Jornalista Andrade Junior

FLOR “A MAIS BONITA”

NOS JARDINS DA CIDADE.

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CATEDRAL METROPOLITANA DE BRASILIA

CATEDRAL METROPOLITANA NAS CORES VERDE E AMARELO.

NA HORA DO ALMOÇO VALE TUDO

FOTO QUE CAPTUREI DO SABIÁ QUASE PEGANDO UMA ABELHA.

PALÁCIO DO ITAMARATY

FOTO NOTURNA FEITA COM AUXILIO DE UM FILTRO ESTRELA PARA O EFEITO.

POR DO SOL JUNTO AO LAGO SUL

É SEMPRE UM SHOW O POR DO SOL ÀS MARGENS DO LAGO SUL EM BRASÍLIA.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

"Indenizar presidiário é dar as costas para a sociedade"

 Folha de São Paulo Ronaldo Caiado:
O Estado, sem dúvida, é o grande vilão da crise brasileira. Mais que isso, é a própria crise. O descrédito que a sociedade, em seu conjunto, devota hoje aos três Poderes, dificultando (quando não impedindo) a governabilidade, deriva, em síntese, de um sistemático descumprimento contratual. O Estado não cumpre o seu papel.

O contribuinte arca com uma das mais altas taxas tributárias do planeta e tem como retorno (quando tem) serviços que muito raramente merecem tal qualificativo. Trata-se, pois, de um calote à cidadania. Os setores essenciais —saúde, segurança e educação— estão claramente degradados.

Basta ir a um hospital público, qualquer um, para ver pacientes agonizando e morrendo nos corredores. Faltam médicos, enfermeiros, equipamentos básicos, condições sanitárias mínimas.

A segurança pública mostrou há poucos dias em que estágio está. Uma greve da PM no Espírito Santo produziu, em quatro dias, 161 mortos. Os índices anuais de homicídio ultrapassam 60 mil.

O contrabando de armas tornou-se um dos mais prósperos negócios, facilitado pelas imensas fronteiras porosas, que favorecem a ação do crime organizado. Em decorrência, o país deixou há muito de ser apenas corredor de exportação de drogas para tornar-se o segundo consumidor mundial de cocaína e o primeiro de crack.

O Estado, nos termos da Constituição, é o responsável pela ineficácia de tais serviços, que são de sua alçada exclusiva. A degradação é geral, mas, para espanto da sociedade, a Justiça decidiu enquadrá-lo não em relação a quem o sustenta —o cidadão-contribuinte—, mas exatamente em relação a quem contribui para tornar esse ambiente ainda mais irrespirável: o bandido.

Refiro-me à recente decisão do STF de obrigar o Estado de Mato Grosso do Sul a indenizar um presidiário, que pediu reparação pecuniária por danos morais em decorrência do tratamento degradante que recebeu no cumprimento da pena.

Trata-se de alguém que cometeu crime de latrocínio —assalto seguido de morte. O STF entendeu que o Estado, ao não garantir a integridade do preso, descumpriu a Constituição. De fato, mas o que se pergunta é: e os demais descumprimentos?

O cidadão assassinado por aquele presidiário, assim como milhares de outros, tinha também direito à segurança, que o Estado não lhe proveu. Sua família será indenizada?

E ainda: ao dar repercussão geral a essa decisão, o STF abre as portas para que toda a população carcerária do país, que vive nas mesmas condições —cerca de 700 mil presos—, requeira o mesmo direito.

Num cálculo aproximado, a despesa, mantido aquele valor, que pode ser aumentada de acordo com o critério de cada juiz, seria em torno de R$ 1,4 bilhão. No Amazonas, a Justiça mandou indenizar em R$ 60 mil as famílias dos mortos em confronto entre facções criminosas dentro do presídio.

Além dos danos ao teto dos gastos públicos, a decisão não vai sequer à raiz do problema: a degradação do sistema penitenciário em seu conjunto. Ataca-se mais uma vez o sintoma e mantêm-se as causas da enfermidade.

O que temos aí? Um Estado em moratória moral, que, de costas para a sociedade que o provê, decide priorizar os que contra ela atuam. Um Estado inconstitucional, alheio aos fundamentos com que é definido pela Carta Magna do país —e não apenas por atos pontuais, como esses, senão pelo conjunto da obra.

O que se deduz de tudo isso é que a reforma do Estado é a grande e inadiável urgência. Em seu perfil atual, não há planos econômicos, por mais engenhosos, que o regenerem. É preciso refundar o Estado brasileiro —ou será cada vez mais ingovernável.


















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"Politizando o Supremo"

Demétrio Magnoli:Folha de São Paulo
"Politização" e "partidarização" do STF. As acusações, originárias especialmente do PT e de sua área de influência, deram o tom da resistência à indicação de Alexandre de Moraes. Afora as calúnias habituais veiculadas pela pistolagem petista nos porões da internet, a crítica faz sentido. Mas quem começou foi o próprio PT, com Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.

O que é "politização"? Nas democracias, cortes constitucionais sempre fazem política, no sentido amplo. (Nas ditaduras, também o fazem, mas seguindo ordens do ditador). Ao longo do século 20, a Suprema Corte dos EUA oscilou entre decisões que conferiram constitucionalidade às leis estaduais de discriminação racial e sentenças que baniram, em definitivo, a legislação racista. A Constituição permaneceu a mesma; os tempos mudaram –e, com eles, os valores dominantes.

A lei está incrustada no domínio plástico da política, não no mármore da eternidade. A indicação presidencial de ministros do STF e sua aprovação pelo Senado configuram uma politização virtuosa. O resultado é uma corte suprema que reflete os valores majoritários expressos nas urnas durante um lapso temporal relativamente longo –ou seja, o "espírito da época".

Na Bolívia, em contraste, os magistrados são eleitos diretamente pelo povo, o que viola o princípio da independência dos tribunais, reduzindo o Judiciário à condição de caixa de ressonância do governo de turno.

No STF, do decano Celso de Mello, indicado por Sarney em 1989, a Edson Fachin, indicado por Dilma em 2015, passando por Marco Aurélio (Collor, 1990), Gilmar Mendes (FHC, 2002) e por outros quatro ministros indicados nos governos lulopetistas, funcionou a regra da "politização democrática". Mesmo os casos extremos de Roberto Barroso e Fachin, porta-bandeiras do neoconstitucionalismo radical, uma corrente ideológica que almeja transferir o poder de legislar para juízes iluminados, inscrevem-se na regra do jogo.

Mas o jogo democrático é envenenado quando a "politização" alarga-se até abranger a tentativa de captura partidária do STF. Lewandowski, um lulista fiel desde os tempos de São Bernardo, e Toffoli, jovem advogado da CUT e do PT, foram guindados ao STF entre 2006 e 2009, no contexto do processo do mensalão.

Lula não os indicou em nome de valores políticos de fundo, mas das funções úteis que poderiam cumprir em defesa dos réus detentores da prerrogativa de foro. 

Toffoli pagou sua "dívida de sangue" na revisão da sentença original do mensalão e, em seguida, declarou independência. Lewandowski seguiu impávido na sua missão partidária, até atingir um ápice, fatiando a Constituição para preservar os direitos políticos de Dilma.

Temer imita Lula. Alexandre de Moraes está para Alckmin e o núcleo do PMDB como Lewandowski está para o lulismo –e seus votos, nos julgamentos da Lava Jato, padecerão de justificada suspeição de origem. Mas o problema de fundo não se encontra na ausência de escrúpulos de presidentes que alçam fieis partidários ao STF, pois isso sempre pode existir.

A crise tem raízes na conjunção temporal das devassas judiciais da corrupção nos altos círculos da República com a extensão exorbitante da prerrogativa de foro. Se a sorte da fina flor da elite política está nas mãos dos magistrados do Supremo, só a virtú dos presidentes separa a Corte da captura político-partidária. Mas virtú, como se sabe, não é mercadoria abundante na nossa república bananeira.

A solução, tão simples quanto improvável, é restringir radicalmente a quantidade de detentores de prerrogativa de foro, um privilégio hoje concedido aos amigos do rei e, tipicamente, até aos amigos dos amigos (ôps!). O corte do foro privilegiado não serviria, como asseveram demagogos em fúria santa, para prender um número maior de corruptos, mas para salvar o STF da politização viciosa.





















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Para analistas, sem reforma, rombo da Previdência explode

 O Estado de São Paulo
Diante do rombo de R$ 316,5 bilhões na Previdência da União e e dos Estados no ano passado, economistas preveem um cenário ainda mais crítico para a economia caso a reforma previdenciária não passe no Congresso. Alta de impostos, novo rebaixamento do rating e desvalorização do real, afetando a inflação, são algumas das consequências citadas caso a proposta não seja aprovada.
O déficit previdenciário da União e dos Estados cresceu 44% em 2016 em relação ao ano anterior, de acordo com dados compilados pelo Ministério do Planejamento e obtidos pelo Estado. Gustavo Loyola, ex-presidente do Banco Central e sócio da Tendências Consultoria Integrada, avalia que o problema é estrutural e que a solução “é justamente a reforma”. “Esse problema só vai se agravar e, caso a reforma não seja feita, as contas da Previdência vão explodir. Então, ou os aposentados vão ficar sem receber, como estamos vendo no Rio, ou o País terá de aumentar impostos, onerando ainda mais a população e dificultando o desenvolvimento da economia.”
O relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Previdência na Câmara dos Deputados, Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), considera “criminosa” a tentativa dos opositores à reforma de dizer que não há déficit nos regimes de aposentadoria no Brasil. Desde o início das discussões, deputados da oposição e até mesmo alguns governistas têm questionado a existência do déficit, acusando o governo de maquiar dados e “fazer terrorismo” para passar uma proposta que prejudica os trabalhadores.
“Estão cometendo uma atitude criminosa dizendo que não tem déficit na Previdência Social”, afirma Maia. A comissão especial que analisa o texto já prevê uma audiência pública apenas para discutir se há ou não déficit.
Os analistas também destacam que as mudanças na aposentadoria são essenciais para permitir que as contas públicas voltem para um patamar mais equilibrado. “Sem Previdência, realmente não tem perspectiva de ajuste, não tem perspectiva de estabilização da relação dívida/PIB”, ressalta o economista-chefe do Itaú, Mário Mesquita. No cenário do banco, apesar do intenso debate no Congresso, a reforma deve ser aprovada até o segundo trimestre e com poucas modificações.
Os benefícios previdenciários e os gastos com pessoal inativo representam mais da metade de todos os gastos primários do governo central, de acordo com relatório recente do Credit Suisse. Diante disso, o economista-chefe do banco, Nilson Teixeira, avalia que os gastos previdenciários aumentarão nos próximos anos, mesmo com a reforma. Assim, para que o governo consiga que o teto de gastos seja efetivo, seriam necessários cortes em outras despesas públicas.
Rating. Duas das principais agências de rating – Moody’s e S&P – observam que o aval do Congresso às mudanças da Previdência seria um condicionante para a retirada da perspectiva negativa da nota do Brasil. “Após a aprovação da reforma, o Brasil terá uma posição mais favorável para rating e perspectiva”, afirma a vice-presidente e analista sênior para o Brasil da Moody’s, Samar Maziad.
Já para diretora de rating soberano da Standard & Poor’s, Lisa Schineller, a reforma é relevante porque vai complementar os objetivos estabelecidos pelo teto de gastos. Ela ressalta que será preciso avaliar se a proposta da reforma da Previdência não será muito alterada por legisladores a ponto de perder sua força. “A aprovação do teto de gastos foi na direção correta, mas foi um passo inicial. A reforma da Previdência é relevante porque vai complementar os objetivos estabelecidos pelo teto de gastos.” /THAÍS BARCELLOS, ALTAMIRO SILVA JUNIOR, RICARDO LEOPOLDO, ADRIANA FERNANDES e IDIANA TOMAZELLI














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Farra com dinheiro do povo - Pelo menos R$ 77 milhões foram autorizados pela Lei Rouanet para festas de carnaval

Contas Abertas
É tempo de festa e alegria também nos projetos culturais apresentados para isenção fiscal. Pesquisa da Contas Abertas nos projetos aprovados pela Lei Rouanet mostra que pelo menos 67 iniciativas relacionadas às festividades de carnaval foram autorizadas pelo Ministério da Cultura. Os projetos abrangem quase todo o país e somam o volume total de R$ 77,5 milhões para festas de carnaval.
O maior valor autorizado para captação de recursos foi para a produção e realização do desfile da Unidos da Tijuca, escola do grupo especial do Rio de Janeiro, neste ano. Foi autorizada a isenção de R$ 5,8 milhões para escola. O enredo de 2017, “Música na alma, inspiração de uma nação”, contará uma história de ficção livremente inspirada no encontro entre Pixinguinha e Louis Armstrong, acontecido em 27 de novembro de 1957, no Palácio Laranjeiras, no Rio de Janeiro – quando o então presidente Juscelino Kubitschek convidou diversos músicos e artistas para um almoço com o jazzman norte-americano que se apresentava no país.
Outros R$ 5,7 milhões foram aprovados pelo Ministério da Cultura para a agremiação recreativa Escola de Samba Beija Flor. De acordo com a descrição do projeto, a escola é uma das matrizes do carnaval carioca e tem sua identidade formada em torno da história e seus personagens do samba.
Com enredo denominado “A Virgem dos Lábios de Mel – Iracema”, o projeto carnavalesco inspirado na obra que descreve o encontro entre o português Martin Soares Moreno, e a Virgem dos Lábios de Mel, a índia da tribo Tabajara, de nome Iracema, tem o Ceará como palco principal, e como cenário, a natureza exuberante deste lugar paradisíaco, de verdes matas, onde cantam jandaias nas frontes de carnaúba.
Na ponta contrária estão projetos com menor volume de recursos autorizados. A Oficina de percussão de escola de samba para apresentação no Carnaval 2017 de Palhoça, em Santa Catarina, por exemplo, teve autorização para captar R$ 134 mil. A oficina visava atender preferencialmente pessoas de baixa renda na formação, qualificação e aprendizado de instrumentos e percussão.
Já a 5ª Edição do Carnaval de Santa Rosa de Lima 2017, em Sergipe, teve R$ 156,7 mil aprovados para captação. Trata-se de recursos a serem utilizados para carnaval de rua já tradicional. De acordo com a descrição, a intenção do projeto de incentivo fiscal é aumentar os recursos destinados ao evento, que sempre conta com pouco dinheiro para ser realizado.
A aprovação do Ministério não significa que o projeto será patrocinado. É apenas o aval para que o artista busque o incentivo junto a empresas, que têm em troca abatimento de impostos correspondente ao valor investido no projeto. Dessa forma, apenas 11 projetos foram efetivamente apoiados no montante de R$ 4,7 milhões.
O projeto que mais captou recursos junto às empresas foi o da escola de Mancha Verde, de São Paulo. Foram captados R$ 1,3 milhão, praticamente 100% do valor autorizado para o projeto. O “incentivo” foi realizado pela Crefisa - Crédito, Financiamento e Investimentos, que patrocina o time do Palmeiras. O enredo será “Zé do Brasil, um Nome e Muitas Histórias”.
A produção e realização do carnaval de 2017 da Estação Primeira de Mangueira, na Avenida Marquês de Sapucaí no Sambódromo do Rio de Janeiro, pelo Grupo Especial, por sua vez, captou mais de R$ 1 milhão. Ao todo, R$ 2,4 milhões foram autorizados para isenção pela Lei Rouanet.
A Lei Rouanet foi criada em 1991, durante o governo Fernando Collor. A legislação permite a captação de recursos para projetos culturais por meio de incentivos fiscais para as empresas e pessoas físicas. A Lei Rouanet permite, por exemplo, que uma empresa privada direcione parte do dinheiro que iria gastar com impostos para financiar propostas aprovadas pelo Ministério da Cultura.
Diversos Estados têm leis assemelhadas com a mesma finalidade.
Corrupção
Segundo as investigações da Polícia Federal, um grupo criminoso atuou por quase 20 anos no Ministério da Cultura e conseguiu aprovação de R$ 170 milhões em projetos. O desvio ocorria por meio de diversas fraudes, como superfaturamento, apresentação de notas fiscais relativas a serviços/produtos fictícios, projetos duplicados e contrapartidas ilícitas realizadas às incentivadoras.
A Polícia Federal concluiu que diversos projetos de teatro itinerante voltados para crianças e adolescentes carentes deixaram de ser executados, assim como livros deixaram de ser doados a escolas e bibliotecas públicas.
De acordo com as investigações, os suspeitos usaram o dinheiro público para fazer shows com artistas famosos em festas privadas para grandes empresas, livros institucionais e até a festa de casamento de um dos investigados na Praia de Jurerê Internacional, em Florianópolis, Santa Catarina.
Aprimoramento
A Controladoria-Geral da União, encaminhou ao Ministério da Cultura (Minc) relatório em que recomenda diversas medidas corretivas relativas à execução da Lei Rouanet. O relatório é resultado de ações de acompanhamento da execução de projetos apoiados com recursos de renúncia de receitas da União, conforme previsto pela Lei Rouanet.
O relatório traz fatos apurados pelo MTFC a partir de exames documentais, entrevistas, inspeções físicas, mapeamento dos procedimentos internos e cruzamento de bancos de dados corporativos governamentais. O trabalho aponta a necessidade de aperfeiçoamento dos controles internos do MinC e revisão das normas legais, de forma a gerar maior eficácia nos projetos financiados.
O MTFC recomendou, por exemplo, o aprimoramento do Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura (Salic), que disponibiliza informações sobre os projetos inscritos na Lei Rouanet. Apesar de disponibilizar dados a todos os cidadãos pela internet, a ferramenta ainda não dispõe dos controles adequados para gestão dos projetos, com informações insuficientes sobre movimentações financeiras e prestação de contas dos proponentes.

Recesso de Carnaval do Congresso pode custar mais de R$ 300 milhões. Quando retornarem, políticos e STF tentarão barrar Lava Jato

 Contas Abertas
Quem vai viajar no carnaval sabe que os custos para sair de casa nesse período não são baixos. Também não é baixo o valor empregado para que os parlamentares possam “curtir a folia”. Conforme levantamento da Contas Abertas, os custos com o feriadão de carnaval podem atingir mais de R$ 300 milhões.
O Congresso Nacional custa diariamente R$ 27,8 milhões para os cofres públicos. O montante representa cerca de R$ 1,2 milhão em despesas por hora para a realização das atividades.
Se considerarmos que as Casas vão ficar praticamente paradas entre sexta-feira passada (24) e a próxima segunda (6), 11 dias, o custo do recesso de carnaval é de R$ 305,8 milhões. Se for contabilizado somente o período de sexta (24) a quarta-feira de cinzas (1), o custo do recesso de Carnaval seria de R$ 166,8 milhões.
Cabe ressaltar que para o trabalhador comum o recesso dura apenas de sábado até o meio-dia da quarta-feira de cinzas, caso não trabalhe com assuntos relativos às festividades ou até mesmo não tenha como emendar a segunda-feira, já que o feriado mesmo é na terça-feira.
O valor pode ser ainda maior, já que muitos deputados e senadores anteciparam o feriado de Carnaval e deixaram Brasília na quarta-feira (22), dia que costuma ser o mais movimentado da semana. No meio da tarde, os corredores e os plenários da Câmara e do Senado já estavam praticamente desertos.
Na manhã da quarta-feira, os senadores aprovaram a indicação de Alexandre de Moraes para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). No fim da tarde, somente 4 dos 81 senadores estavam em plenário. Na Câmara, a única comissão que funcionou foi a da Reforma da Previdência, que realizou uma audiência pública acompanhada por alguns deputados.
De acordo com o portal G1, o líder do PSDB na Câmara, Ricardo Trípoli (SP), e o da minoria, José Guimarães (PT-CE), estavam entre os que retornaram aos seus estados nesta quarta. Sobre o fato de a Câmara ficar parada vários dias, Guimarães disse que o calendário de votações dependia do presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ). “Ele fechou esse calendário com o aval dos líderes partidários”, explicou.
No período sem atividades do Carnaval, a direção do Senado vai aproveitar para fazer uma pequena reforma no plenário da Casa – reparos no forro e em poltronas. Após a folga de Carnaval, os senadores vão votar o projeto que cria uma nova etapa do programa de repatriação de recursos mantidos ilegalmente no exterior. Na Câmara, ainda não há previsão de pauta.
A assessoria do Senado Federal se limitou a dizer ao Contas Abertas que hoje (27) e a quarta-feira de cinzas (1) são pontos facultativos para os parlamentares e servidores da Casa. Apenas a terça-feira de carnaval é considerada efetivamente feriado. A Câmara dos Deputados ressaltou que os funcionários devem voltar ao trabalho após o meio-dia da quarta-feira de cinzas, mas essa é a agenda institucional e não política.
Orçamento do Congresso
O orçamento total do Congresso Nacional é de R$ 10,2 bilhões em 2017. A maior autorização é para a Câmara dos Deputados. Além de 513 deputados, a Casa possui funcionários efetivos e comissionados trabalhando todos os dias. No total, estão previstos R$ 5,9 bilhões para o ano que vem. Dessa forma, R$ 4,7 bilhões, o que representa 80,6% do orçamento, será destinado ao pagamento de pessoal e encargos sociais.
Os recursos são pagos por meio da grupo de natureza da despesa (GND) 1 que inclui a despesa com o pagamento pelo efetivo serviço exercido de cargo, emprego ou função no setor público, quer civil ou militar, ativo ou inativo, bem como as obrigações de responsabilidade do empregador.
Já as “outras despesas correntes” somarão o total de R$ 1 bilhão. Nesse grupo se computam os gastos com a manutenção das atividades dos órgãos, cujos exemplos mais típicos são: material de consumo, material de distribuição gratuita, passagens e despesas de locomoção, serviços de terceiros, locação de mão de obra, arrendamento mercantil, auxílio alimentação etc.
Os recursos que tratam de obras e da compra de equipamentos, denominados investimentos, deverão somar R$ 130,3 milhões na Câmara.
Senado custará R$ 4,3 bilhões
O Senado Federal tem orçamento um pouco mais modesto. A previsão orçamentária é que Casa custe R$ 4,3 bilhões aos cofres públicos em 2017. A maior parcela dos dispêndios também deve ir para o gastos com pessoal e encargos sociais: 85% do total, o equivalente a R$ 3,6 bilhões. As outras despesas correntes devem consumir R$ 608,3 milhões. Já nos investimentos o total será de R$ 30,1 milhões.




















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"Parte do Ministério do presidente Temer é quase um espanto",

por João Domingos O Estado de São Paulo
Se de um lado o governo tem até conseguido boas notícias na economia – e num tempo relativamente curto, dado o caos em que Dilma Rousseff deixou o País –, de outro é de se perguntar como é que, com os problemas que tem em sua equipe de auxiliares, o presidente Michel Temer tenha conseguido dar alguns passos à frente, não uma monumental marcha a ré.
Porque parte do Ministério é quase um espanto. 
Pra começar, com seis meses de governo (três na interinidade e três já efetivo) Temer perdeu seis ministros, três deles apor causa da Lava Jato e três por brigas entre si. Depois, saíram mais dois: Alexandre de Moraes para ocupar uma cadeira no STF e José Serra, por questões de saúde. A se julgar pelo andar do caixa 2, Eliseu Padilha não volta depois da licença que pediu.
A solução encontrada por Temer para montar o ministério tem seu lado peculiar. Dyogo Oliveira, que substituiu Romero Jucá, o primeiro a cair, pode bater o recorde de interinidade, pois até hoje não foi efetivado no Planejamento; já o deputado alagoano Marx Beltrão, que entrou no lugar de Henrique Alves, investigado pela Lava Jato, também é investigado no STF, só que por falsidade ideológica. Não se sabe até quando se sustentará no cargo. Segundo Temer, quem virar réu está fora.
Um pouco antes do início do julgamento de Dilma Rousseff pelo Senado e ainda antes de assumir interinamente, Temer começou a planejar sua equipe de ministros. A ideia é que fosse formada por “notáveis”. Uma semana antes do afastamento de Dilma, no entanto, Temer desistiu de seu ministério fora do comum e cedeu ao pragmatismo, segundo o qual o apoio e os votos no Congresso dependem do espaço dado a cada partido aliado. 
No presidencialismo de coalizão, em que um governo só se sustenta se garantir uma gigantesca base de apoio no Congresso, é compreensível que o presidente escolha a equipe que mais lhe render votos. Esse é o jogo. 
Temer, no entanto, quebrou algumas regras. Por exemplo: Pernambuco, que tem 25 deputados, recebeu quatro ministérios (Cidades, Defesa, Educação e Minas e Energia), sem contar que Roberto Freire, da Cultura, é pernambucano, embora seu colégio eleitoral hoje seja São Paulo. Alagoas, que tem oito deputados, ficou com dois ministérios (Transportes e Turismo). Minas Gerais, que tem 53 deputados, não emplacou nenhum.
É claro que a conta do toma lá, dá cá, não fechou. Desde então, o PMDB de Minas, que tem seis deputados, pressiona Temer por um ministério. Chegou até a pensar que levaria o da Justiça. Não levou. Temer nomeou para a pasta o deputado Osmar Serraglio, do Paraná. Os mineiros se revoltaram. Ameaçam o governo com a arma que têm, o voto. Talvez a reforma da Previdência pague o pato.
Se já era difícil entender o PMDB quando o partido não estava na Presidência da República, agora que chegou lá é que a coisa ficou complicada mesmo. O ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral) criou uma impressionante celeuma ao dizer que o PMDB não fechará questão a favor da reforma da Previdência. 
Deixemos de lado as suspeitas que pesam sobre Moreira na Lava Jato e o status de ministro que ele ganhou. Fiquemos no PMDB. Ora, Moreira preside a Fundação Ulysses Guimarães e é um importante quadro dirigente da legenda. Ao dizer que no partido cada um fará o que quiser, a impressão que fica é que Moreira está sabotando o governo de Temer. Assim como todos os partidos que integram a força política que está no poder, o PMDB também depende da aprovação das reformas para sobreviver em 2018. Deixar cada um votar como quiser na proposta que pode garantir o futuro do partido é uma imprudência.












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Roberto Freire: "Não poderíamos ouvir uma afronta calados"

Débora Bergamasco e Celso Masson - IstoE

"A Quaresma de Janot",

 por Vera Magalhães O Estadio de São Paulo
Como diria a canção, todo carnaval tem seu fim. Este ano, junto com a Quaresma, começa a contagem regressiva pela nova “lista do Janot”.
O procurador-geral da República e sua equipe trabalham diuturnamente na preparação dos inquéritos, denúncias e arquivamentos que serão pedidos, provavelmente em vários blocos, contra políticos a partir da megadelação premiada de 77 executivos, funcionários e ex-diretores da Odebrecht.
Como na primeira leva de inquéritos apresentada por Rodrigo Janot contra autoridades com foro privilegiado, em 2015, novamente os procuradores agrupam os depoimentos dos delatores ligados à empreiteira em fatos.
Cada fato deve corresponder a um pedido de procedimento, com vários políticos juntos, no Supremo Tribunal Federal. Assim, o mesmo político poderá ser alvo de mais de um pedido.
Janot acredita que, ao agir dessa maneira, facilita o “caminho probatório” dos delitos narrados. Assim, cada fato será corroborado pela colaboração de apenas um ou de vários delatores.
O método de trabalho obriga a uma logística insana. Os depoimentos foram colocados num software que permite fazer buscas e cruzamentos por assuntos, nomes de políticos citados, delatores, datas etc.
Nas exaustivas reuniões para fechar o pacote de pedidos ao STF, não é raro um procurador se lembrar que esse fato narrado já aparecera em alguma delação anterior às da Odebrecht, o que obriga a novas pausas, outros cruzamentos e mais horas de trabalho. Os envolvidos na “operação Quaresma” de Janot garantem que logo após a Quarta-Feira de Cinzas devem começar a pipocar as providências do procurador-geral.
Uma das primeiras será pedir o levantamento do sigilo de uma fatia grande das delações da Odebrecht. Apenas aqueles depoimentos cuja publicidade pode levar à obstrução das investigações permanecerão em segredo.
Diferentemente de 2015, quando não denunciou ninguém de imediato, Janot deverá fazê-lo agora, pois o “arcabouço probatório” – com mais dois anos de investigações e os documentos fornecidos pelos delatores da Odebrecht – é muito mais sólido que o da primeira lista.
Da mesma forma, os procuradores devem propor o arquivamento de fatos imputados a políticos descritos como inconsistentes, laterais ou impossíveis de comprovar.
O rol de personagens citados pelos delatores da Odebrecht supera em muito a centena. Figuram ali, além de autoridades com foro, ex-prefeitos, ex-deputados, ex-governadores etc.
A nova lista do Janot, aqueles que serão objeto de alguma providência por parte do procurador-geral, será um pouco menor. Muitos nomes serão encaminhados para as instâncias inferiores sem ter a situação analisada pelo grupo de trabalho da PGR.
Há, no entanto, políticos que não têm mais foro no Supremo, mas serão incluídos pelo procurador nos procedimentos que pedirá na corte. Poderá ser o caso, por exemplo, dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, citados na delação de Marcelo Odebrecht.
Janot ainda estuda se pedirá a abertura de novos procedimentos contra eles ou se recomendará que as novas revelações sejam juntadas a processos já em curso – expediente, aliás, que será largamente usado no intrincado “Lego” que o Ministério Público monta a partir da mãe de todas as delações.












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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Lava Jato quer ‘tralhas’ surrupiadas por Lula no Palácio do Planalto

 Com Estadão Conteúdo
A força-tarefa da Operação Lava Jato, no Paraná, pediu ao juiz federal Sérgio Moro que autorize a Secretaria de Administração do Planalto a incorporar uma parte das “tralhas” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao patrimônio da Presidência da República.
Os bens estavam no cofre-forte de uma agência do Banco do Brasil, em São Paulo, segundo a Operação Aletheia – que levou o ex-presidente para depor de forma coercitiva no dia 4 de março de 2016.
Na ocasião, a Polícia Federal achou moedas, espadas, adagas, canetas, condecorações e outros objetos de valor que estavam armazenados no cofre do BB desde 2011, sem custo, segundo informou o gerente da agência.
Lula afirma ter recebido o que ele classificou como “tralhas” de presente quando exerceu os dois mandatos (2003/2010). Segundo a Procuradoria da República, os objetos estavam em nome de Fábio Luis Lula da Silva, filho do ex-presidente, e da ex-primeira dama Marisa Leticia Lula da Silva – que morreu no dia 3 de fevereiro -, “conforme documentação que havia sido anteriormente apreendida por ocasião do cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência do ex-presidente”.
Em ofício de 17 de fevereiro, a força-tarefa da Lava Jato afirmou a Moro que a Secretaria do Planalto apresentou relatório e discriminou quais objetos devem ser incorporados ao patrimônio da Presidência.
O documento solicita ainda “autorização para a tomada das providências necessárias para incorporação dos bens em testilha ao patrimônio da Presidência da República”.
O pedido da Procuradoria destaca que os bens estão descritos no “item 61” de um documento da Secretaria de Administração da Presidência. “O Ministério Público Federal requer que seja autorizada a Secretaria de Administração da Presidência da República a adotar as providências necessárias à incorporação, ao patrimônio da Presidência da República, dos bens descritos no item 61 Relatório Final da Comissão Especial”, solicitam os procuradores.
Depoimento
No mesmo dia em que foram feitas as buscas no cofre, Lula foi conduzido coercitivamente para depor e, irritado, disse que não sabia onde estavam as inúmeras “tralhas” que ganhou quando presidente e que iria entregar tudo para o Ministério Público.
Antes disso, ele havia sido flagrado em um grampo com um advogado fazendo críticas às investigações sobre os presentes e dizendo que iria mandar tudo para um prédio do Ministério Público Federal em Brasília.
Defesa
“O pedido feito pela Força Tarefa da Lava Jato para que o juiz da 13ª Vara Criminal de Curitiba retire bens do acervo que Lula recebeu da Secretaria da Presidência da República, no final do seu segundo mandato, é mais um exemplo gritante dos abusos e da perseguição imposta ao ex-Presidente”, diz a defesa do ex-presidente por meio de nota.
“A única interpretação possível é a de que a Lava Jato busca destruir a imagem e a história de Lula. A tentativa de retirar bens de seu acervo presidencial agora posta em curso é parte dessa estratégia impatriótica. Isso porque o processo de recebimento, catalogação e entrega dos bens relativos ao acervo de Lula seguiu os mesmos parâmetros aplicados para os demais ex-Presidentes da República desde 1991, quando entrou em vigor a Lei no. 8.394, que disciplina o assunto”, continua o texto.
O ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso prestou depoimento ao juízo da 13a. Vara Federal Criminal de Curitiba, em 09/02/2017, e esclareceu que também mantém em seu acervo presentes recebidos de chefes de Estado e em eventos oficiais, exatamente o que a Força Tarefa quer retirar de Lula”.
“Registra-se ainda que, se houvesse vício no processo administrativo que resultou na entrega do acervo de Lula, essa discussão deveria ser feita em Brasília, onde tramitou o processo administrativo. Ademais, somente poderia ser conduzida por um órgão cível da Justiça Federal, uma vez que a matéria é estranha à competência reservada às Varas Criminais”. A nota é assinada pelo advogado Cristiano Zanin Martins.


















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A NOVA LEI DA GORJETA E A ANTIGA LEI DAS CONSEQUÊNCIAS NÃO INTENCIONAIS

por João Luiz Mauad.
“A visão do governo sobre a economia poderia ser resumida em poucas frases curtas: ‘Se ela se movimenta, taxe-a. Se ela continua se movimentando, regule-a. E se ela para de se mover, subsidie-a.” (Ronald Reagan)
Conta a lenda que o governo britânico estava preocupado com o aumento do número de cobras venenosas em Delhi e ofereceu uma recompensa para cada cobra morta. Inicialmente, esta foi uma estratégia bem sucedida como um grande número de serpentes mortas em troca da recompensa. Com o passar do tempo, no entanto, empreendedores começaram a criar cobras para obter renda. Quando o governo descobriu a malandragem, o programa foi abandonado, fazendo com que os criadores de cobra fossem obrigados a desfazer-se delas. Como resultado, aumentou ainda mais a população selvagem de cobra na cidade.
Um incidente semelhante ocorreu em Hanói, no Vietnam, sob o domínio colonial francês, só que com ratos. O regime colonial criou um programa de recompensas que pagava um preço para cada rato morto. Para obter as recompensas, as pessoas teriam de fornecer o rabo do rato decepado. Depois de certo tempo, no entanto, funcionários coloniais começaram a notar a existência de muitos ratos vivos, embora sem caudas. É que os coletores de rato vietnamitas capturavam os ratos, cortavam-lhes as caudas e então os liberavam de volta aos esgotos para que pudessem procriar e produzir mais ratos, aumentando assim as suas receitas.
Lembrei do “Efeito Cobra” quando li hoje que O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (21), o substitutivo do Senado para o Projeto de Lei 252/07, que regulamenta o rateio da gorjeta. De acordo com o substitutivo, a gorjeta cobrada por bares, restaurantes, hotéis, motéis e estabelecimentos similares não é receita própria dos empregadores e se destina aos trabalhadores. Segundo o texto, as empresas precisarão anotar na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no contracheque de seus empregados o salário contratual fixo e o percentual recebido a título de gorjeta. As empresas deverão anotar também na carteira o salário fixo e a média dos valores das gorjetas referente aos últimos 12 meses. Além disso, as empresas deverão pagar os encargos sociais, previdenciários e trabalhistas derivados da sua integração à remuneração dos empregados.
Não precisa ser nenhum gênio para deduzir que o principal objetivo de mais esta lei é ARRECADAR, embora o texto procure demonstrar que o legislador estaria interessado em proteger e preservar direitos do trabalhador. Não é difícil prever que, quando esta lei entrar em vigor, restaurantes evitarão cobrar a taxa de serviço na conta, e as eventuais gorjetas somente serão aceitas em dinheiro vivo, um produto cada vez mais escasso no bolso do consumidor nesses tempos de moeda eletrônica, o que vai acabar prejudicando justamente aqueles a quem se pretende, pelo menos, da boca pra fora, beneficiar.
Outro efeito da nova lei será o aumento de demandas trabalhistas na já entupida justiça do trabalho de Pindorama, pois os garçons, quando demitidos, não raro recorrerão à JT atrás de indenizações sobre as gorjetas recebidas por fora e não lançadas na respectiva carteira pelo empregador.
Como bem sabem os meus dezessete leitores, tenho grande admiração pelo trabalho de Frédèric Bastiat, intelectual e político francês que viveu na primeira metade do Século IXX. Seus insights econômicos são fabulosos, sempre escritos de forma simples e didática, voltada aos leigos. Sua parábola da “vidraça quebrada” é tão educativa que deveria ser leitura obrigatória na primeira aula de qualquer curso de introdução à economia. Há nela inúmeras lições econômicas que, infelizmente, malgrado um tanto óbvias, costumam ser desprezadas ou esquecidas pelos formuladores de políticas econômicas. A principal delas é a Lei das Consequências não Intencionais.
Nas palavras do próprio mestre, esta lei nos diz que:
na esfera econômica, um ato, um hábito, uma instituição, uma lei, não geram somente um efeito, mas uma série de efeitos. Dentre esses, só o primeiro é imediato. Manifesta-se simultaneamente com a sua causa. É visível. Os outros só aparecem depois e não são visíveis. Podemo-nos dar por felizes se conseguirmos prevê-los… Entre um bom e um mau economista existe uma diferença: um se detém no efeito que se vê; o outro leva em conta tanto o efeito que se vê quanto aqueles que se devem prever.”
Se Bastiat fosse leitura obrigatória talvez a quantidade de bobagens e propostas de leis e políticas oportunistas e sem sentido fosse bem menor.




















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