia no país, o benefício foi prorrogado com mais duas parcelas no mesmo valor.

Em 3 de setembro, por meio de medida provisória, o governo estendeu novamente o auxílio: mais 4 parcelas de R$ 300. O valor começou a ser pago em 18 de setembro a beneficiários do Bolsa Família e em 30 de setembro aos demais.

Em decreto, publicado em 17 de setembro, o governo estabeleceu que os beneficiários que passaram a ter vínculo empregatício, ou a receber algum benefício previdenciário ou seguro-desemprego, depois do início do recebimento não terão direito às próximas 3 parcelas.

Em 12 de novembro, o ministro Paulo Guedes (Economia) disse que haverá prorrogação do auxílio emergencial caso ocorra uma 2ª onda de covid-19 no Brasil.

“Existe possibilidade de haver uma prorrogação do auxílio emergencial? Aí vamos para o outro extremo. Se houver uma 2ª onda de pandemia, não é uma possibilidade, é uma certeza. Nós vamos ter de reagir, mas não é o plano A. Não é o que estamos pensando agora”, afirmou em evento virtual do troféu “Supermercadista Honorário” da Abras (Associação Brasileira de Supermercados).

“‘Ah, mas veio uma 2ª onda’. Ok, vamos decretar estado de calamidade de novo e vamos, de novo, recalibrando os instrumentos. […] Em vez de gastar 10% do PIB, como foi neste ano, gastamos 4% [em 2021], completou.

Até 3ª feira (22.dez.2020), o governo pagou R$ 289,1 bilhões a 67,9 milhões de pessoas por meio do programa de ajuda emergencial, segundo a última atualização dos dados divulgados pela Caixa Econômica Federal.

Um estudo (863KB) da Verde Asset avalia que R$ 188 por adulto teria sido suficiente para recompor a renda do mais vulneráveis, em vez de parcelas de R$ 600, que chegaram a R$ 1.200 em alguns casos.

O governo estima que o valor desembolsado até o fim do ano com as 9 parcelas do coronavoucher –como benefício também é chamado pela administração federal– chegue a R$ 321,8 bilhões. Os gastos extras com a pandemia elevarão a dívida pública para 96% do PIB (Produto Interno Bruto), segundo cálculos do Ministério da Economia.








PUBLICADAEMhttp://rota2014.blogspot.com/2020/12/aprovacao-do-governo-entre.html


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