Jornalista Andrade Junior

FLOR “A MAIS BONITA”

NOS JARDINS DA CIDADE.

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CATEDRAL METROPOLITANA DE BRASILIA

CATEDRAL METROPOLITANA NAS CORES VERDE E AMARELO.

NA HORA DO ALMOÇO VALE TUDO

FOTO QUE CAPTUREI DO SABIÁ QUASE PEGANDO UMA ABELHA.

PALÁCIO DO ITAMARATY

FOTO NOTURNA FEITA COM AUXILIO DE UM FILTRO ESTRELA PARA O EFEITO.

POR DO SOL JUNTO AO LAGO SUL

É SEMPRE UM SHOW O POR DO SOL ÀS MARGENS DO LAGO SUL EM BRASÍLIA.

segunda-feira, 30 de abril de 2018

Controlar o purgatório? -

ROBERTO DAMATTA O Globo
A noção de um lugar intermediário, marcado por intensidades e definido por pertencer simultaneamente a dois hemisférios — céu e inferno, culpa e inocência, casa e rua, pessoalidade e impessoalidade — manifesta uma óbvia visão relacional. Um ponto de vista no qual o elo (o meio ou a ponte) é mais saliente do que regras e indivíduos. Não há nenhum sistema social sem relações, mas não é em todo lugar que elas são valor e ética, como no caso brasileiro.

Da beatitude celestial ninguém sai — tal como acontecia com as arcaicas garantias legais dos senhores sobre seus escravos ou a das generosas aposentadorias dos funcionários do Estado que, sendo seus filhos, passavam seus cargos para seus descendentes. Da punição que o grande Dante etnografou descrevendo em detalhe os castigos do inferno, ninguém igualmente sai exceto, talvez, no maravilhoso dia do Juízo Final, quando os vivos e os mortos vão se reunir e, quem sabe, a misericórdia de Nosso Senhor Jesus Cristo vai redimir este vale de lágrimas no qual estamos encerrados.

A grande novidade do purgatório, como só um erudito francês — Jacques LeGoff — foi capaz de aquilatar, introduz no cosmos cristão a intensidade ambígua de um brasileirismo. Com o purgatório, legitima-se o “mais ou menos”; reacende-se o elo entre os puros e os pecadores, que se comunicam e têm a oportunidade de adiar, anular ou diminuir suas penas graças às instâncias, recursos e demandas dos seus parentes, amigos, companheiros e advogados terrenos.

Lutero mudou o curso da religiosidade ocidental no seu protesto contra todo tipo de meio-termo, sobretudo das indulgências como um comércio. Este vosso cronista tem vergonha de um sistema judiciário no qual o larápio da coisa pública é diferenciado do bandido comum e colocado no purgatório legal dos que cometem crimes especiais, eufemisticamente chamados de “colarinho-branco” — delitos obviamente superiores —, e livram-se da cadeia por meio de embargos, protelações e recursos, essas indulgências brasileiríssimas vigentes no grande purgatório que é o sistema jurídico nacional. Na Europa do século XVI, elas acenderam a Reforma; no Brasil do século XXI, elas podem ou não confirmar a impunidade dos poderosos ou a grande transformação igualitária desejada pela maioria.
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Seria um delírio do cronista sugerir que no mundo global o “mais ou menos” do purgatório existe a seu modo no Brasil?

Este Brasil republicano que não deixou de ser imperial nas práticas políticas e nos estilos de manter privilégios e empenhos — uma sobrevivência aristocrática num sistema destinado a ser meritocrático, competitivo e impessoal.

A grande tarefa do Supremo Tribunal Federal é a de conjugar e balizar o que vem da sociedade e o que está consagrado na Lei Maior. O bom senso é contrariado quando se tenta mudar jurisprudência sobre a prisão após julgamento em segunda instância e quando se passa por cima Lei da Ficha Limpa, uma norma popular e inovadora. Teria o STF a índole de ser contra esses marcos da experiência democrática brasileira?

Penso que é imprudente ficar tanto ao lado das hermenêuticas atadas à lei vigente quanto a ouvir as demandas da sociedade convulsionada e revoltada precisamente pelos privilégios e conchavos facilitada por um sistema legal ultrapassado. Nem tanto ao céu nem tanto ao inferno e nem tanto ao brasileiríssimo purgatório. Não se fica contra Lei Maior, mas a quem serve a Constituição, senão à sociedade brasileira? Ouvir a sociedade não é abandonar a Constituição.

A grande demanda é acabar com a transformação da política numa atividade compadresco-partidária, desonesta e alérgica ao republicanismo que exige a igualdade meritocrática e eficiente na distribuição de recursos públicos. Não se trata de acabar a política pelo legalismo. A questão é não deixar que o legalismo jurídico afeito ao purgatório acabe com a política!

PS: A Academia Brasileira de Letras fica mais rica com Joaquim Falcão. A sociedade e essa mesma ABL ficam mais pobres com a morte do Nelson Pereira dos Santos — um cineasta que muito contribuiu para libertar o Brasil de seus preconceitos.















































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Delação de Renato Duque será reforçada com provas materiais da corrupção

Robson BoninO Globo
Na proposta de acordo com o juiz Sérgio Moro, o engenheiro Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, reúne documentos, extratos bancários, planilhas, fotografias dele com investigados. Ele cita valores e descreve em detalhes como foi acertada a divisão de propinas milionárias que abasteceram os cofres do PT e os bolsos de dirigentes petistas.
Um dos episódios mais relevantes de sua proposta trata justamente da partilha de propinas envolvendo Lula, o PT e a Odebrecht na Sete Brasil. Segundo Duque, em 2010, com o discurso de que era preciso reativar a indústria naval e gerar empregos no país, a empresa foi criada para subcontratar empreiteiras do esquema da Petrobras.
PROPINA AO PT – A exemplo do que já ocorria na estatal, essas empreiteiras pagariam propina ao PT de 1% sobre os contratos bilionários de sondas, um negócio de R$ 200 milhões partilhado entre o PT, Lula, Palocci e Dirceu. Duque testemunhou todos esses acertos.
— Vaccari me informou que iria para José Dirceu e para Lula, sendo que a parte do Lula seria gerenciada pelo Palocci — disse Duque a Moro.
Em depoimento ao juiz Sergio Moro em maio do ano passado, Renato Duque fez uma série de acusações contra o ex-presidente Lula. O operador petista na Petrobras disse que Lula sabia da corrupção na estatal, operava em favor das empreiteiras e arbitrava a divisão da propina.
LULA ERA ATUANTE – Lula, segundo Duque, mantinha uma agenda de encontros sigilosos nos quais cobrava pessoalmente a liberação de dinheiro para as empreiteiras. O ex-diretor afirmou ter mantido três encontros secretos com Lula para tratar de assuntos relacionados ao esquema. Ele acusou Lula de ser o verdadeiro chefe da organização criminosa que saqueou a Petrobras:
— Nessas três vezes, ficou claro, muito claro para mim, que ele tinha pleno conhecimento de tudo e detinha o comando — disse Duque a Moro.
Por meio de nota, os advogados do ex-presidente Lula afirmaram que “os fatos mais recentes indicam uma desesperada tentativa de fabricar versões para prejudicar o cumprimento da decisão do STF que afastou a competência da Justiça Federal de Curitiba para julgar esses temas”.
PALOCCI OPERAVA – Além de Lula, Duque acusou o ex-ministro Antonio Palocci de ser o operador de Lula e o único autorizado a falar em nome dele sobre os negócios na Petrobras. Além de afirmar que Lula recebia propinas do esquema, Duque disse ter escutado do ex-tesoureiro João Vaccari Neto que Palocci administrava a parte de Lula nas propinas da Sete Brasil.
Segundo Duque, Lula era chamado por dois apelidos entre os operadores do esquema: “Nine” e “Chefe”. Quando não falavam diretamente o apelido de Lula, os integrantes do esquema gesticulavam com as mãos perto do rosto para simular uma barba.
DILMA PARTICIPAVA – Sobre a ex-presidente Dilma Rousseff, Renato Duque se dispõe a detalhar episódios que mostrariam a ex-presidente em franca atuação no esquema. Duque contaria, por exemplo, que, em meados de 2012, durante o primeiro mandato de Dilma, ele decidiu deixar a Diretoria de Serviços da Petrobras.
Na ocasião, foi chamado ao Palácio do Planalto para ter uma conversa com Dilma. No gabinete presidencial, Duque disse ter ouvido de Dilma um pedido para que ficasse porque ele “seria o arrecadador” da campanha petista nos próximos anos.

A assessoria de Dilma informou que só vai se manifestar quando iver acesso aos depoimentos. Procurados, os advogados de Renato Duque informaram que não comentariam o assunto.




































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PENTE-FINO

MIRANDA SÁ
“Corrupção há em todo lado, na Europa, EUA, Ásia, etc.; mas no Brasil corrupção virou cultura política” (Luis A R Branco)
Espantado ao ler no Jornal Destak uma matéria sob o título “Pente-fino no INSS acha até grávida há dez anos”, resolvi dar uma pesquisada no subsolo para sociedade brasileira o reflexo da corrupção desenfreada dos andares de cima.

As investigações feitas na Previdência desde 2016 sobre concessões irregulares e mesmo criminosas, vem apresentando resultados incríveis. Desde então foram convocados 1,5 milhão de pessoas esquecidas pela perícia médica que avalia os auxílios Doença, Invalidez e Prestação Continuada.

É de pasmar os casos que são encontrados. Além de gestantes que receberam o benefício por hipertensão estendido por anos, cegos renovando carteira de habilitação, beneficiário de auxílio-doença desde 2008 que diz ter neoplasia maligna dos brônquios e pulmões e que trabalha como personal trainer e participa de maratonas…

Defrontou-se com a situação de um homem de 49 anos, que se aposentou por invalidez aos 40 anos por causa de dermatite, e casos de materialização de espíritos, segundo o ministro Alberto Beltrame, com 17 mil mortos recebendo o BPC.

Desde o início da Operação Pente Fino, realizou-se 481.283 perícias. Foram mais de 213.873 auxílios-doença que somadas a outras fraudes, foram cancelados 310.515 benefícios gerando uma economia de R$ 7,6 bilhões aos cofres públicos.

Pequenos corruptos e grandes prejuízos ao País nos levam aos grandes corruptos e gigantescos assaltos aos cofres públicos com perdas de valores astronômicos para o contribuinte. Este filme começa com a delação do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, iniciando a nacionalmente aplaudida Operação Lava Jato.

A empresa-ícone do povo brasileiro quase foi à falência pela desmedida corrupção que o complexo PT-governo-Empreiteiras implantou. O sistema de propinas foi oficializado, como se viu na contabilidade de várias empresas, e no recebimento de doações a partidos através de “caixa dois”.

Isto, porém, não é nada comparado ao escândalo dos empréstimos do BNDES para financiar obras no exterior com juros inferiores ao mercado de crédito. De acordo com delatores estes financiamentos renderam 3% de propinas, e calcula-se que somaram R$ 50 bilhões. Façam as contas para ver a gatunagem praticada.

Não custa lembrar que o BNDES financiou US$ 682 milhões para o Porto de Mariel, em Cuba; na Venezuela, US$ 637,89 milhões para a implantação de um estaleiro de construção e manutenção de reparos de embarcações e US$ 527,84 milhões para a construção da linha II do metro de Los Teques.

Ainda para a ditadura de Chávez e Maduro, usando o FAT, consumiu-se US$ 865,42 milhões para a Usina Siderúrgica Nacional. Na República Dominicana foram contratados US$ 656 milhões para a construção de uma central termelétrica.

Destinados ao governo narcopopulista de Cristina K, na Argentina, o banco de fomento destinou US$ 636,88 milhões para expansão da capacidade de transporte de gás natural, além de US$ 293,86 milhões para o sistema de distribuição de água de Paraná de Las palmas.

Além do perdão de dívidas dado a “ditadores amigos” na África, aponta-se Angola recebendo uma formidável quantia (que não consegui apurar) e Moçambique, que obteve US$ 320 milhões para construção de uma barragem.

Para isto, estimulamos o pente-fino que o MP está fazendo pedindo a cooperação internacional de 36 países, alguns deles conhecidos paraísos fiscais. Isto já rendeu R$ 5 bilhões e com a perspectiva de muito mais.


Vê-se que Lula sendo preso por causa de um tríplex está saindo barato para ele…




























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Em busca de um cadáver. Ou de mais de um - A quem interessa aprofundar a divisão política do país entre nós e eles?

Com Blog do Noblat, Veja
Fácil de responder: aos extremos do espectro político que apostam no quanto pior, melhor. A um lado, para mascarar as dificuldades que enfrenta depois de ter perdido o poder. Ao outro, para tentar chegar ao poder uma vez que lhe faltam votos para tanto. Aos dois interessam o acirramento de ânimos, os atentados à bala, e um cadáver ou mais.
Bom dia, delirantes de todas as cores, assassinos frustrados que dispararam contra ônibus da caravana do PT no Rio Grande do Sul, criminosos que aos gritos de “Bolsonaro” feriram duas pessoas no acampamento de Curitiba. Bom dia, Lula, e uma parte dos seus defensores que incitam ao ódio enquanto fingem defender a democracia.
Os tiros falam por seus autores ainda anônimos. Pelos outros, fala gente conhecida com acesso à mídia que diz tanto abominar. Do tipo:
+ “Para prender o Lula, vai ter que prender muita gente, mas, mais do que isso, vai ter que matar gente. Aí, vai ter que matar”. (Gleisi Hoffman, senadora e presidente do PT);
+ “Ao saírem daqui, cada um de vocês cuspa naquela faixa”. (João Pedro Stédile, líder do MST, sobre uma faixa onde estava escrito: “Moro, juiz imoral, porco imperialista”);
+ “Vivemos em um estado de exceção. Prenderam o Lula e agora querem assassinar os que o apoiam. Não passarão!”. (Jandira Feghali, deputada do PC do B do Rio, depois de culpar “a Globo, os seguidores do Bolsonaro e o governo golpista pelo clima de intolerância e ódio instaurado no país”);
+ “Chega de esquerda frouxa. Temos que nos preparar para um período de enfrentamento. Temos que aprender com os erros. Precisamos de outra esquerda, mais preparada para o enfrentamento”. (Lindbergh Farias, senador do PT do Rio);
+ “O regime de exceção é o ovo da serpente. É parido pelos golpes, alimentado com tiros em acampamento pacífico e cresce com o arbítrio da condenação e prisão em solitária de pessoa inocente, Lula”. (Dilma Rousseff, ex-presidente da República);
+ “A responsabilidade por essa violência é do Bolsonaro, que propaga ódio, da Rede Globo e também de Carmen Lúcia, que permite que Moro pratique uma justiça facciosa como tem praticado”. (Paulo Teixeira, deputado do PT de São Paulo).
De dentro da cadeia, sem falar do que disse nos últimos anos a respeito da Justiça e dos seus desafetos, Lula voltou a atacar no último fim de semana o juiz Sérgio Moro, a quem culpa por suas desgraças – desta vez para acusá-lo de não cumprir a decisão do Supremo Tribunal Federal de desconsiderar trechos da delação dos executivos da Odebrecht.
“Que país é esse em que uma instância inferior desacata a superior, em que um juiz de primeira instância desacata os ministros da suprema corte?” – provocou Lula, mentindo. Moro não desatacou ordem alguma do Supremo. Aguarda que seja publicado o acórdão com a decisão para cumpri-la de imediato. É só o que lhe cabe fazer.
O que pretendeu Lula com a mentira? Mais uma vez desgastar a imagem de Moro junto aos que desconhecem os ritos judiciais, e fazer-se de vítima outra vez. Logo ele, que tanto preza a Justiça em todas as suas instâncias… Já tentou comprar votos de ministros do Supremo para livrar a cara dos mensaleiros do PT. Já chamou o Supremo de “corte acovardada”.
Porta-vozes de Lula dizem que uma epidemia de ódio se alastra pelo país no embalo da Lava Jato e dos seus aliados na mídia. E perguntam por que a sociedade não se manifesta contra isso. Talvez não se manifeste porque discorda do anunciado. Talvez porque entenda que é preferível manifestar-se nas eleições de outubro próximo.
O fenômeno da intolerância e da divisão política não é coisa nossa. O mundo está assim. Entre 27 países recém-pesquisados pelo Instituto Ipsos, o Brasil é o sétimo no ranking de intolerância, empatado com os Estados Unidos, a Polônia e a Espanha. A Sérvia, o primeiro. A Argentina, o segundo. Aqui, 84% das pessoas veem o país dividido.
“É um momento de falta de segurança sobre os caminhos políticos a serem seguidos, é um momento em que modelos antigos se provam ineficazes e que a transição, principalmente em função de globalização e aumento de tecnologia, proporciona novos caminhos que a gente não conhece”, explica Marcos Calliari, presidente do Instituto Ipsos.
Só 10% dos brasileiros entrevistados admitiram sua confiança nos noutros. Só 29% acham que somos tolerantes com pessoas de culturas ou de pontos de vista diferentes. Alimentar o ódio com palavras e atos é apostar na tragédia anunciada. Não é vida que segue.



















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"Peripécias na Segundona",

por Fernando Gabeira O Globo
Na semana passada, escrevi sobre um núcleo de resistência no STF. Afirmei que era algo atravessado no caminho do futuro. Estava preparando um artigo sobre um tema mais concreto, quando ele aprontou de novo. A Segunda Turma do STF decidiu tirar das mãos de Moro delações da Odebrecht e mandá-las para a Justiça de São Paulo, onde as espera um gigantesco engarrafamento. Tudo para proteger Lula.

Uma simples trinca de cartas na Segunda: Lewandowski, Toffoli e Gilmar Mendes. Gilmar se aliou ao PT que quer soltar os seus. Ele parece querer salvar todo o sistema político falido. Mencionei esta aliança no artigo anterior. Logo em seguida circulou um vídeo na internet no qual um deputado do PT afirmava: Gilmar é nosso aliado.

Li que o próprio Gilmar falou que o PT tendia a fazer do seu gabinete um pátio dos milagres. Se isso for verdadeiro, Gilmar é mais que um aliado para o PT: é um santo, desses que ainda não são reconhecidos pela Igreja, mas fazem milagres.

Na Zona da Mata de Minas, quando jovem, conheci dois casos de santos que curavam feridas e faziam andar: Padre Antônio, em Urucânia, e Lola, em Rio Pomba.

A última sessão da Segundona foi um pequeno milagre que aumenta as esperanças dos crentes na vitória maior contra a Lava-Jato.

Assim como escrevi, essas ações desesperadas aumentam a irritação popular, aumentam as responsabilidades de quem busca uma solução sem grandes conflitos. Em São Paulo, um promotor perdeu a cabeça e bateu duramente nos ministros, chamando-os de bandidos togados.

Creio que fui um pouco pessimista quando perguntei: o que podemos fazer contra eles? Agora, vejo com um olhar de esperança. Creio que é possível confiar que o Ministério Público e a Lava-Jato produzam um recurso e levem o caso ao plenário do Supremo. A própria correlação de forças na Segunda Turma, com dois votos contrários, indica que a trinca será derrotada no plenário.

Mas, de escaramuça em escaramuça, ela reduz, pela confusão que instala, o ritmo dos processos. E também o ritmo da minha atenção: tantas coisas para tratar no Brasil real.

Durante a semana em que faziam sua guerrilha processual, visitei algumas vezes a Cracolândia, em São Paulo. Parece-me um problema tão complexo. Saí de lá desejando que os dois grandes partidos de São Paulo encontrassem pontos consensuais para achar a saída. O grande obstáculo são as visões ideológicas. Mas uma boa razão para atenuá-las é o próprio drama cotidiano dos moradores que são obrigados a ver um cenário de horror das suas janelas.

Ao sair de lá, no final da reportagem, usuários de crack invadiram e vandalizaram os prédios populares que eram uma vitrine do governo. Mais uma razão para a busca do consenso. Tudo indica que o crime organizado é um grande ator.

Na verdade, iria escrever sobre isso num outro contexto: o da urgência de realizar as coisas. De como no Brasil é necessário um espaço de consenso, algo que permita como nos lançar com firmeza numa solução prática. Foi enfatizando as diferenças que viemos brigando desde a redemocratização para chegar à ruína do sistema político.

É preciso recomeçar, não ignorando as diferenças, ou ingenuamente supondo que essas discussões iradas vão terminar. Talvez seja coisa da idade, mas essa pressa nas soluções pede que se valorizem também as convergências. Não temos tempo a perder. As soluções foram empurradas, já estão no embargo do embargo. E seremos culpados de tornar o Brasil um país ingovernável.









































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José Dirceu pede que petistas reajam aos ataques que sofrerem em Curitiba

Deu na Folha
Condenado a 30 anos, nove meses e 11 dias de prisão, o ex-ministro José Dirceu pregou autodefesa ao comentar, na manhã deste sábado (28), os ataques à bala ao acampamento de apoiadores do ex-presidente.  Em mensagens a petistas, o ex-ministro disse que os militantes devem se preparar para esta nova fase e, ao menos, se dedicar à autodefesa.
​“Vamos apanhar nas ruas de novo, nossa bandeira rasgada e nossos militantes agredidos? Vamos à luta, responder à altura. Sem violência, mas na luta e combate”, escreveu, a propósito do ataque, em que duas pessoas ficaram feridas após tiros contra o acampamento de apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Curitiba, na madrugada deste sábado (28).
TIRO DE RASPÃO – Um dos feridos é Jeferson Lima de Menezes, 38, que levou um tiro de raspão no pescoço e está internado no Hospital do Trabalhador. Segundo a Secretaria de Saúde do Paraná, ele está consciente. Ele faz parte do sindicato dos motoboys do ABC paulista e atuava como segurança do acampamento no momento do ataque. Os disparos acertaram também um banheiro químico, provocando estilhaços que feriram Márcia Koakoski, 42, sem gravidade. Ela recebeu atendimento médico e foi liberada.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Paraná, as primeiras informações são de que uma pessoa a pé efetuou os disparos. No local, foram recolhidas cápsulas de pistola 9 mm. Os acampados dizem que o ataque ocorreu por volta de 4h da madrugada. Em protesto nesta manhã, os militantes fecharam a av. Mascarenha de Morais, no bairro Santa Cândida, mas a via já foi liberada.
INVESTIGAÇÃO – Um inquérito foi aberto para investigar o caso. Ainda segundo a secretaria, peritos da Polícia Científica do Paraná, policiais militares e da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, estiveram no local.
Em reunião entre o presidente do PT do Paraná, Dr. Rosinha, e o diretor-geral da secretaria, o delegado responsável pelo DHPP e o delegado-geral da Polícia Civil, ficou acertado que o policiamento no acampamento será permanente.
Também foi acordado que a investigação sobre o caso será a mais rápida possível e que haverá segurança reforçada para o ato de Primeiro de Maio.
Nesta tarde, policiais começaram a ouvir testemunhas do ataque, incluindo Márcia Koakoski, a segunda vítima.
CÂMARAS DE SEGURANÇA – Segundo Dr. Rosinha, a polícia irá analisar câmeras de segurança do entorno do acampamento e investigará carros que ameaçam o local. “Tem carros que são os mesmos que passam e a mesma agressividade. É repetitivo. Dois, três dias seguidos, o mesmo carro”, disse.
Ele afirmou ainda que não há a possibilidade de mudar o acampamento ou desfazê-lo. “A possibilidade de acabar o acampamento é a liberdade do Lula. Lula livre, acaba o acampamento e a vigília.”

Segundo Regina Cruz, presidente da CUT no Paraná e coordenadora do acampamento, a segurança também será reforçada com câmeras.
































extraídadetribunadainternet

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