Jornalista Andrade Junior

FLOR “A MAIS BONITA”

NOS JARDINS DA CIDADE.

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CATEDRAL METROPOLITANA DE BRASILIA

CATEDRAL METROPOLITANA NAS CORES VERDE E AMARELO.

NA HORA DO ALMOÇO VALE TUDO

FOTO QUE CAPTUREI DO SABIÁ QUASE PEGANDO UMA ABELHA.

PALÁCIO DO ITAMARATY

FOTO NOTURNA FEITA COM AUXILIO DE UM FILTRO ESTRELA PARA O EFEITO.

POR DO SOL JUNTO AO LAGO SUL

É SEMPRE UM SHOW O POR DO SOL ÀS MARGENS DO LAGO SUL EM BRASÍLIA.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Cresce avaliação negativa sobre o STF. Só 16% dos brasileiros ainda acham que Lewandowski, Toffoli, Gilmar, Alexandre e cia. fazem alguma coisa decente

 Jornal da Cidade

Segundo a pesquisa, a avaliação negativa dos brasileiros quanto ao STF, que classificaram seu trabalho como ‘ruim/péssimo’, cresceu para 35%, em dezembro, contra os 29% de outubro. Um aumento considerável.

A avaliação dos trabalhos da Corte como ‘regular’ baixou de 48% para 44%.

Já a porcentagem de avaliações como ‘ótimo/bom’, baixou de 20% para 16%.

Os dados foram coletados entre 21 a 23 dezembro de 2020, por meio de ligações para celulares e telefones fixos.

2.500 entrevistas foram ouvidas em 470 municípios, nas 27 unidades da Federação.

A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

Confira:























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"Aberrações legais protegem o crime e facilitam impunidade",

  por J.R. Guzzo

Um dos maiores projetos do governo do presidente Jair Bolsonaro, exposto em volume máximo durante toda a sua campanha eleitoral, era o combate ao crime – um dos piores inimigos da população brasileira nas últimas décadas, em razão da impunidade dos criminosos, da baixa eficiência do aparelho policial e judiciário e da aberta submissão da lei aos interesses dos escritórios de advocacia penal mais prósperos deste país. 

Passam dois anos e o que se tem hoje? 

Uma situação em que o poder público incentiva ainda mais a atividade criminosa no Brasil.

Não apenas não foi feito o prometido. Inventaram-se, com a cumplicidade objetiva do governo federal, novas aberrações legais para proteger o crime e deixar sem punição os criminosos. 

Uma das mais perversas foi a criação do “juiz de garantias”, pela qual todo processo penal no Brasil passa a ter dois juízes – isso mesmo, dois juízes diferentes – um para cuidar da papelada e outro para encontrar motivos que possam ser utilizados para soltar bandidos presos em flagrante.

Com a desculpa de que esse tipo de juiz existe “em outros países”, e como se o Brasil fosse um exemplo mundial em matéria de criminalidade baixa, deputados e advogados espertos enfiaram num “pacote anti-crime” apresentado pelo governo – justo aí – o contrabando desse segundo juiz. 

O presidente da República poderia vetar o texto de lei, aprovado no final de 2019. 

Não vetou. 

Também poderia vetar, e não vetou, outro presentaço para os criminosos e seus advogados: a soltura de réus que estejam presos há mais de 90 dias sem terem “condenação definitiva”. 

Em nenhum governo anterior o crime conquistou duas vitórias como essas.

Sabe-se muito bem o uso que já se fez dessa história dos 90 dias: o ministro Marco Aurélio mandou soltar um traficante de drogas milionário que teve como advogado um ex-assessor dele mesmo, Marco Aurélio. 

O homem estava condenado, em duas sentenças, a 25 anos de cadeia, e obviamente desapareceu assim que saiu do xadrez. 

Agora, um grupo de advogados que costumam cobrar honorários de milhões entrou com um habeas corpus coletivo contra a liminar do presidente do STF, Luiz Fux, que suspendeu em janeiro último a existência do “juiz de garantias”. 

É o “pacote pró-crime” do governo de novo em ação. 

É abusivo e ilegal: não cabe a apresentação de habeas corpus contra decisão do presidente do STF. 

E daí? 

A ala do tribunal que está o tempo todo ao lado da imunidade quer dar um troco no presidente Fux, que já há tempo se tornou um dos seus desafetos – e vai jogar tudo para recuperar os benefícios que o crime espera obter com o “juiz de garantias”. 

Fica aberto, tecnicamente, o caminho para que sejam soltos todos os criminosos que não passaram pelo segundo juiz 24 horas depois da sua prisão.

O “processo civilizatório” do Brasil é isso aí.

O Estado de S.Paulo





















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"O ano das máscaras: 2020",

 por Madeleine Lacsko

Quando você quer esculhambar algo de que todo mundo gosta, torne obrigatório. Não tem erro. Nesse 2020 de uma pandemia pior do que a imaginada pela ficção científica, mandaram todo mundo usar máscara. E foi justamente aí que começou a cair máscara de todo mundo, um por um e nos encaminhamos para o Ano Novo até com influencer desmascarado. Mas obviamente não tem problema cair a máscara se tiver acreditadores profissionais dispostos a fazer a defesa. Sempre tem. Somos brasileiros, acreditamos em tudo.


Em Dom Casmurro, Machado de Assis assegurava que "a mentira muitas vezes é tão involuntária como a respiração". Há que se fazer a ressalva do milionário Aristóteles Onassis, a de que "não ser descoberto numa mentira é o mesmo que dizer a verdade". Também recomendo a sabedoria de Millôr Fernandes, que recomenda: "jamais diga uma mentira que não possa provar". É apontando a mentira do outro como capaz de transformar em verdades as próprias mentiras que o brasileiro atravessou este ano.


Houve quem imaginasse que seríamos capazes de sair melhores como sociedade de toda essa tragédia. Na verdade, suspeito que as pessoas tenham dito isso na tentativa de se convencer. Para que uma tragédia coletiva tenha efeito sobre uma sociedade, é necessário reconhecer que o outro é um ser humano igual a nós. No Brasil, o outro sequer existe. A comprovação científica é a epidemia de caixas de som na praia, nas piscinas dos condomínios e o delicioso hábito de conversar ao telefone ou ouvir música no transporte público sem fones de ouvido.


Infelizmente, a privação obriga o ser humano à verdade inconveniente. As vidas inventadas que tínhamos ou admirávamos foram, pouco a pouco, se desnunando na pandemia. A solução do brasileiro poderia ser cair na real, tomar consciência do problema e buscar solução. É um esforço gigantesco para um país como o nosso, campeão mundial em arrumar desculpa para malandro. Claro que corremos atrás de desculpas capazes de fazer o mundo parecer como gostaríamos que fosse.


O brasileiro não sai das ruas desde 2013, quando R$ 0,20 foram suficientes para transbordar o copo d'água da nossa paciência. Não fôssemos acreditadores profissionais, muita coisa teria mudado. Acabamos no meio de uma pandemia com diversos representantes da "Nova Política" ou da "antipolítica" tocando a sinfonia do "farinha pouca, meu pirão primeiro".


Os lavajatistas vão ao delírio quando falam do novo presidente do STF, Luiz Fux. É o novo herói de capa que substitui a dinastia Joaquim Barbosa e Luiz Roberto Barroso. Sob a batuta do herói, o Supremo Tribunal Federal decide dizer à Fiocruz que quer furar a fila da vacina para todos os seus servidores. Não é decisão muito diferente da que deu por anos auxílio-moradia a juízes. Mas somos acreditadores profissionais. Demitiu-se o secretário de saúde do STF, ele próprio com doutorado pela Fiocruz, e o Brasil acredita que o médico teria feito o pedido à revelia do chefe que, afinal, é um herói do lavajatismo.


O Tribunal Superior Eleitoral declarou uma jihad contra Fake News, algo inevitável diante da lavada que a Justiça tomou dos esquemas organizados com a conivência das redes sociais por quase todos os grupos políticos. O fenômeno foi mundial e a reação também. A nossa acabou com o presidente do TSE, Luiz Roberto Barroso, fazendo live com Felipe Neto e lançando uma campanha contra Fake News estrelada por alguns dos mais notórios propagadores de teorias da conspiração.


"Desconfio muito dos veementes. Via de regra, o sujeito que esbraveja está a um milímetro do erro e da obtusidade", dizia Nelson Rodrigues. Mas o Brasil é acreditador profissional, confia cegamente em qualquer um que esbraveje em público. O próprio Felipe Neto, em sua fase Madre Teresa de Calcutá, resolveu virar fiscal de quarentena alheia. Arroz de festa de todas as aglomerações de famosos, acabou exposto jogando futebol quando dizia estar trancado. E não era futebol na sala não, era no campo. Pediu desculpa dizendo ser a única vez, apareceu gente dizendo que não era não. Pouco importa, haverá quem defenda.


Falando em futebol, a festa do "menino Neymar", que construiu uma concha acústica para celebrar com os amigos num ano de pandemia é também um ótimo resumo da brasilidade. "O brasileiro é um feriado", dizia Nelson Rodrigues. Haverá quem defenda o egoísmo e a insensibilidade diante das desgraças do povo que o consagrou. Haverá quem diga que é inveja apontar a falta de qualidade humana do ídolo nacional. É a queda da máscara do espírito macunaímico do brasileiro que, lá no fundo, não quer privilégio para melhorar nada, mas para poder rir enquanto os outros choram.


Neymar é obviamente o mais visado por concentrar a devoção mais preciosa da pátria de chuteiras, o ídolo do futebol. Acabou isso de dedicar gol para criancinha e não esperem o brasileiro dar uma de Cristiano Ronaldo e ceder hotéis de sua propriedade para fazer hospital. Qual é a lógica? "Farinha pouca, meu pirão primeiro". Perdi já a conta de quantas foram as festas-escândalo dos ricos e famosos na pandemia. E, verdade seja dita, bailão e pagode aqui na periferia nunca pararam e o povo posta no instagram. O ídolo sabe o público que tem.


Ainda estou em dúvida sobre o que me faz sentir mais idiota na pandemia. Tem a questão de me privar de muita coisa em nome de medidas sanitárias científicas que não são respeitadas por quem as decreta ou deveria decretar. Mas a questão de respeitar curandeirismo para não ser linchada na rua porque todo mundo acha que aquilo é verdade está superando. Hoje eu corri de máscara por isso.


"Nada mais cretino e mais cretinizante do que a paixão política. É a única paixão sem grandeza, a única que é capaz de imbecilizar o homem", dizia Nelson Rodrigues. A partir do momento em que nossas autoridades politizaram a pandemia, ficou impossível fugir da imbecilidade, mais contagiosa até que o COVID. Enquanto o país e os meios de comunicação debatem a última imbecilidade de qualquer político, não nos atualizamos sobre medidas de prevenção.


Tenho a mais firme convicção de que o brasileiro odeia médico, gosta mesmo é de curandeirismo. Eu mesma já curei cãimbra de fratura com pino colocando uma tesoura aberta embaixo da cama e enrolando o gesso numa folha de couve, simpatia que me foi ensinada pela mãe de um colega. Os sinais mais evidentes são os pobres coitados anti-máscara, o pessoal que acredita no coquetel mágico de cura do COVID e os queridos que não sabem nem calcular juro de parcela do carnê mas já sabem tudo de porcentagem de eficiência de vacina. Há, no entanto, um grupo mais sofisticado.


O grupo que viu as máscaras desabando é aquele que crê em ciência, defende ciência nas redes sociais mas, como eu, faz exercício físico usando máscara. A OMS já disse que a máscara só piora porque molha de suor, precisa é fazer exercício em lugar aberto e mantendo distância de outras pessoas. Confesso que meu medo de apanhar no parque ganhou essa. Nós, jornalistas, ainda ficamos dizendo que lavar a mão e álcool em gel são a principal forma de prevenção. Apresentamos matérias sobre aglomeração sem fazer distinção entre lugares abertos e fechados. Tudo isso tem a mesma validade científica da simpatia que eu usei no braço quebrado. Mais uma máscara que cai.


Outra máscara que caiu é a do "resgate da alta cultura", prometido por diversos políticos e influencers. Agora já está claro que foram atrás de Nelson Rodrigues para saber mais do conservador brasileiro e acharam que os livros de ficção fossem manuais. Chegamos a um ponto tal de distopia que viramos caricatura da caricatura que já éramos.


O governador de São Paulo desde o início da pandemia fez questão de se colocar como exemplo de políticas públicas, em oposição ferrenha contra o ex-aliado na presidência da República. Já estamos em um ponto que, se a pessoa não dá cloroquina para ema nem é mordida pelo próprio cachorro, achamos razoável. Foi realmente uma vitória João Doria conseguir o acordo da vacina para o Butantã. Daí, decreta quarentena de novo e vai para Miami com a mulher. A viagem durou menos que casamento da Gretchen mas fez cair a máscara. Farinha pouca, meu pirão primeiro.


Para completar a saga do paulista, o herdeiro político do mítico Mario Covas inventa de aumentar o próprio salário em 35% no ano da pandemia, logo após se reeleger. Pior que nem foi na canetada, teve auxílio dos gloriosos vereadores da maior metrópole da América do Sul. Mas não são só eles que terão aumento, o seu plano de saúde também terá, caso você ainda tenha um. E o aumento vai acumular o que foi retido este ano com mais uma sobra de 2021.


O grande injustiçado, como sempre, foi Lula. O STF deu uma decisão que aparentemente pode recontar a história entre o ex-presidente e a Lava Jato. Não precisou de meia hora para que os progressistas lançassem Lula candidato à presidência em 2022. Desde 1989 o PT só tem um candidato à presidência, que é ele. Agora saiu da cadeia, casou de novo, os filhos cresceram, fica postando videozinho cozinhando com a amada no insta. A turma não dá sossego.


Nem o próprio Lula aguenta mais essa reciclagem de jingle e criação de confusão de 4 em 4 anos. Entre os progressistas, a palavra de ordem é revival. Fizeram o revival da pochete, das cores flúor e das ombreiras pontudas. Confesso que aderi aos 3. Mas revival de campanha do Lula nem o próprio Lula aguenta mais. Ele deve, secretamente, desejar umas boas horas de Suplicy cantando a quem tem essas ideias. Deveria mandar a militância fazer curso com a tucanada sobre como deixar o cara em paz com a mulher nova. Nessa, FHC realmente levou a melhor.


Há, principalmente entre as mulheres, quem reclame do hábito de homens velhos poderosos encontrarem parceiras mais jovens. Dizem isso inclusive nos casos de viuvez, como de FHC e Lula. Avalie o que se diz pelas costas do nosso presidente Jair Bolsonaro, que está no terceiro casamento. A verdade inconveniente é que mulheres fazem coisas imperdoáveis também. Um exemplo? 40 anos.


Nunca antes na história desse país teve gente se elegendo com bandeira de família tradicional porque todos nós sabemos a quantidade de duas caras que há por aí. Invejosos reclamam que o presidente está no terceiro casamento e há quem estranhe a forma como a família passa as festas de final de ano. O marido joga futebol com uma camisa onde se lê "Cabaré" enquanto a esposa viaja com o próprio maquiador. Pura inveja dos críticos. Toda família tradicional tem dessas, né? A minha não e nem é tradicional, mas chegarei nesse nível espiritual um dia.


Não culpem o governo por problemas na família, cada um tem a sua e sabe como é difícil. Caídas as máscaras de família perfeita, a verdade é que filhos e maridos ganharam muita moral nos últimos tempos. Ao acompanhar o dia a dia dos filhos do presidente, que já nasceram com a vida ganha, a gente começa a achar que os nossos nem fazem tanta bobagem assim, são gênios até. E tem o Paulo Guedes, que é a personalidade redentora de todos os maridos que prometem consertar coisa em casa. Sabem o "ah, deixa que eu faço" e não faz nunca? Então, já aprendemos que os nossos prometem menos e nem demoram tanto.


Pelo menos uma alegria a gente tem, a vitória mundial dada pelo Consórcio Internacional Anticorrupção ao presidente Bolsonaro. Ele é a personalidade do ano de 2020 em Crime Organizado e Corrupção. O prêmio existe desde 2002 e o único latino-americano a receber o galardão havia sido Nicolás Maduro. O Brasil votou em Jânio Quadros para varrer a bandalheira, votou em Collor para caçar os marajás, votou no PT pela ética na política. Todos os nossos movimentos anticorrupção têm o mesmo sucesso, não podemos negar.


Não se preocupe. Ano que vem, se o mundo não acabar, continuarão todos aí, os políticos, influencers, altos funcionários públicos, comentaristas lacradores, picareta que grita suas certezas, ídolos do futebol, artistas pop, ricos e famosos. Todos eles têm quem os defenda publicamente. Cancelado mesmo pode ser você caso faça algo grave como lavar a calçada sem máscara ou deixar o cachorro no carro para pegar pão na padaria. Minha meta para 2021, aliás, é arrumar defensores incondicionais para qualquer presepada que eu venha a fazer.


O ano de 2020, aquele em que fomos obrigados a usar máscara, não fez cair as máscaras só entre as figuras públicas. Nas nossas casas, relações familiares, profissionais e de amizade todas as máscaras caíram. É na tempestade que conhecemos os marinheiros e tivemos tempo ruim para conhecer lados ocultos de todos eles. Seja pelas dificuldades objetivas ou pela queda de máscaras, você provavelmente descobriu dentro de si uma força que não imaginava ter.


"O ser humano é cego para os próprios defeitos. Jamais um vilão do cinema mudo proclamou-se vilão. Nem o idiota se diz idiota. Os defeitos existem dentro de nós, ativos e militantes, mas inconfessos", dizia Nelson Rodrigues. A cena pública é a soma das nossas virtudes e defeitos. Parece que não estamos tão bons assim de matemática. Que em 2021 saibamos amar mais e julgar menos para dar aos problemas reais o tratamento que merecem. Problemas precisam ser reconhecidos e resolvidos, parar de casar com eles já será um ótimo começo.


Madeleine Lacsko é jornalista desde a década de 90. Foi Consultora Internacional do Unicef Angola, diretora de comunicação da Change.org, assessora no Supremo Tribunal Federal e do presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alesp. É ativista na defesa dos direitos da criança e da mulher



















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Ex-BBB da GloboLixo Thelminha, a médica do "fique em casa", recebeu R$ 180 mil da prefeitura de São Paulo para fazer campanha (vídeo)

 Com o Jornal da Cidade


O prefeito, Bruno Covas (PSDB), pagou R$ 180 mil reais para a ex-BBB, da GloboLixo, “Thelminha” de Assis, campeã da atração global em 2020, fazer campanha nas redes sociais de combate ao vírus chinês. Com mais de 6 milhões de seguidores, a médica tentou influenciar a população a seguir as medidas de controle da doença.

Para receber o valor, bastava “Thelminha” preparar uma sequência de três stories no perfil oficial dela, uma postagem no feed do Instagram e participar de um comercial para a televisão com 30 segundos de duração. Todas as mídias foram divulgadas em YouTube, redes sociais e outros veículos de comunicação da prefeitura paulista.

A ideia era utilizar a imagem da médica, que tem milhões de seguidores em seu perfil e mora na Zona Norte da Capital, para conscientizar os moradores da cidade sobre as ações de combate à pandemia provocada pela praga chinesa.

A ex-BBB foi escolhida, dentre outras celebridades, por estar “dando um ótimo exemplo quanto ao cumprimento do isolamento social”.

Porém, a “artista” deu mesmo um “show de hipocrisia” ao ser flagrada, em vídeo caseiro, comemorando os últimos dias do ano pandêmico ao lado de amigas, aglomeradas em uma ilha paradisíaca.

Os internautas paulistas, que vêm sofrendo com consecutivos lockdowns, claro, não perdoaram o fingimento e deram início a uma série de mensagens repudiando a atitude irônica da médica.

“Gente que se vende por qualquer coisa. É o velho ditado: ‘pagando bem, que mal tem???”, concluiu um cidadão.

Confira:


CLIQUE NO LINK ABAIXO E ASSISTA

https://www.youtube.com/watch?v=8oqXC4bjK58













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"Estado oculto está por trás da possível renúncia de Vladimir Putin?",

 por Wagner Hertzog

Obviamente, esse fato surge em um momento muito estranho, visto que no início desse ano, Vladimir Putin começou a executar uma ambiciosa manobra política — que envolvia inclusive alterações na constituição — para permanecer no poder até 2036.

No mês de março, Vladimir Putin propôs ao Tribunal Constitucional a inclusão de determinadas emendas à constituição, que lhe dariam a possibilidade de permanecer no poder por meio de sucessivas reeleições. Putin — que já está com 68 anos — permaneceria no poder como o líder máximo da Federação Russa até os 84. A Duma, órgão que é parte do legislativo, referendou a alteração; o que é previsível, visto que a câmara é completamente controlada pelo Kremlin. Por essa razão, um indivíduo com plenos poderes para controlar os órgãos de estado, como Vladimir Putin, não encontraria nenhum obstáculo expressivo para as suas ambições políticas nesse sentido.

No entanto, repentinamente — contrariando completamente suas aspirações autocráticas —, Vladimir Putin declara discretamente que está com problemas de saúde, e que por essa razão renunciaria. Isso, evidentemente, desperta enormes desconfianças. O mandatário russo estaria mesmo com problemas de saúde? Ou isso tudo não passa de uma vulgar e cínica encenação? Seria um pretexto, uma desculpa para deixar o poder? Estaria sendo Vladimir Putin coagido de alguma forma para abandonar o poder político?

Com certeza, ainda é cedo para especulações. No entanto, é válido supor que isso pode ser uma astuta e agressiva manobra do Estado Oculto — atuando sob a influência globalista — para afastar mandatários políticos resolutos de suas posições de poder, com o objetivo de deflagrar a Nova Ordem Mundial. É exatamente por essa mesma razão que o Estado Oculto está fazendo o possível e o impossível para acabar com todas as possibilidades de um segundo mandato presidencial para Donald Trump, com o objetivo de colocar o sórdido democrata Joe Biden no seu lugar.

Com um democrata como Biden no poder — que irá tanto promover quanto implementar uma sórdida agenda de depravação, degradação e degeneração progressista institucionalizada, para desmantelar e subverter de maneira irreversível a ordem social vigente —, os globalistas conseguirão destroçar com mais facilidade os valores que resguardam a sociedade e a democracia americana. Depois de conquistarem a sua hegemonia nos Estados Unidos, eles sabem perfeitamente que será apenas uma questão de tempo até implementarem a sua agenda no resto do mundo.

Para os globalistas, é fundamental ter Joe Biden no poder. Implementar a Nova Ordem Mundial é muito mais difícil quando está no poder de uma nação um líder político que oferece resistência ativa aos globalistas e ao seu sórdido projeto de poder mundial — o que é o caso tanto de Donald Trump quanto de Vladimir Putin.

Putin impôs uma resistência feroz à agenda progressista na Rússia, que é ativamente censurada e combatida com vigor pelo próprio establishment. Para que uma agenda de degradação, depravação e degeneração compulsória seja efetivamente estabelecida e institucionalizada, o conservadorismo social e cultural precisa desaparecer. Como Vladimir Putin sempre foi um baluarte dos valores conservadores na Rússia, os globalistas sabem que ele precisa ser afastado do poder para a Nova Ordem Mundial triunfar.

Evidentemente, ainda é cedo para fazermos quaisquer especulações. Poucos dias depois das declarações polêmicas do mandatário russo, representantes do Kremlin afirmaram que uma suposta renúncia de Putin tem origem em rumores infundados; o dirigente russo, aparentemente, estaria bem de saúde e não cogita deixar o poder. Não obstante, não há dúvida nenhuma de que as circunstâncias tornam todos esses eventos demasiadamente suspeitos, ainda mais se levarmos em consideração as ambições que Putin resguardava, de se perpetuar no poder até a próxima década. Infelizmente, é necessário compreender que — aproveitando a crise mundial do coronavírus — a Nova Ordem Mundial nunca esteve tão perto de se consolidar; e na esfera política, são pouquíssimos os líderes políticos de relevância que oferecem resistência ativa à sua implantação.

Não obstante, a verdade é que os globalistas nunca dormem no ponto, nem jogam para perder. Eles farão tudo o que estiver ao alcance deles para derrubarem todos os seus inimigos, de tão resolutos e determinados que estão, na conquista dos seus sórdidos e maledicentes objetivos. Que, infelizmente, envolvem a busca por poder e controle absolutos, em escala global.





















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Briga no STF por reeleição no Congresso ameaça impor derrotas à Lava Jato. Saiba por quê

 Kelli Kadanus, Gazeta do Povo

A recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que barrou a possibilidade de reeleição dos presidentes da Câmara e do Senado abriu uma crise dentro da Corte que pode acabar tendo como consequência novas derrotas da Lava Jato em 2021. O julgamento da reeleição no Congresso afastou ainda mais as alas "garantista" e "lavajatista" do STF, acirrando uma disputa interna que se desenrola há anos.


Desde 2015, quando os casos da Lava Jato começaram a chegar ao STF, o tribunal só julgou cinco processos envolvendo políticos. A Corte tem pela frente, além de outras ações penais para julgar, a análise de recursos contra condenações em primeira instância da Lava Jato (como o caso do ex-presidente Lula) e de temas que interessam à operação.


Após sofrer derrotas em série na gestão do ministro Dias Toffoli no comando do STF, a Lava Jato pareceu ganhar um respiro com a posse do novo presidente do tribunal, Luiz Fux. Uma das primeiras medidas que Fux conseguiu implementar foi uma mudança regimental para levar de volta ao plenário o julgamento de políticos, que vinha acontecendo na Segunda Turma e trazendo derrotas sucessivas à operação.


Mesmo assim, a Lava Jato em Curitiba evitou comemorar a mudança. Apesar de parecer positiva em um primeiro momento, a decisão, na avaliação de integrantes do grupo, engessa a ação penal e permite pedidos de vistas intermináveis, sem prazo para retorno do julgamento.


No final de novembro, Fux afirmou que o Supremo não permitirá a "desconstrução da força-tarefa Lava Jato". 


"O Supremo Tribunal Federal não permitirá que haja a desconstrução da operação Lava Jato. Todas as ações penais e todos os inquéritos, o primeiro ato praticado por mim, não quero nenhum louvor, estou apenas dando esse esclarecimento, todas as ações penais e todos os inquéritos passarão pela responsabilidade do plenário, porque o STF tem o dever de restaurar a imagem do país a um patamar de dignidade da cidadania, de ética e de moralidade do próprio país", afirmou Fux.


Fux é aliado da Lava Jato e o suporte dele à operação ficou explícito em todos os julgamentos de que participou. Integrante da chamada ala lavajatista no Supremo, Fux ressaltou a assessores que gostaria de ver um fortalecimento da operação nos próximos anos. Entretanto, os rumos da Lava Jato no STF não dependem exclusivamente do próximo presidente da Suprema Corte.


Crise no STF pode afetar Lava Jato

Apesar de ter o presidente do STF como aliado, a crise causada pelo julgamento sobre reeleição dos presidentes da Câmara e do Senado pode impactar a Lava Jato. A avaliação da ala garantista da Corte – formada por Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Nunes Marques – é de Fux os deixou expostos à opinião pública quando votou contra a reeleição para o comando do Congresso, definindo o julgamento.


A ala garantista tinha convicção de que venceria o caso. Mas acabou não obtendo a vitória no julgamento e ainda foi amplamente criticada por ter votado pela constitucionalidade de uma reeleição que é expressamente proibida pela Constituição.


Com a derrota, a partir de agora, a ala garantista não descarta tentar impor derrotas a Fux para minar o poder do presidente do STF dentro do tribunal. Um integrante da ala garantista foi além e disse, resignado: “Não vejo futuro para a gestão Fux a partir de agora. Já que ele consultou a internet [opinião pública] para votar, que conte com a internet para resolver os problemas do STF”.


Um primeiro sinal de que os garantistas já trabalham para enfraquecer Fux foi a decisão de alguns ministros de não entrarem no recesso judiciário que começou no dia 20. Normalmente, durante as férias do STF, todos os casos urgentes são julgados individualmente pelo presidente do Supremo, que fica como "plantonista" da Corte. Sem entrarem em recesso, esses ministros evitam que casos dos quais eles são responsáveis possam ter alguma decisão liminar de Fux.


Outras táticas estão sendo estudadas para travar a gestão Fux. Uma delas é a interposição de pedidos de vista em julgamentos considerados importantes para o presidente do STF – como os relacionados à possibilidade de prisão em segunda instância, que Fux quer pautar em 2021 e que interessa à Lava Jato. Dessa forma, o plenário do STF manteria uma pauta sem maiores destaques, o que diminuiria o poder de fogo de Fux.


Temas de interesse da Lava Jato no STF

Um dos temas que pode ser alvo de análise no Supremo é o juiz de garantias, medida que foi barrada pelo próprio Fux e que tem, entre seus críticos, vários integrantes e ex-integrantes da Lava Jato. O presidente da Corte não é um entusiasta da ideia e acredita que, em plenário, ela possa ser derrubada. Criado pelo Congresso, o juiz de garantias dividiria com outro magistrado os processos decorrentes de investigações criminais. Um deles conduziria a investigação; o outro seria responsável pelo julgamento em si.


Outros temas de interesse da Lava Jato é a rediscussão sobre a extensão do foro privilegiado, que deve ser julgada em 2021. O processo em questão trata sobre o caso da rachadinha envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Fux também sinalizou que pode recolocar em julgamento outro assunto que interessa ao combate à corrupção e ao crime comum: a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância – que foi barrada pelo STF em 2019.


Entre os julgamentos diretamente relacionados à Lava Jato, o plenário do STF também vai julgar um habeas corpus de Lula que busca anular condenação no caso do tríplex do Guarujá (SP). O caso foi remetido ao plenário em novembro pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo. E precisa ser pautado por Fux.


A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pede que o juízo da 13.ª Vara Federal de Curitiba seja considerado incompetente para julgar o caso do tríplex. No HC, impetrado contra decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que negou pedido no mesmo sentido, a defesa também pede a nulidade de todos os atos decisórios praticados nos autos da ação penal em que Lula foi condenado a 8 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão e 50 dias-multa pela prática dos crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro.


Segunda Turma e os desafios da Lava Jato

Na Segunda Turma do STF, colegiado responsável por julgar recursos da Lava Jato no Supremo, a operação também pode enfrentar dificuldades. Com a aposentadoria em 2020 de Celso de Mello e a chegada de Nunes Marques para a composição da turma, a correlação de forças mudou.


Celso de Mello geralmente figurava como fiel da balança nos julgamentos relacionados à operação, ora votando a favor e ora votando contra as teses da Lava Jato. Enquanto isso, Edson Fachin (relator) e Cármen Lúcia tendem a defender a operação e Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski são críticos ferrenhos das forças-tarefas.


Nunes Marques se alinha mais com Mendes e Lewandowski. Na primeira sessão na turma, ele votou junto com os dois ministros garantistas para impor uma derrota à Lava Jato do Rio de Janeiro, com a revogação da prisão e retirada do caso do promotor aposentado Flávio Bonazza de Assis da Justiça Federal do Rio de Janeiro. Ele é acusado de receber propina de empresas de transporte do Rio.


A Segunda Turma tem pendente um julgamento sobre a suposta parcialidade do ex-juiz federal Sergio Moro para julgar Lula. Os advogados do ex-presidente querem que o colegiado reconheça que Moro foi parcial e agiu politicamente ao condenar o petista. Se esse for o entendimento da turma, o caso do tríplex pode ser anulado e a anulação pode se estender também aos outros processos de Lula na Lava Jato que foram conduzidos por Moro.


Cármen Lúcia e Fachin já votaram contra o recurso. Gilmar Mendes pediu vista e cabe a ele devolver o processo a julgamento. A tendência é que ele e Lewandowski votem a favor do pedido de Lula. A dúvida fica a cargo do voto de Nunes Marques, que vai definir o placar.


Se todos os processos contra Lula forem anulados, isso incluirá as condenações do petista na segunda instância da Lava Jato. Consequentemente, o ex-presidente deixa de ser ficha-suja e poderá concorrer ao Planalto na eleição de 2022.
















PUBLICADAEMA recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que barrou a possibilidade de reeleição dos presidentes da Câmara e do Senado abriu uma crise dentro da Corte que pode acabar tendo como consequência novas derrotas da Lava Jato em 2021. O julgamento da reeleição no Congresso afastou ainda mais as alas "garantista" e "lavajatista" do STF, acirrando uma disputa interna que se desenrola há anos.


Desde 2015, quando os casos da Lava Jato começaram a chegar ao STF, o tribunal só julgou cinco processos envolvendo políticos. A Corte tem pela frente, além de outras ações penais para julgar, a análise de recursos contra condenações em primeira instância da Lava Jato (como o caso do ex-presidente Lula) e de temas que interessam à operação.


Após sofrer derrotas em série na gestão do ministro Dias Toffoli no comando do STF, a Lava Jato pareceu ganhar um respiro com a posse do novo presidente do tribunal, Luiz Fux. Uma das primeiras medidas que Fux conseguiu implementar foi uma mudança regimental para levar de volta ao plenário o julgamento de políticos, que vinha acontecendo na Segunda Turma e trazendo derrotas sucessivas à operação.


Mesmo assim, a Lava Jato em Curitiba evitou comemorar a mudança. Apesar de parecer positiva em um primeiro momento, a decisão, na avaliação de integrantes do grupo, engessa a ação penal e permite pedidos de vistas intermináveis, sem prazo para retorno do julgamento.


No final de novembro, Fux afirmou que o Supremo não permitirá a "desconstrução da força-tarefa Lava Jato". 


"O Supremo Tribunal Federal não permitirá que haja a desconstrução da operação Lava Jato. Todas as ações penais e todos os inquéritos, o primeiro ato praticado por mim, não quero nenhum louvor, estou apenas dando esse esclarecimento, todas as ações penais e todos os inquéritos passarão pela responsabilidade do plenário, porque o STF tem o dever de restaurar a imagem do país a um patamar de dignidade da cidadania, de ética e de moralidade do próprio país", afirmou Fux.


Fux é aliado da Lava Jato e o suporte dele à operação ficou explícito em todos os julgamentos de que participou. Integrante da chamada ala lavajatista no Supremo, Fux ressaltou a assessores que gostaria de ver um fortalecimento da operação nos próximos anos. Entretanto, os rumos da Lava Jato no STF não dependem exclusivamente do próximo presidente da Suprema Corte.


Crise no STF pode afetar Lava Jato

Apesar de ter o presidente do STF como aliado, a crise causada pelo julgamento sobre reeleição dos presidentes da Câmara e do Senado pode impactar a Lava Jato. A avaliação da ala garantista da Corte – formada por Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Nunes Marques – é de Fux os deixou expostos à opinião pública quando votou contra a reeleição para o comando do Congresso, definindo o julgamento.


A ala garantista tinha convicção de que venceria o caso. Mas acabou não obtendo a vitória no julgamento e ainda foi amplamente criticada por ter votado pela constitucionalidade de uma reeleição que é expressamente proibida pela Constituição.


Com a derrota, a partir de agora, a ala garantista não descarta tentar impor derrotas a Fux para minar o poder do presidente do STF dentro do tribunal. Um integrante da ala garantista foi além e disse, resignado: “Não vejo futuro para a gestão Fux a partir de agora. Já que ele consultou a internet [opinião pública] para votar, que conte com a internet para resolver os problemas do STF”.


Um primeiro sinal de que os garantistas já trabalham para enfraquecer Fux foi a decisão de alguns ministros de não entrarem no recesso judiciário que começou no dia 20. Normalmente, durante as férias do STF, todos os casos urgentes são julgados individualmente pelo presidente do Supremo, que fica como "plantonista" da Corte. Sem entrarem em recesso, esses ministros evitam que casos dos quais eles são responsáveis possam ter alguma decisão liminar de Fux.


Outras táticas estão sendo estudadas para travar a gestão Fux. Uma delas é a interposição de pedidos de vista em julgamentos considerados importantes para o presidente do STF – como os relacionados à possibilidade de prisão em segunda instância, que Fux quer pautar em 2021 e que interessa à Lava Jato. Dessa forma, o plenário do STF manteria uma pauta sem maiores destaques, o que diminuiria o poder de fogo de Fux.


Temas de interesse da Lava Jato no STF

Um dos temas que pode ser alvo de análise no Supremo é o juiz de garantias, medida que foi barrada pelo próprio Fux e que tem, entre seus críticos, vários integrantes e ex-integrantes da Lava Jato. O presidente da Corte não é um entusiasta da ideia e acredita que, em plenário, ela possa ser derrubada. Criado pelo Congresso, o juiz de garantias dividiria com outro magistrado os processos decorrentes de investigações criminais. Um deles conduziria a investigação; o outro seria responsável pelo julgamento em si.


Outros temas de interesse da Lava Jato é a rediscussão sobre a extensão do foro privilegiado, que deve ser julgada em 2021. O processo em questão trata sobre o caso da rachadinha envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Fux também sinalizou que pode recolocar em julgamento outro assunto que interessa ao combate à corrupção e ao crime comum: a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância – que foi barrada pelo STF em 2019.


Entre os julgamentos diretamente relacionados à Lava Jato, o plenário do STF também vai julgar um habeas corpus de Lula que busca anular condenação no caso do tríplex do Guarujá (SP). O caso foi remetido ao plenário em novembro pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo. E precisa ser pautado por Fux.


A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pede que o juízo da 13.ª Vara Federal de Curitiba seja considerado incompetente para julgar o caso do tríplex. No HC, impetrado contra decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que negou pedido no mesmo sentido, a defesa também pede a nulidade de todos os atos decisórios praticados nos autos da ação penal em que Lula foi condenado a 8 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão e 50 dias-multa pela prática dos crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro.


Segunda Turma e os desafios da Lava Jato

Na Segunda Turma do STF, colegiado responsável por julgar recursos da Lava Jato no Supremo, a operação também pode enfrentar dificuldades. Com a aposentadoria em 2020 de Celso de Mello e a chegada de Nunes Marques para a composição da turma, a correlação de forças mudou.


Celso de Mello geralmente figurava como fiel da balança nos julgamentos relacionados à operação, ora votando a favor e ora votando contra as teses da Lava Jato. Enquanto isso, Edson Fachin (relator) e Cármen Lúcia tendem a defender a operação e Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski são críticos ferrenhos das forças-tarefas.


Nunes Marques se alinha mais com Mendes e Lewandowski. Na primeira sessão na turma, ele votou junto com os dois ministros garantistas para impor uma derrota à Lava Jato do Rio de Janeiro, com a revogação da prisão e retirada do caso do promotor aposentado Flávio Bonazza de Assis da Justiça Federal do Rio de Janeiro. Ele é acusado de receber propina de empresas de transporte do Rio.


A Segunda Turma tem pendente um julgamento sobre a suposta parcialidade do ex-juiz federal Sergio Moro para julgar Lula. Os advogados do ex-presidente querem que o colegiado reconheça que Moro foi parcial e agiu politicamente ao condenar o petista. Se esse for o entendimento da turma, o caso do tríplex pode ser anulado e a anulação pode se estender também aos outros processos de Lula na Lava Jato que foram conduzidos por Moro.


Cármen Lúcia e Fachin já votaram contra o recurso. Gilmar Mendes pediu vista e cabe a ele devolver o processo a julgamento. A tendência é que ele e Lewandowski votem a favor do pedido de Lula. A dúvida fica a cargo do voto de Nunes Marques, que vai definir o placar.


Se todos os processos contra Lula forem anulados, isso incluirá as condenações do petista na segunda instância da Lava Jato. Consequentemente, o ex-presidente deixa de ser ficha-suja e poderá concorrer ao Planalto na eleição de 2022.


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