Jornalista Andrade Junior

FLOR “A MAIS BONITA”

NOS JARDINS DA CIDADE.

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CATEDRAL METROPOLITANA DE BRASILIA

CATEDRAL METROPOLITANA NAS CORES VERDE E AMARELO.

NA HORA DO ALMOÇO VALE TUDO

FOTO QUE CAPTUREI DO SABIÁ QUASE PEGANDO UMA ABELHA.

PALÁCIO DO ITAMARATY

FOTO NOTURNA FEITA COM AUXILIO DE UM FILTRO ESTRELA PARA O EFEITO.

POR DO SOL JUNTO AO LAGO SUL

É SEMPRE UM SHOW O POR DO SOL ÀS MARGENS DO LAGO SUL EM BRASÍLIA.

quinta-feira, 30 de abril de 2015

DE ENCHER OS OLHOS - DE TRISTEZA

por Gilberto Simões Pires
 DE ENCHER OS OLHOS - DE TRISTEZA
no jornal Zero Hora de domingo, me deparei com uma entrevista concedida pelo economista Luiz Carlos Bresser Pereira, que já foi ministro da Fazenda, no governo Sarney, e ministro da Ciência e Tecnologia, e da Administração Federal, no governo FHC.
MUITA TRISTEZA
Pois, praticamente tudo que Bresser disse, na longa conversa que manteve com o jornalista Leandro Fontoura, de São Paulo, foi de encher os olhos. Só que -de muita de tristeza-. O que mais impressiona é que o ex-ministro, como professor emérito da FGV, instrui seus alunos da forma equivocada como pensa. Se é que pode-se dizer que Bresser realmente pensa.
PROFESSOR EMÉRITO DA FGV (???)
É curioso que depois de ter ocupado cargos relevantes nos governos Sarney e FHC, Bresser Pereira não conseguiu entender minimamente as CAUSAS que levam o Brasil a apresentar enormes (quase eternas) dificuldades para se desenvolver e/ou crescer por períodos longos. O que não é possível compreender é que ainda por cima Bresser é professor emérito da FGV... Pode?
MATRIZ BOLIVARIANA
Como prova de que não aprendeu a pensar, o entrevistado ainda se mostra apaixonado pelo governos Lula e Dilma. Isto significa que é a favor da Matriz Bolivariana, pois repete várias vezes na entrevista que o neoliberalismo (???) foi o grande responsável pelo insucesso econômico do país. Ou seja, para Bresser, quanto maior a presença do Estado na economia, melhor para o país. Pode?
LIBERDADE
Ora, para quem já foi ministro da Fazenda, no mínimo deveria saber é que quanto maior for a liberdade econômica mais o país se desenvolve. Por conseguinte, quanto menos empresas sob o controle do Estado menor a taxa de corrupção e melhor a sua gestão. Quanto à Petrobras, ao invés de pregar a sua privatização, Bresser condena quem pensa assim.
MERCANTILISMO
Mais: Bresser, depois de ter chegado aos 80 anos ainda não aprendeu o que é capitalismo. Tanto é verdade que lá pelas tantas diz: a classe capitalista teme a democracia. Para controlá-la desmoraliza o Estado e o político. Ora, Capitalismo é Liberdade. Como o Brasil carece de liberdade, não há como dizer que há capitalismo por aqui. Como professor da FGV, que já tive oportunidade de ministrar aulas, deveria saber que no Brasil se pratica, desde sempre, o cruel Mercantilismo Feudal.

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REFORMA POLÍTICA DA CNBB? NÃO ASSINE!

PERCIVAL PUGGINA
Sou leigo católico. Não faz parte de meus deveres de batizado seguir a orientação da CNBB para uma reforma política no Brasil. Reforma política é tema político e quem entra na pauta vai, necessariamente, para o contraditório. Ao se comprometer tanto com o assunto, a CNBB se envolve em algo que não lhe diz respeito e onde, mesmo entre juristas e cientistas políticos, as opiniões divergem. Como leigo, sou membro do Corpo Místico de Cristo (que é a própria Igreja, cuja unidade defendo e integro), mas quando a Conferência envereda no campo político, é ela que desliza para o espaço das opiniões e para os conflitos inerentes a essa atividade, desligando-se do que deve ser unitário. Nem fica bem invocar a unidade para eximir-se do contraditório, ou para fazer um tipo de crítica que tenta desqualificar a crítica.
 Um grupo de 112 entidades uniu-se em torno de um projeto de reforma política para o país. Seguindo a velha cartilha da mobilização, iniciaram coleta de assinaturas, em busca do mínimo constitucionalmente exigido para os projetos de iniciativa popular - 1,5 milhão de adesões. O projeto foi amplamente divulgado em outubro de 2014 pelo movimento Eleições Limpas (www.eleicoeslimpas.com.br) e hoje é acionado por uma certa Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas (procure no Google por esse nome e clique em "Quem somos").
Examine a lista e depois me responda: qual o partido ou tendência ideológica que lhe vem à mente quando lê MST, CUT, Via Campesina, CONTAG, UNE, FENAJ? Em meio a uma batelada de ONGs que vivem às nossas custas, com acesso franqueado a verbas públicas, também integram a tal Coalizão: o MMC (Movimento das Mulheres Camponesas, aquelas que destruíram os laboratórios da Aracruz em 2006 e atacaram recentemente, em Itapetininga, um laboratório da Suzano Papel e Celulose), a UBM (entidade de mulheres pró-aborto), a RFS (Rede Feminista de Saúde, pró-aborto), a REBRIP (rede de ONGs e movimentos sociais com propostas "alternativas"), a Liga Brasileira de Lésbicas, o Movimento Evangélico Progressista, a Articulação Mulheres Brasileiras (pró-aborto e contra os direitos dos nascituros). Que interesses em comum podem ter com a CNBB?
Qualquer pessoa minimamente informada percebe que "tem PT nesse negócio". E tem. A proposta é um espelho das questões centrais do projeto petista de reforma política: voto em lista (acrescentando um segundo turno com voto nominal); financiamento exclusivamente público, ou seja, custeado pelos pagadores de impostos; um reforço aos instrumentos de democracia direta (bebendo água no Decreto Nº 8243, aquele dos sovietes). Agora, uma diferença. Enquanto a proposta petista falava em igual número de candidaturas masculinas e femininas aos cargos legislativos, a proposta da CNBB é mais moderninha e fala em igualdade de "gênero". Pode? Pode. É a CNBB. Enfim, a concepção do projeto é tão petista que o site do PT, em 26 de fevereiro, comemorou o manifesto da CNBB, conforme pode ser lido em (http://www.pt.org.br/cnbb-e-oab-lancam-manifesto-em-apoio-a-reforma-politica/).
Os católicos já foram solicitados pela CNBB, em 2002, a assinar por um calote da dívida externa (chamado de "auditoria") que absolutamente não era necessário; convidados a assinar por um plebiscito e uma nova constituinte que a ninguém interessou; convencidos de que a salvação moral da política viria da lei da ficha limpa (uma lei boa, aliás) que precedeu a maior ladroagem da história. Agora estão escaldados, e as assinaturas pela Reforma Política patinam, distantes do 1,5 milhão de adesões. Por isso, surgiu um formulário suprimindo do cabeçalho os nomes das entidades que revelam a vinculação da iniciativa aos já desacreditados interesses petistas. Desculpem-me, mas isso não se faz. Parece coisa de, digamos assim, petistas.





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Para Marco Aurélio Mello, liberdade de ´executivos` da quadrilha comandada pela dupla Lula-Dilma é decepção para sociedade

Márcio Falcão - Folha de São Paulo

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello reconheceu nesta quarta-feira (29) que representa uma "enorme a decepção" para a sociedade a decisão da corte que revogou a prisão preventiva e mandou que nove executivos acusados de envolvimento com o esquema de corrupção da Petrobras aguardem julgamento em prisão domiciliar.
O ministro, no entanto, defendeu o resultado do julgamento, reforçando o entendimento que prevaleceu na segunda turma do Supremo de que a prisão preventiva não pode representar a antecipação da pena.
Marco Aurélio considerou que o equivoco foi prender os empresários, sem a comprovação de culpa. Os executivos cumpriam prisão preventiva, que pode ser imposta antes da condenação para impedir que o suspeito fuja ou atrapalhe as investigações, destruindo provas ou influenciando outras pessoas.
"A decepção para sociedade é enorme. É uma esperança vã quando se inverte a ordem natural, que é apurar para, selada a culpa, prender-se, porque a liberdade não é passível de devolução e não se pode ter execução de pena hipotética, precoce e açodada", disse o ministro.
"A nossa população carcerária provisória hoje está praticamente no mesmo patamar da definitiva. Alguma coisa está errada ante o principio constitucional da não culpabilidade. Vamos corrigir o Brasil, mas avançar com cautela", completou.
Após cinco meses e meio presos no Paraná, os nove investigados foram submetidos a restrições, como o uso de tornozeleira eletrônica e a entrega de seus passaportes.
A decisão foi tomada nesta terça-feira (28) pela maioria (3 de 5) dos ministros que integram a segunda turma do Supremo, que se reuniu para analisar pedido de liberdade do presidente da UTC, Ricardo Pessoa, apontado como líder das empreiteiras envolvidas com o esquema.
O relator do caso, ministro Teori Zavascki, entendeu que o juiz do Paraná Sergio Moro não comprovou que havia risco de fuga ou interferência nas investigações. Os ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes seguiram Zavascki.
Teori e Mendes já tinham comentando nesta terça que a repercussão da decisão poderia ser negativa.
Os ministros Cármen Lúcia e Celso de Mello divergiram e argumentaram que ainda há risco de interferência, já que faltam depoimentos, inclusive o do próprio Pessoa, que deve ser ouvido pela Justiça Federal na segunda-feira (4).
PROCURADORES

Entre procuradores que compõem a força-tarefa que investiga o esquema de corrupção na Petrobras, a decisão do STF surpreendeu e foi considera prejudicial para o rumos das investigações. O Ministério Público sustenta que há grandes chances de interferência nas apurações.
A vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko, porém, minimizou e disse que as restrições impostas pelo Supremo podem dificultar novos crimes. "Acho que não vai assim atrapalhar a investigação porque foram colocadas condições, elas são impeditivas. A gente ficaria com mais certeza se estivesse preso", afirmou.
extraídadoblogrota2014

Juiz Moro impede doleiro de 'opinar' sobre Planalto

Graciliano Rocha - Folha de São Paulo

O juiz federal Sergio Moro cortou o doleiro Alberto Youssef quando ele mencionou o Palácio do Planalto como o "último beneficiário" do esquema de corrupção da Petrobras.
No final do depoimento, quando respondia a perguntas de seu advogado, o principal operador do petrolão disse que a nomeação de diretores da Petrobras era determinada "acima".
"Os beneficiários eram os parlamentares, os diretores da Petrobras, eu também fui beneficiado com o comissionamento que fazia parte do meu trabalho. Quem nomeava diretor da Petrobras era acima. Era o palácio. Se você perguntar no meu entendimento", disse Youssef
.
"Daí não é para o sr. emitir opinião a não ser que tenha conhecimento de fato", interrompeu o juiz Moro.
"Conhecimento de fato eu não tenho. Estou falando a minha opinião", respondeu o doleiro.
Youssef disse que o Partido Progressista obteve a nomeação do diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, após trancar a pauta da Câmara dos Deputados por três meses em 2004.
Costa –um dos principais delatores da Lava Jato, ao lado de Youssef– deixou o cargo em 2012 após perder o apoio da base do PP na Câmara, em 2012, disse o doleiro.
No depoimento, Youssef voltou a citar os nomes de políticos de fora do PP que, segundo ele, também receberam recursos a mando de Paulo Roberto Costa. 
Segundo ele, os senadores Valdir Raupp (PMDB-RO) e Gleisi Hoffmann (PT-PR) foram beneficiados com dinheiro do esquema. O peemedebista e a petista são investigados em inquéritos que correm no Supremo Tribunal Federal.
O doleiro também desqualificou o argumento de que empreiteiros seriam vítimas de extorsão de funcionários corruptos da Petrobras, e não integrantes de um cartel que ganhava contratos com o pagamento de suborno a políticos e dirigentes da estatal.
"Era uma situação combinada entre empreiteiros, políticos e o diretor da companhia. Mas se parasse de pagar [propina], não teria andamento bom no contrato. Trabalhar com a Petrobras já é difícil com esse tipo de 'assessoria', mas sem é mais difícil ainda", disse.
extraídadoblogrota2014

Recuo de Dilma vai refletir negativamente na Opinião Pública

Pedro do Coutto

Aceitando como verdade a opinião de conselheiros do Planalto, a presidente Dilma Rousseff – reportagem de Simone Iglesias e Luiz Damé, O Globo, edição de 28 – decidiu cancelar seu pronunciamento por uma rede nacional de televisão e rádio pela passagem de 1º de maio, Dia do Trabalho. Preferiu, acentua a matéria, usar as redes sociais. Confirmada a informação, terá cometido um erro enorme. Em primeiro lugar porque ficou implícito o temor de uma reação popular contrária, atitude que terá como reflexo aumentar o índice de impopularidade que a envolve no momento. Em segundo porque, está evidente, as emissoras vão inevitavelmente repetir suas palavras divulgadas pelas ondas da Internet. No fim o efeito será o mesmo se falasse diretamente pela TV.
Incrível como se comete erros banais no campo da comunicação. A questão não é de forma, nem do meio utilizado. A questão encontra-se no conteúdo da mensagem veiculada. Mc Luhan errou, penso eu, em sustentar que o meio é mensagem. Nem sempre. Por exemplo: uma notícia ruim transmitida através de fonte possante, por este fato, não se torna positiva em si, tampouco seu efeito social.
O conteúdo positivo, isso sim, sobrepõe-se ao meio através do qual venha a ser divulgado à sociedade. Sobretudo porque os meios fortes – é o que acontece na prática, muitas vezes – acabam repetindo as matérias geradas na frente pelas demais fontes. O jornalismo está cheio de exemplos nesse sentido. Os profissionais da imprensa têm plena consciência desse processo.
ATIVIDADE ABERTA
A comunicação é uma atividade aberta a todos e, assim, surgem os assessores de comunicação que nunca trabalharam em jornal, mas se julgam capazes de formalizar até tese de comunicação e comunicabilidade. Fenômeno engraçado seria esse, se não causasse prejuízos pessoais diretos e indiretos àqueles que seguem tais opiniões vazias. Dilma Rousseff deveria ir à televisão no Dia do Trabalho – isso sim – levando informações positivas de interesse dos trabalhadores.
Mas o que se vê no panorama? Exatamente o contrário. Notícias ruins, perspectivas desfavoráveis que abatem a esperança, matéria essencial para a existência humana. Vejam só a questão dos financiamentos de imóveis pela Caixa Econômica Federal. Na opinião de meu amigo Afonso Rastolho, ex-diretor da CEF, as restrições vão causar enorme retração no mercado imobiliário.
Não é para menos. Reportagem de Geralda Doca, Clarice Spitz e Marcelo Correa, também no Globo de terça-feira, destaca a realidade agressiva das mudanças estabelecidas pelo governo.
MAIS DIFICULDADES
Para os imóveis de valor até 700 mil reais, o financiamento que era de 80% passa a ser de 50. Para um prazo de 5 anos, as prestações, em valores a serem corrigidos com o passar dos meses, passam de 1 mil e 900 mensais para 4,8 mil reis por mês. Para os imóveis de 1 milhão de reais, o financiamento desce da escala de 70% para apenas 40. Com isso, as 60 prestações mensais passam de 4,2 mil para 8,3 mil reais a cada 30 dias. Acrescente-se a isso os montantes das entradas. No primeiro caso, passam a ser de 140 mil para 350 mil. No segundo ( financiamento de 1 milhão ) passam de 300 mil para 600.
Afonso Castilho prevê sérias dificuldades para o setor da construção civil e também para as famílias que desejam adquirir casa própria. Inclusive porque, digo eu, o0sm salários não vão crescer na proporção, nem de longe, do aumento projetado para as prestações. O mercado não possui condições de enfrentar tais elevações além do teto possível. Notícias como essas derrubam qualquer pronunciamento, inclusive por intermédio das redes sócias. O conteúdo, não o meio, é que faz a diferença. O povo sabe distinguir muito bem onde está a verdade.






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DA TV PARA A WEB

por Ricardo Orlandini.
 (Publicado originamente em RicardoOrlandini.net)
Pela primeira vez desde que assumiu a Presidência da República, Dilma Rousseff não discursará em rede nacional de rádio e televisão no 1º de Maio, Dia do Trabalho.
E também não lembro há quanto tempo um presidente deixa de se manifestar no Dia do Trabalho.
Edinho Silva, o atual ministro da Comunicação Social, afirmou nessa segunda-feira (27) que o objetivo é usar outros "modais de comunicação" e que no 1º de Maio Dilma dialogará com a sociedade pelas redes sociais.
Segundo o ministro "A presidenta não precisa se manifestar apenas pela cadeia de televisão", acrescentando que Dilma utilizará transmissões de pronunciamentos em cadeia nacional "quando for necessário".
O ministro negou que a decisão, tomada por unanimidade na reunião realizada nesta segunda-feira, em Brasília, tenha sido resultado do panelaço promovido em várias cidades do país contra a presidente durante a transmissão do seu pronunciamento no Dia Internacional da Mulher, em março.
É sr. ministro, só esqueceram de combinar com os Russos.
Fontes palacianas dão conta de que a presidente Dilma vinha considerando seriamente não fazer nenhum discurso no Dia do Trabalho, por conta dos protestos ocorridos em suas últimas falas na TV. Dilma teria mudado de ideia e agora vai se comunicar pela internet pois, quem sabe, vai se livrar dos panelaços.
Pois é...
Nem na televisão ela pode falar sossegada!
Que povinho mal educado esse nosso, não é mesmo!
Vale lembrar que é a direita associada à mídia golpista que promove esses protestos e manifestações antidemocráticas.
Os protestos só podem ocorrer quando forem contra a direita, o FMI, FHC, o PSDB de Aécio Neves e, é lógico e claro, contra o golpista maior e chefe da CIA, Barack Obama.
O ministro enfatizou que "a presidente não teme nenhum tipo de manifestação, ela só está valorizando outro modal de comunicação.”
É ministro, eu acredito no senhor. Como também acredito em Papai Noel, Coelhinho da Pascoa, Saci Pererê e tudo o mais.
Só quem não acredita é a “maioria silenciosa” dos incrédulos brasileiros.
Mas muito cuidado, ministro.
A internet é muito traiçoeira e pode reverberar de outra maneira, muito mais contundente, muito mais barulhenta.
Então vamos ver no que vai dar!








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"A primeira sentença do petrolão"

editorial do Estadão

 

No momento em que a máquina petista de destruir reputações funcionava a plena carga para desqualificar o trabalho do juiz Sérgio Moro, o magistrado tratou de demonstrar equilíbrio ao determinar as primeiras sentenças condenatórias no âmbito do escândalo da Petrobrás. Com serenidade, Moro fez valer os acordos de delação, estimulando dessa maneira outros implicados a contar o que sabem. Ao mesmo tempo, desmentiu cabalmente aqueles que o acusam de presidir um tribunal de exceção.
Moro condenou o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef por crime de lavagem de dinheiro relativo a contratos para a construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Costa foi condenado também por constituir organização criminosa.
Além dos dois, o juiz federal condenou Márcio Andrade Bonilho, da Sanko Sider, e Leonardo Meirelles, da Labogen. Segundo a sentença, essas empresas foram usadas para lavar o dinheiro desviado das obras, por meio de pagamento de contratos superfaturados entre 2009 e 2014. Também foram condenados Waldomiro de Oliveira, Pedro Argese Júnior, Leandro Meirelles e Esdra de Arantes Ferreira, considerados os "laranjas" da operação. Todos podem recorrer das sentenças.
As penas desses "laranjas" e as dos empresários variam de 5 anos de prisão em regime semiaberto até 11 anos e 6 meses em regime fechado. Costa, por sua vez, foi condenado a 7 anos e meio de reclusão, mas, em razão do acordo de delação, ficará em prisão domiciliar até outubro de 2016, quando então passará ao regime aberto. Já Youssef, que pegou 9 anos e 2 meses de prisão, passará ao regime aberto em 2018.
Em sua sentença, o juiz Moro salientou que a redução das penas de Costa e Youssef pode ser ainda maior, caso decidam entregar mais criminosos, e defendeu a delação premiada como uma forma "válida e eficaz" de elucidar crimes. O imenso novelo de crimes que as delações vêm desembaraçando prova que ele está certo.
Todos os réus, com exceção de Costa e Youssef, foram condenados também a pagar reparação mínima por danos à Petrobrás no valor de R$ 18,6 milhões - cifra que se refere a 20 operações de lavagem de dinheiro, por meio de 6 empresas de fachada, realizadas entre julho de 2009 e maio de 2012. O ex-diretor e o doleiro ficaram de fora dessa sentença de indenização porque o acordo de delação já prevê alguma forma de ressarcimento.
O caso da Refinaria Abreu e Lima é simbólico dentro do cada vez mais complexo escândalo da Petrobras. O custo da obra - anunciada com enorme fanfarra em 2005 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva - saltou de R$ 2,5 bilhões para R$ 20 bilhões. Sem nenhum planejamento técnico, submetido somente ao arbítrio político de Lula, o empreendimento transformou-se em uma mina de ouro para gatunos, políticos ou não.
Em 2010, o País foi alertado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) de que os contratos da Abreu e Lima estavam sendo superfaturados e que seria necessário paralisar o processo para fazer a devida verificação. Como resposta, Lula acusou o TCU de causar prejuízos ao Brasil e manobrou o Orçamento para permitir que as obras da refinaria continuassem a receber recursos.
A empreiteira responsável por Abreu e Lima é a Camargo Corrêa. Os dirigentes da empresa implicados nesse caso ainda não foram julgados, porque respondem a um processo separado, acusados de crime de corrupção. Cada episódio do escândalo do petrolão está sendo tratado isoladamente pelas autoridades, que consideraram esse método mais eficaz para apurar as responsabilidades pela devastação dos bens da Petrobrás.
Portanto, há ainda um longo caminho até que todos os culpados pelo escândalo, em todas as suas inúmeras frentes, sejam devidamente punidos. Por essa razão, espera-se que a justa firmeza demonstrada nas primeiras sentenças seja o padrão a caracterizar o restante do processo - não só para que os corruptos paguem pelo que fizeram, mas também para desmoralizar os velhacos que, a título de defender o "Estado de Direito", tudo fazem para proteger a companheirada que assaltou os cofres públicos.
EXTRAÍDADOBLOGROTA2014

"Sísifo chegará ao topo da montanha?"

Gaudêncio Torquato COM O BLOG DO NOBLAT O GLOBO

O Brasil vive a maior crise de sua contemporaneidade. Não se trata apenas de uma soma de crises que se imbricam nas teias da economia, da política, da água e da energia, entre outras. Trata-se, sobretudo, de uma crise moral que solapa as bases da credibilidade nas instituições e em seus atores. Daí a dúvida: quando abriremos o ciclo de moralização da vida política no país? Há um fio de esperança? A resposta é sim.
Vejamos as hipóteses. Três vertentes se apresentam como as mais prováveis na esfera das ocorrências futuras: a primeira é de que a atual crise será ultrapassada pela próxima; a segunda, ancorada na banalização, mostra o brasileiro cada vez mais descrente da política; e a terceira, regada a esperança, é capaz de acreditar ser possível uma flor nascer no pântano.
As duas primeiras vertentes são maléficas para o caráter nacional. Comparam-se à maldição de Sísifo. Expliquemos. Condenado a carregar uma pedra sobre os ombros e depositá-la no cume da monta­nha, o matreiro rei de Corinto nunca irá a conseguir o feito. O castigo que os deuses lhe deram no Hades, o mundo dos mortos, era definiti­vo: recomeçar a tarefa todos os dias por toda a eternidade.
Ora, o brasileiro sente que Sísifo está à nossa espreita. Há menos de um ano, as pessoas achavam que a situação começava a melhorar. A pedra poderia chegar ao topo da montanha; hoje, sentem que a coisa está prestes a degringolar. Sísifo, mais uma vez, fracassa. Pois esse é o Brasil do eterno retorno, a repetir o maçante exercício de ver frustradas suas expectativas.
O desalento se instala, sob a banalização de escândalos que abala a confiança social. Daí a indignação, a revolta, a mobilização das ruas, na esteira de uma reação aos desmandos e ilícitos. Críticas ácidas jorram de esquadrões da classe média, cuja repulsa aos eventos da Operação Lava Jato emerge de forma contundente na mídia.
O fio de luz no fim do túnel é a racionalidade fincando suas raízes. Expande-se a locução social com a tuba de resso­nância midiática fazendo eco. As camadas – com acesso à TV e ao rádio – vêem a lama escorrer da arquitetura política e aplaudem as prisões de figuras de alto calibre.
A flor nascerá no lamaçal. A crise que assola o Parlamento deixa os atores atordoados. A mobilização das ruas propaga um sentimento pátrio e uma reação em cadeia. Cristaliza-se a convicção de que a corrupção e a infração a valores morais hão de ser contidos pelas barreiras que a sociedade começa a construir.
Do sentimento de que está sempre vendo as mesmas coisas, o brasileiro extrai a argamassa para construir o edifício do amanhã. Nessa construção, serão plantadas as sementes de reformas fundamentais, a partir da reforma política e de um novo pacto federativo. Já não dá mais para conviver com um modelo político incompatível com uma estrutura racional de Estado e uma gestão moderna de democracia. A continuar a velha modelagem, cairemos fatalmente na ingovernabilidade, com o agravamento das tensões entre insti­tuições e insegurança social.
É possível, até, que não façamos, de imediato, uma reforma política completa. O importante, nesse momento, é tentar reformar o sistema político-eleitoral; modernizar a es­trutura do Estado, a partir de limites sobre competências entre Poderes (pacto federativo) com redefinição de atribuições entre entes; completar a legislação infraconstitucional, que mantém buracos desde 1988; melhorar a qualidade dos serviços públicos; e estancar a escalada tributária.
Acabamos de atualizar os eixos das relações do trabalho com a aprovação na Camara do PL 4330 sobre Terceirização. O Senado não pode e não deve deter esse projeto, sob pena de ser contrário à modernização do país. Precisamos seguir adiante.
Não dá mais para esticar o cordão das crises. O xeque-mate no jogo é a moldura da economia. Diques pontuais para atenuar a onda da recessão, que já dá sinais de vida,  só serão eficazes se acompanhados de ajustes em outras frentes. Nunca esteve tão próxima a possibilidade de colhermos uma flor do pântano. A partir das sementes que os centros sociais espalham pelo seu terreno e que deverão chegar até os habitantes da base da pirâmide.
Há um preceito da ciência política pelo qual as grandes mudanças da História são produzidas quando os favorecidos e apa­niguados do poder não têm a capacidade para transformá-lo em for­ça, enquanto os que dispõem de pequeno poderio aproveitam essa capacidade ao máximo para convertê-la em força crescente. Esse é um fenômeno que se instala entre nós. É o que estamos presenciando. Se faltar vontade no andar de cima, sobrará revolta no andar debaixo. No jogo de xadrez, existe a possibilidade de o peão adquirir tanta força quanto o bispo. 





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A delação compensa

Daniel Pereira - Veja
 As primeiras sentenças do escândalo da Petrobras mostram que a tradição de impunidade nos casos de corrupção começa a sofrer um duro golpe

No processo do mensalão, alguns dos principais criminalistas do país acusaram o relator Joaquim Barbosa de adotar uma postura imperial na condução do julgamento e deturpar entendimentos jurídicos, como a teoria do domínio do fato, para garantir a condenação de políticos e empresários que protagonizaram o primeiro esquema de compra de apoio parlamentar do governo do PT. A pressão não surtiu o efeito esperado, e o Supremo Tribunal Federal (STF) sentenciou a antiga cúpula petista à prisão. 
A decisão foi considerada um "ponto fora da curva", conforme expressão cunhada pelo ministro Luís Barroso, por mandar para a cadeia o ex-ministro José Dirceu e, de quebra, representar uma rara derrota dos mais renomados escritórios de advocacia. Apesar de derrotados no mensalão, os criminalistas apostavam que a tal curva retornaria à sua trajetória normal, sem novos pontos de exceção que abalassem a notória dificuldade da Justiça brasileira de punir os corruptos de colarinho-branco. A clientela, diziam os advogados, voltaria a dormir tranqüila. Ledo engano.
Na semana passada, na primeira sentença relacionada ao petrolão, o juiz Sergio Moro condenou oito pessoas à prisão. Seis delas também terão de pagar uma indenização de quase 19 milhões de reais à Petrobras para compensar os prejuízos registrados pela companhia com os desvios nas obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. O doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor Paulo Roberto Costa receberam penas de nove anos e dois meses e de sete anos e seis meses de prisão, respectivamente, mas cumprirão apenas o que ficou acertado no acordo de delação. 
Youssef ficará mais dois anos em regime fechado. Já a pena privativa de liberdade de Costa valerá até outubro de 2016. Foram justamente Youssef e Costa os primeiros a explicar como rodava a engrenagem clandestina na Petrobras, movida por propinas pagas pelas empreiteiras a servidores e políticos em troca de contratos superfaturados. Graças a essas informações, os dois delatores tiveram suas penas no petrolão reduzidas.
Disse Moro: "Embora seja elevada a culpabilidade de Alberto Youssef, a colaboração demanda a concessão de benefícios, não sendo possível tratar o criminoso colaborador com excesso de rigor, sob pena de inviabilizar o instituto da colaboração premiada". A sentença atingiu peixes pequenos que atuavam nas águas sujas do petrolão. Haverá mais decisões pela frente — e contra personagens graúdos. Há inquéritos contra cinqüenta políticos e líderes partidários no STF. Além de ser o marco inicial da punição aos ladrões da Petrobras, essa primeira leva de prisões prenuncia mais um duro golpe na impunidade. 
Desde a deflagração da Operação Lava-Jato e da prisão de executivos das maiores empreiteiras do país, os advogados de defesa tentam desqualificar o juiz e seu arsenal jurídico, exatamente como ocorreu no mensalão. Em coro, alegam que Moro usa o instrumento da delação premiada de forma desmedida e lança mão de prisões temporárias e preventivas para pressionar os acusados a colaborar com a Justiça. Além disso, afirmam que a investigação está apinhada de vícios e ilegalidades.
"Nos tribunais superiores, os ministros mostrarão as várias nulidades desse processo", diz o advogado de uma grande empreiteira. Até agora, STF e STJ têm chancelado a atuação de Moro, da prisão temporária de empresários aos acordos de delação premiada. A advocacia exerce o direito de espernear, que não consta dos códigos mas é uma tradição nacional, numa tentativa de impedir que empreiteiros de ponta, como Ricardo Pessoa, da UTC, e Léo Pinheiro, da OAS, sigam os delatores e ajudem a esclarecer a principal dúvida sobre o petrolão: quem eram os chefes do esquema de corrupção ou qual cadeia de comando autorizou e avalizou o desfalque bilionário na Petrobras. 
Como se sabe, não há recibo para atos de corrupção. Em casos complexos, só a delação premiada é capaz de apontar as digitais por trás da roubalheira. Como lembrou Moro num artigo sobre a Operação Mãos Limpas, que atingiu o coração da máfia italiana, não há como condenar moralmente o delator se a lei é justa e democrática. "Condenável, nesse caso, é o silêncio", pontuou o juiz.
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Com medo do panelaço?

EDITORIAL O ESTADÃO

 Uma tradição da República será quebrada no Dia do Trabalho: não se convocará rede nacional de rádio e de televisão no horário nobre dos veículos para comemorar a data. A presidente falará à Nação pela internet. Ainda não foi divulgada a forma de como isso será feito, mas a decisão emite claros sinais de que vem aí um novo tempo.

Cada vez mais a comunicação entre os políticos, sejam do governo ou da oposição, se faz pelos meios eletrônicos de comunicação de massa. O chefe do Poder Executivo, seja quem for, tem, ano após ano, usado da prerrogativa de convocar redes de rádio e de televisão para propagar seus feitos e fazer suas promessas por ocasião de alguma comemoração. Usado com comedimento, esse expediente poderia ser uma forma prática e adequada de serviço público para permitir a chefes de governo uma comunicação direta com a sociedade por inteiro, o que é particularmente importante num país das dimensões do nosso. O recurso exagerado às técnicas de marketing, contudo, tem transformado esse uso em abuso. Qualquer data festiva é usada como pretexto para discursos de conteúdo meramente propagandístico, de natureza unívoca e sem possibilidade de contraditório - uma atitude que, de um lado, interfere na programação rotineira das emissoras e, de outro, o que é mais grave, interrompe o direito que cada cidadão tem ao entretenimento e à informação jornalística plural e imparcial em seu tempo de lazer.

Todos os jornais que noticiaram a decisão lembraram que a última cadeia de rádio e de televisão convocada para propagar discurso da atual presidente resultou num disparo pela culatra. A fala programada por Dilma Rousseff para o Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, foi recebida com um ruidoso panelaço em várias cidades brasileiras. Houve dificuldade em entender o que ela disse - não pela peculiar sintaxe da presidente, mas pelo ensurdecedor ruído produzido por gritos, xingamentos e batidas em panelas.

Depois das grandes manifestações públicas nos domingos 15 de março e 12 de abril em várias cidades, não era de esperar que o repetido pronunciamento trabalhista de 1.º de Maio fosse recebido com aplausos e flores pela população. Primeiramente, as relações entre o governo e os sindicatos de trabalhadores estão estremecidas por causa de medidas anunciadas de ajuste fiscal que interferem em privilégios e nas chamadas conquistas de classe. Por mais que tais medidas sejam necessárias para consertar os erros econômicos da gestão Dilma-Guido Mantega e que a própria presidente tenha repetido que nenhum direito do trabalhador será atingido por elas, a classe operária está, no mínimo, ressabiada com o governo por causa disso. Além do mais, o clima pós-manifestações continua carregado para as autoridades federais. Protesto organizado por um grupo reduzido (de cerca de 50 pessoas, segundo o Estado) fez o vice-presidente e coordenador político dos pleitos do governo no Congresso, Michel Temer, cancelar na segunda-feira passada o discurso que faria na Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow), em Ribeirão Preto, a maior do agronegócio brasileiro. Manifestantes exigiram, aos berros, o impeachment da presidente.

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, negou que o cancelamento do pronunciamento tenha alguma relação com os protestos. "A presidenta não teme nenhum tipo de manifestação da democracia", garantiu. Mas não encontrou nenhum motivo plausível para justificar a desistência. E completou: "A presidenta vai dialogar com os trabalhadores pelas redes sociais". Depois do último movimento de massa contra o governo nas ruas, os governistas reagiram com um "tuitaço" no lugar de entrevistas desastradas, como a do chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e do secretário da Presidência, Miguel Rossetto. A repetição da fórmula menos arriscada mostra que a sociedade conquistou o direito de gozar seu feriado em paz sem impedir que militantes aclamem a chefe em perfis de redes sociais, nem sempre gratuitos.

 

 

 

 

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Juristas do PSDB pedem paciência a políticos sobre impeachment de Dilma

PEDRO VENCESLAU, VALMAR HUPSEL FILHO - O ESTADO DE S. PAULO

Para eles, base legal para impeachment é insuficiente sem maior desgaste do governo

Enquanto a bancada de deputados federais e parte da executiva do PSDB defendem a abertura imediata de um processo formal de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara, os juristas chamados pelo partido para fundamentar a tese argumentam que ainda não há clima político para dar este passo. 
Autor do primeiro parecer enviado ao partido com argumentos jurídicos para o impedimento, o advogado Ives Gandra Martins pondera que o processo de afastamento de um presidente é muito mais político do que teórico. “Do ponto de vista jurídico já existem elementos para pedir o impeachment. Mas, do ponto de vista político, a presidente ainda conta com mais de um terço do Congresso. Portanto, não haveria muita chance. Não é o momento ainda”, diz ele. Para que tenha início, um processo de impeachment precisa do apoio de dois terços da Câmara.
Segundo Ives Gandra, o momento ideal para se pedir o impedimento da presidente é quando o País “estiver ingovernável”. “Trata-se de um processo eminentemente político. O elemento jurídico vai contar pouco na decisão. O PSDB devia esperar mais um pouco.” 
Conselheiro jurídico do PSDB e responsável pela área na campanha presidencial de Aécio Neves, o advogado José Eduardo Alckmin segue a mesma linha. “Já existem elementos jurídicos, mas talvez seja bom esperar um pouco para ver o que mais aparece”, pondera. O líder dos tucano na Câmara, Carlos Sampaio (SP), pedirá ao advogado que elabore mais um parecer para a legenda. 
Ives Gandra e Alckmin lembram ainda que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sinalizou que engavetará um eventual pedido. Responsável pelo parecer mais aguardado, o jurista Miguel Reale Júnior, ex-ministro da Justiça de Fernando Henrique Cardoso, não quis dar entrevista. 
Em sua primeira avaliação sobre o assunto, porém, Reale Júnior sinalizou que o caso das “pedaladas fiscais”, manobra com a qual o governo usou verbas de bancos públicos para cobrir despesas que deveriam ter sido pagas com recursos do Tesouro, poderia implicar em crime comum, mas não justificaria, na prática, o impeachment. 
Em reunião da cúpula do PSDB na semana passada, em Brasília, no apartamento do senador e presidente do partido, Aécio Neves (MG), Reale Júnior teria, segundo o relato de participantes, indicado que há margem para o pedido. 
“O orçamento não morre no dia 31 de dezembro. As pedaladas, mesmo dadas no ano passado, refletem em toda atuação dela no atual mandato. Ou seja: automaticamente está contaminando o atual. Este é o aspecto que o Miguel vai enfrentar”, afirma Ives Gandra. 
Recuo. O tema, porém, ainda causa ruídos no PSDB. Na sexta-feira, quem provocou mal estar foi Carlos Sampaio, ao dizer pela manhã que o pedido de impeachment seria feito “na terça ou quarta-feira”. À noite, o líder precisou retificar seu posicionamento.
Apesar do constrangimento, o parlamentar pressiona os correligionários para que deflagrem o mais rápido possível o procedimento. “A decisão da bancada (de pedir o impedimento) foi tomada e a levarei para o Aécio na próxima terça-feira. Definiremos então como e quando será encaminhada a proposta”, diz o líder. 
Sem consenso. Os demais partidos de oposição fecharam com os tucanos um acordo pelo qual o pedido de impeachment será feito em conjunto. E entre eles também não há consenso sobre o momento ideal. 
“O PPS considera que não há condições objetivas para o impeachment. Este assunto deve ser tratado com cautela. É preciso a análise de uma correlação de forças para isso. O principal deles é a ingovernabilidade, o que, neste momento, não existe”, avalia o deputado Roberto Freire, presidente da sigla. 
Ele argumenta que a presidente ainda conta com o apoio do setor financeiro. “Os grandes empresários ainda acreditam que (o ministro da Fazenda Joaquim) Levy vai dar confiabilidade ao governo. O grande empresário brasileiro não abandonou o PT. Além disso, a presidente Dilma tem o partido para lhe dar base de sustentação, o que (o ex-presidente Fernando) Collor não tinha”. 
Já o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) tem pressa. “Claro que há motivação jurídica para o pedido de impeachment. A estrutura do governo foi usada para fins eleitorais”, afirma. O deputado Paulinho da Força (SP), presidente do Solidariedade, também defende que o pedido seja feito o mais rápido possível.
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Reflexões sobre a ética na política, FHC e Lula

Dione Castro da Silva

Não é nenhum lenitivo saber que no mundo desenvolvido também há corrupção e linhas claras da ética são ultrapassadas. Às vezes esquecemos disso. Mas foi publicado aqui na Tribuna da Internet um artigo de Plínio Fraga, do site Yahoo, que se refere diretamente a isso.
“Em outubro de 2010, Clinton aceitou US$ 225 mil para proferir palestra na Jamaica, em evento patrocinado pela empresa irlandesa Digicel telecom. Apenas algumas semanas antes, a Digicel tinha apresentado um pedido a uma das agências do Departamento de Estado de empréstimo de milhões para financiar serviço de transferência de dinheiro por meio de telefonia móvel no Haiti. Dois meses após o discurso, a Digicel recebeu a primeira parcela do dinheiro.
Faz um mês uma construtora informou ter pago viagens de Lula e FHC para palestras internacionais em países que tinha interesses. Bons tempos em que ex-presidentes voltavam-se apenas para as memórias como forma de proteger seu legado. Agora deixam gordas heranças” – disse o jornalista.

FALTA DE ÉTICA
Eu entendi que o artigo fala sobre corrupção ou, no mínimo, falta de ética de ex-presidentes de países “”democratas”” (capitalistas) no trato da coisa pública. Aqui como lá. O mote são as tais “palestras internacionais.” É só lembrarmos que o ex FHC, usando de sofismas (“o que é bom a gente publica, o que é ruim a gente esconde”), quando subiu a rampa e subornou (com o nosso dinheiro) ratazanas peludas (deputados) para ficar mais 4 anos distribuindo benesses entre os seus parentes e amigos e afundando o Brasil, disse em alto e bom som: “Esqueçam tudo o que falei/escrevi”.
E o que ele fez? Simplesmente ensinou aos outros “democratas” como piratear grandes empresas nacionais e sumir com o pagamento, cujo dono (nós, cidadãos contribuintes) não sabe até hoje aonde foi parar.
Aliás, foi a operação de “compra e venda” mais espetacular da História da Humanidade: o vendedor é que pagou a operação: o comprador ficou com a mercadoria e o pagamento. Enfim, coisas da “ética política brasileira”. Quanto ao outro ex, até as pedras sabem que é analfabeto de gerações. Eu não votei em nenhum do dois!









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A elite e as massas

Carlos Chagas
Acompanhado de cinco policiais federais, Henrique Pizzolato desembarca no aeroporto do Galeão, sexta-feira, ainda em duvida sobre se o crime compensa ou não, a curto prazo, mas confiante em que depois de algumas agruras, tudo voltará a ser como antes. Deverá seguir imediatamente para Brasília e ser instalado no presídio da Papuda para cumprir pena de prisão, mas disposto a apelar para a delação premiada e valer-se da legislação para logo conquistar o modo de vida anterior.
Ex-diretor do Banco do Brasil, o personagem terá direito a cela especial, um regime carcerário dito sem benefícios mas cheio de alternativas. Ficou provado que fugir para o estrangeiro não dá resultado, claro que se o país escolhido para livrar-se da condenação for a Itália. Mas será aqui mesmo que o ladravaz buscará e encontrará sua redenção. A solução inicial  para os ladrões de alta estirpe é a de confessar seus crimes e arrastar com eles outros implicados nas altas lambanças, como fizeram Alberto Youssef  e outros. São condenados, mas pouco depois vem as facilidades, com a singular contradição de cumprirem as penas em casa, cercados pela família e vivendo em conforto indiscutível, financiado por parte do que roubaram.
A lição a tirar desse episódio rocambolesco ainda inconcluso de Pizzolato e apesar da diligência de juízes, do Ministério Publico e da Polícia, Federal é que no Brasil permanece a dicotomia entre as elites e as massas, mesmo ou por conta da vigência da lei. Porque o condenado sem posses, a começar pelo ladrão de galinhas, come o pão que o diabo amassou num dos piores sistemas prisionais do mundo, enquanto os delatores premiados  fartam-se de caviar e das mais modernas compensações que o dinheiro pode comprar. E sempre procurando mais brechas na lei, que bons advogados conseguem encontrar, para em pouco tempo reintegrarem-se por completo na sociedade criada por eles.
LEGISLAÇÃO LENIENTE
A conclusão surge com rapidez: o erro imediato está na legislação leniente que permite tal absurdo.  Em nome dos direitos humanos, foi sendo erigido um sistema capaz de acentuar cada vez mais  separação entre os que podem tudo, ou quase tudo, e os que não podem nada. Aí está o exemplo do Lula, que chegou a São Paulo de “pau-de-arara” e acostumou os filhos à realidade de não haver recursos para realizar simples desejos de crianças, mas hoje tem jatinhos à sua disposição, sítios luxuosos para os fim de semana, triplex  à beira da praia, escritórios e fundações milionárias.
O companheiro mudou de lado, assim como muitos ladrões de colarinho branco nem precisaram mudar. Enquanto persistir esse divisor de águas entre as elites e as massas ficará evidente a injustiça do regime que nos assola, tornando inócuas as tentativas de recuperação econômica, por obra e graça de Joaquim Levy destinadas  a manter os privilégios de uns poucos e penalizar a maioria. Do que necessitamos é de igualdade para todos, dentro da lei. Ou melhor, de novas leis.





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A derrocada

Gustavo H.B.Franco - O Estado de S.PaulO
A publicação do balanço da Petrobrás para 2014 abre um capítulo particularmente revelador de um desmoronamento amplo, espetacular e de dimensões históricas, mesmo que ainda incompleto. Diante dessa catástrofe, espera-se que nunca mais o País ouça sem um arrepio os conceitos que orientaram esse experimento de petro-populismo, heterodoxia fiscal e "capitalismo de quadrilhas" (na falta de melhor tradução para "crony capitalism", um fenômeno já bem identificado em outros países). 
É de se esperar que esse terremoto vá bem além da candidata eleita, ou da economia, que já vinha mal, pois atacará de frente um conjunto de ideias, ou uma ordem que seria simplório designar apenas como petista, pois vai muito além dos patéticos personagens associados à tesouraria do PT, seus líderes encarcerados e amigos da empreita. O País quer um novo paradigma em matéria de política, e de política econômica, não é outra coisa o que se ouve pelas ruas e pelos botecos.
Essa rocambolesca "ascensão e queda" não é assunto novo, e já havia recebido marcos definidores nas duas capas da The Economist: em novembro de 2009, o Cristo Redentor decolava, mas em setembro de 2013, voava destrambelhado como um pacote bêbado. Diante dos acontecimentos posteriores, a segunda capa, que alguns viram como um insulto, hoje soa como uma piada de salão, quase uma gentileza. As más notícias dos últimos meses não conhecem precedente em nossa história, tanto pela torpeza quanto pelos valores.
A decadência desse império ocorreu de forma inacreditavelmente veloz, mesmo considerando os padrões do mundo hiperconectado em que vivemos, e decorre de pelo menos três pragas, a primeira, curiosamente, relacionada com uma excelente notícia, um presente da Natureza, a heroica descoberta de um tesouro petrolífero onde ninguém havia se atrevido a procurar.
A segunda foi a utilização da crise de 2008 como um pretexto para uma grande inflexão para pior na política fiscal, agora consagrada no que tem sido chamado de "escândalo das pedaladas", e o mesmo para a política industrial, com seus campeões e favoritos.
A terceira, e mais hedionda, é a da corrupção, que potencializa e explica em boa medida a vilania exibida no desenvolvimento das duas primeiras linhas de conduta, pois sua presença parece "sistemática" a partir de 2004, segundo testemunha, viciando muitos processos decisórios.
Mais detalhe sobre cada uma dessas pragas: a primeira tem a ver com o modo como Lula e o PT definiram a estratégia do País diante da descoberta do pré-sal. Reveladoramente, o debate começou pelo fim, com a vinculação dos ganhos à educação, e com a distribuição de royalties para unidades federadas, criando um mecanismo de socialização dos "rents" para servir como espinha dorsal de um "petro-populismo" semelhante aos de Venezuela e Rússia. Nesse contexto, é claro que era preciso estatizar o mais possível essa riqueza, sem muita conta sobre os investimentos que a Petrobrás teria de fazer, pois o cálculo político, este sim, muito preciso, era sobre como se usar o Tesouro para cooptar os entes federados. É fortíssimo, no Brasil, esse DNA rentista, propenso ao extrativismo, e avesso ao suor, ao individualismo e à produtividade. Que melhor redenção, ou que melhor pretexto para abandonar agendas reformistas e modernizadoras que descobrir petróleo?
Era a praga da displicência, versão caribenha do que se conhece como "doença holandesa".
A segunda maldição teve de ver com a crise de 2008 e com a sensação de que o capitalismo ocidental estava acabado, que a índole perversa dos mercados jamais poderia levar ao bem comum senão debaixo de pesada regulação e que John Maynard Keynes, como dom Sebastião, retornava triunfal das brumas do oceano na versão idealizada em Campinas. Para alguns economistas locais, cujos relógios pararam em 1936, a ocasião era perfeita para recuperar as "políticas anticíclicas", das quais não se ouvia há décadas. Disseminou-se, ademais, exaltação ao capitalismo de Estado, modelo chinês, descontaminado das liturgias ocidentais como democracia e transparência, e o conjunto definido pela Goldman Sachs como Brics começou a levar a sério suas escassas semelhanças. Era o apogeu da ilusão na existência de "vida extraterrestre" e na "ciência alternativa": eis a "Nova Matriz Macroeconômica", a praga da irresponsabilidade.
A terceira praga veio dos porões onde se definiam os aspectos operacionais do sonho petro-populista-heterodoxo: os investimentos necessários, o conteúdo nacional, os campeões, as desonerações e as pedaladas, parece pouco provável que esses assuntos tenham sido decididos por gente inocente em ambientes republicanos. As possibilidades de entrelaçamento entre interesses públicos e privados nessa "Nova Matriz" eram imensas, necessárias e inevitáveis, e assim o cordial capitalismo de laços naturalmente desceu vários andares na escala da moralidade.
O Brasil se torna um curioso caso de país ex-comunista sem nunca ter sido, e que, bastante tempo depois da Queda do Muro, procurava imitar os traços mais pervertidos de alguns países que foram socialistas por longo tempo.
Sete anos após, nem o mais neoliberal dos profetas poderia imaginar que o sonho petista petro-populista ia se converter nessa gororoba que tem assolado o noticiário diário e que ganhou do presidente da Petrobrás uma definição em uma única palavra: vergonha, disse ele, ao reconhecer mais de R$ 50 bilhões em baixas contábeis.
A publicação do balanço auditado da Petrobrás é um fato histórico, sem ser novidade, pois foi uma confissão formal e irretratável. A companhia contabilizou suas "despesas" com corrupção em R$ 6 bilhões com a aplicação do porcentual de 3%, informação proveniente das delações no âmbito da Operação Lava Jato, sobre todos os contratos com as empresas citadas na investigação durante o período que vai de 2004 a 2012. O reconhecimento oficial da desonestidade, graças a um dispositivo da legislação americana, abre imensas possibilidades, e levanta múltiplas questões.
Os números para baixas contábeis são quase 10 vezes maiores que os da corrupção, e os de perda de valor da companhia talvez 30 ou 40 vezes maiores. Lembrando do professor Mario Henrique Simonsen e de sua lógica ferina, é fácil ver que teria saído muito mais barato para os acionistas ter pago apenas as propinas e não ter implementado o "novo modelo". Ou seja, a incompetência combinada à megalomania custou muito mais que a corrupção e levou a Petrobrás a um nível de endividamento imprudente, mais ou menos onde se encontra a União nesse momento, ambas sob o imperativo de "desalavancar".
A corrupção é a parte menor na conta, é verdade, mas vale lembrar aos que estão à espera de um Fiat Elba que o modelo está fora de linha, os tempos são outros, mas se trabalharmos com o Novo Fiat Uno, custando perto de R$ 35 mil, o balanço da Petrobrás indica que a corrupção oficialmente reconhecida equivale a 171.429 automóveis Fiat Uno. É mais de dois meses de produção à plena capacidade.






EXTRAÍDADEDIPLOMATIZZANDO

O PARTIDO COMUNISTA E O INDIVÍDUO

por Carlos I.S. Azambuja

Louis Aragon, poeta oficial do Partido Comunista Francês, ao verificar o desmoronamento do socialismo real, simplesmente constatou: “Perdi meu tempo”.

Quando alguém examina livros, revistas e folhetos comunistas verifica um fato surpreendente. Em nenhuma parte da interminável verborréia que pretende abordar o político-social se encontra qualquer referência ao indivíduo.
Página após página, encontramos os termos massas, proletariado, burguesia, mercenários do capitalismo, reformistas, revisionistas, renegados e sempre, em toda a parte, referências à vanguarda revolucionária do proletariado. Isto é, ao partido.
Sempre que se refere a qualquer membro do partido, ele é esterilizado psicologicamente e tirada a sua individualidade: é convertido no companheiro, kamarada ou quadro.
Não é, porém, por acidente que o ser humano está ausente dos escritos comunistas. O indivíduo não tem cabimento na teoria e no programa dos partidos comunistas. A ideologia só se interessa pelo homem como membro de uma classe e, no que se refere ao programa, os indivíduos são manejados como massa.
Na medida em que o indivíduo siga sendo ele mesmo, diz-se que está animado por interesses e esperanças pessoais: é sensível às dúvidas e ao otimismo; é capaz de ser tocado pelo mistério da vida; torna-se imprevisível e capaz de ater-se às suas próprias opiniões.
As mesmas qualidades que fazem dele um indivíduo o desqualificam para os fins partidários. Tende demasiado a não ser facilmente convencido, a mostrar-se cético, a aborrecer-se pelas reiteradas abstrações próprias da ideologia comunista, a duvidar do método, a manter uma opinião ainda mesmo depois de se ter convertido à linha partidária e a simpatizar ou antipatizar com seus semelhantes sem permissão do Comitê Central.
Em conseqüência, não é confiável. Necessita ser desenvolvido e integrado às massas, a fim de que o partido cumpra a sua missão histórica.

De acordo com a doutrina científica, todos os aspectos do ser humano que não se prestem à sua politização são burgueses.









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